É possível prever o futuro?

Nestes nossos anos vividos, alguns mais e outros menos, vimos surgirem novidades que provocaram alterações na vida das pessoas. Vamos recordar algumas delas, como a chegada da televisão em nossos lares e posteriormente entrando na era da cor; a chegada dos astronautas americanos à lua; a introdução no mundo do sistema de códigos de barra; os celulares "smartphones"; o lançamento da Apple, do walkman pela Sony seguido pelo CD, o compact disc; o computador escolhido como "Machine of the Year" pela revista Time; a Apple introduzindo o Macintosch; a nova Constituição brasileira em 1988; a queda do Muro de Berlim tornando a Alemanha uma única nação; a criação da União Européia; o euro no lugar das moedas européias; a primeira viagem do Eurostar de Londres para Paris, passando por baixo do Canal da Mancha; o lançamento do sistema Windows pela Microsoft; o lancamento do Viagra; a tecnologia do Wi-Fi, o iPod e o iTunes; a wikipedia; a fábrica de carros elétricos Tesla; o Youtube e o Twitter; Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos; entre tantos outros fatos e eventos que influenciaram e influenciam o nosso cotidiano, profissional e familiar.

Vale ainda um comentário que, curiosamente, nenhum desses momentos aconteceu depois de 2019, quando surgiu o COVID-19 e o mundo parou. As pessoas se trancaram em casa, o trabalho passou a ser feito em escritórios virtuais, bares e restaurantes fecharam, exposições, shows e espetáculos foram cancelados, um verdadeiro caos.

Estava eu sentado em minha casa assistindo um jogo da nossa seleção olímpica, em Tokio,  quando no intervalo, o locutor com dois comentaristas, sentados em uma cabine com visão total do campo onde a partida se realizava, convoca mais dois parceiros que estavam no estúdio da televisão, no Rio de Janeiro. Os dois entram na conversa dando a sua opinião, sentados juntos com os outros que estavam a milhares de milhas de distância, do outro lado do mundo, "just in time". Fiquei muito impressionado com esta tecnologia.

Outro dia, o prefeito de Uberlandia realizou a primeira reunião de trabalho da história do executivo municipal, utilizando óculos de realidade virtual, dentro do Metaverso. Este fato marcou o primeiro registro de uma agenda oficial de autoridades públicas municipais em um ambiente de realidade virtual e aumentada, no país.

Mas, o que é Metaverso? E´considerado um conjunto de ambientes virtuais, em 3D, onde os usuários poderão ingressar com o uso de dispositivos especiais. Trata-se da simulação do mundo físico, em uma realidade paralela, na qual as pessoas podem se comunicar umas com as outras a partir de representações gráficas denominadas avatares. É um conceito que combina duas vertentes tecnológicas: a da realidade virtual e a da realidade aumentada, agregando ainda os recursos de comunicação das redes sociais. É a terminologia utilizada para indicar o tipo do mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É o nome usado para denominar um ambiente virtual imersivo, coletivo e hiper-realista, onde as pessoa poderão conviver com avatares customizados em 3D. Em outra palavras, é uma evolução da nossa internet atual. É um espaço on-line compartilhado por pessoas que utilizam tecnologias como realidade aumentada para interagir com o próprio espaço, com conteudos e com outras pessoas por meio de avatares. Daqui a dez anos, vamos olhar para o metaverso da mesma maneira que olhamos hoje para a internet. Há companhias criando seres digitais que parecem com um humano de verdade, capazes de interagir com as pessoas. Muitos ainda não perceberam que a IA-Inteligencia Artificial já está presente em todos os momentos do dia. Se você usa um smartphone ou assiste a um canal de streaming, já está usando IA e cada vez mais, estará mais desenvolvida nas redes sociais.

E assim será! Uma super-hiper-globalização. Você poderá estar em vários lugares, conversando com quem quiser, na sua língua, com a capacidade de aprender mais rápido. Reparem que o próprio Facebook mudou a sua logo para META. Será uma segunda vida para todos? As pessoas viverão melhor do "outro lado"? E os nosso netos e bisnetos, como ficarão? E então, será possível prever o futuro?

Roberto Luciano Fortes Fagundes


                                 







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