Cooperativismo é mola propulsora do desenvolvimento regional

 


Muito além da questão econômica, instituição financeira mostra que o cooperativismo é a sustentabilidade colocada em prática.

Ser o dono do próprio negócio, trilhar um caminho individual e construir um legado, é o sonho de 6 entre 10 brasileiros, conforme aponta o relatório Global Entrepreneurship Monitor 2022. Dentre as estáticas, estão 3 empresas do Oeste do Paraná, associadas a instituição financeira cooperativa Sicoob Credicapital.

Todo negócio um dia existiu apenas no papel e no sonho de quem empreende, visto que as dificuldades para empreender são muitas: alta carga tributária, burocracia, orçamento restrito para iniciar e diversas outras, como detalha o Sebrae.

No entanto, alguns cases de sucesso de empresários da região mostram como é possível driblar as barreiras e dificuldades do primeiro negócio ou como sair do regime CLT para empreender. 

 

Empreendedores de Santa Tereza do Oeste crescem 104% no faturamento em 3 anos

Os empreendedores Raul e Everly Figueira, são casados e não tinham recursos suficientes para abrir a sede própria da empresa no segmento de peças automotivas em Santa Tereza do Oeste. Como solução, buscaram uma linha de crédito que permitisse a estruturação da Capanema Escapamentos em terreno próprio.  

No Sicoob Credicapital, encontraram incentivo para o seu desenvolvimento, com taxas acessíveis em comparação a bancos privados e um atendimento que tem o diferencial do relacionamento mais próximo.


O investimento inicial foi de R$ 300 mil e em apenas com 5 anos, a sede saiu de um terreno de 2 mil metros quadrados para 24 mil metros quadrados. Três anos depois, conta com 50 funcionários e o faturamento teve um crescimento de 104%. 


“Trabalhamos com o Sicoob desde o começo. Foi a primeira cooperativa que buscamos e foi através dela que conseguimos adquirir o primeiro terreno para construção da sede da empresa. Felizmente, o negócio cresceu muito e o espaço ficou pequeno”, conta Everly.

De CLT a donos do próprio negócio

Um dos desafios enfrentados pelos brasileiros muitas vezes é criar coragem para empreender, deixando de lado a segurança e os benefícios do regime CLT. Esse foi o caso dos amigos Elisson Martins de Oliveira e Tiago Moreira, que trabalhavam como funcionários em segmentos diferentes, mas tinham como objetivo ter o próprio negócio em Cascavel.

 

O caminho encontrado por eles foi apresentar o projeto de empreendimento ao Sicoob Credicapital, buscando um empréstimo de R$ 56 mil para equipar o local e toda a estrutura necessária para a Casa de Carnes Campivel.


“Fomos elaborando o projeto e levamos nossa proposta para a cooperativa em 2019. Não tínhamos o dinheiro para investir, mas o Sicoob abraçou nosso sonho e nos apoiou, financiando para nós desde o início”, relembra Elisson.


Como todo negócio é feito de altos e baixos, a pandemia da Covid-19 impactou diretamente o fluxo de caixa do empreendimento em 2020. Naquele momento, o diferencial foi contar com uma linha de crédito de capital de giro para a continuidade do negócio, além de construir uma reserva de emergência para imprevistos. Hoje o negócio está consolidado, com uma média de crescimento de 85% no faturamento nos últimos três anos. 


Os sócios acreditam no modelo de negócio do cooperativismo e concentram todas as suas operações no Sicoob Credicapital, pois a todo momento se sentem amparados e sabem que podem contar com facilidades, como consultoria financeira. “Temos que apoiar quem nos apoia”, reforça Elisson. 

Sonho de abrir o primeiro negócio se torna em realidade de sucesso na modalidade MEI 

Além de capital de investimento, é preciso coragem e força de vontade para abrir um negócio. Foi o que aconteceu com o casal de empreendedores de Quedas do Iguaçu, Julio Belusso e Neiva Miecznikowski. “No começo, em 2020, meu cunhado Junior Belusso acabou nos ajudando financeiramente para darmos início. Fizemos uma carretinha toda aberta para a venda de espetinhos e planejávamos vender de 80 a 100. Em um dia, vendemos 600 espetinhos”, conta Neiva. 


Com o sucesso do Espetinho da Praça, a carretinha ficou pequena e eles evoluíram para um trailer fechado. “Fizemos o trailer mais bonito da cidade para chamar atenção. Para esse investimento, procuramos o gerente do Sicoob Credicapital de Quedas do Iguaçu, Cleber Davies, que em 2021 nos ajudou a conseguir um empréstimo de R$ 25 mil”. 


O negócio continuou a prosperar e no ano seguinte, eles procuraram a cooperativa novamente. Dessa vez, para alugar um ponto fixo. “Como já havíamos feito nossa clientela, sabíamos que eles iriam aonde nós fossemos. Procuramos o Sicoob Credicapital e fizemos um empréstimo de R$ 50 mil para construção do local, além de capital de giro”. 


Hoje, a empresa conta com 12 funcionários trabalhando de quinta-feira a domingo e, além de movimentar o comércio local, atrai clientes de municípios da região, como Três Barras do Paraná, Nova Laranjeiras, Espigão Alto do Iguaçu, São Jorge e Laranjeiras do Sul. O Espetinho na Praça também já recebeu visitantes da Alemanha, Argentina, Fortaleza, Bahia e São Paulo, conta Neiva toda orgulhosa. 


Esses relatos exemplificam como o cooperativismo é um grande propulsor do desenvolvimento regional, já que fortalece a comunidade onde a cooperativa está inserida e fomenta o desenvolvimento socioeconômico de forma sustentável, atuando na geração de novos negócios, empregos e contribuindo para que a economia gire e com isso traga prosperidade financeira. 


Para o presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credicapital, Guido Bresolin Júnior, o cooperativismo possibilita relações financeiras entre o empreendedor, os seus clientes e os seus fornecedores, levando ao sucesso. “A cooperativa está aqui para ser o braço direito do empreendedor, que ajuda no dia a dia. O cooperativismo vai fazer com que o Brasil tenha o desenvolvimento da sua capacidade empreendedora, uma vez que ele não só facilita os negócios, como educa a população a trabalhar melhor com seus recursos e meios de produção”.

Divisão de resultados é fator influente na prosperidade financeira dos cooperados

Parte comum na história de todos os cooperados citados mostra que o crédito deixou de ser um vilão para ser um alavancador de negócios. “Os produtos e serviços que o Sicoob Credicapital tem a oferecer aos seus cooperados possibilita que eles tomem a melhor decisão financeira, não só na captação de recursos para fazer o giro do dia a dia do negócio, como também para investimento”, destaca Guido Bresolin Júnior. 


Além de possuir taxas de produtos e serviços mais competitivas e de possibilitar novos negócios, incentivando a economia a girar, o cooperativismo favorece a prosperidade financeira dos cooperados e da comunidade, visto que o dinheiro fica na localidade e entre os cooperados, ou seja, os donos do negócio. Isso ocorre através da distribuição de resultados da cooperativa.


“A cooperativa é o braço forte do cooperado, está ali para todas as melhores decisões, mais econômicas, para sua vida. A gente sabe que o dinheiro está para o desenvolvimento humano como a água está para a vida”, finaliza o presidente do Conselho de Administração. 


Para se ter ideia, apenas no ano passado, no Paraná, entre todo o sistema cooperativista, que abrange cooperativas de crédito, foram distribuídos mais de R$ 9 bilhões em retorno financeiro (sobras) na conta dos cooperados, conforme relatório do Sistema Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná). Já no Brasil todo, o dado mais recente, divulgado em 2022 com informações de 2021 pela OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), mostra que foram distribuídos R$ 36,1 bilhões aos cooperados do sistema. 

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