4 dicas de planejamento financeiro para autônomos



Quando entramos na vida adulta, uma das maiores dificuldades que se apresenta é justamente a de saber lidar com o dinheiro e com as contas. Daí que seja tão importante saber fazer um bom planejamento financeiro, o que, aliás, pode mudar tudo.

Inclusive, a frustração que isso pode causar na vida pessoal é tão grande que já existe até um termo clínico para isso, que é quando a pessoa sofre de dinheirofobia. Ou seja, um medo e um estresse em relação ao risco de faltar dinheiro no fim do mês.

Mas não pense que esse é um problema apenas de finanças pessoais. Na verdade, as empresas, como alguém da área de certificações técnicas, também precisam prestar contas, pagar dívidas e ficar em dia com esses encargos econômicos.

Até um país tem suas finanças e precisa manter o controle em termos de teto de gastos, metas e planejamento, tanto da atualidade quanto das próximas gerações. Mas, no meio disso tudo, tem um público que costuma ser negligenciado.

Trata-se do profissional autônomo, que aliás tem crescido cada vez mais hoje em dia, especialmente em função da internet. Ele atua profissionalmente por conta própria, sem estabelecer vínculo empregatício com qualquer empresa.

É justamente aí que está um desafio que, em termos de planejamento financeiro, pode ser ainda maior. Trata-se do fato de que o autônomo é seu próprio patrão, ou melhor, ele precisa aprender a atuar como tal, para não ter problemas.

O que é um profissional autônomo?

Como dito, o autônomo não tem um emprego, mas sim, parceiros. Então, quando ele se relaciona com algum negócio como uma confecção de uniformes femininos para empresas, é sempre na clave da parceria e da troca de interesses.

Portanto, ele não é apenas uma pessoa física que se relacionaria com empresa como cliente, nem é uma pessoa jurídica no sentido de estabelecimento comercial e afins. O autônomo é, literalmente, um meio-termo, e precisa perceber isso estrategicamente.

Afinal, pode ocorrer que o autônomo tenha algumas obrigações legais típicas de um empresário, como questões jurídicas, tributárias e econômicas, que é exatamente onde entra a necessidade do planejamento financeiro.

Por exemplo, um freelancer, que nada mais é do que um autônomo que vende sua força de trabalho ou sua influência no mercado. Outro exemplo atual de autônomos são os coachings, que também têm essa liberdade e esse compromisso.

Em todos esses casos, sem um planejamento financeiro, o risco da situação perder o controle e começar a gerar prejuízos é muito grande. Por isso achamos melhor desenvolver essa pauta, trazendo 4 dicas para você seguir com facilidade e confiança.

Um aspecto interessante é que esse modelo de negócio evoluiu tanto nos últimos anos, que hoje ele envolve diversos nichos e segmentos, desde a venda de caneca personalizada empresa até a prestação de serviços digitais para influencers.

Desta maneira, se o interesse do leitor é compreender de uma vez por todas como é perfeitamente possível manter-se em dia com as exigências financeiras de um negócio autônomo, inclusive para crescê-lo, então basta seguir até o fim.

Importância e características do planejamento financeiro

Até aqui, parece que já ficou clara a importância de desenvolver um planejamento financeiro, mas na verdade é preciso explicar o assunto em termos mais técnicos.

O fato é que um planejamento traz algumas exigências conceituais e práticas que acabam tornando ele uma das maiores armas contra a falta de dinheiro ou de horizonte.

Aquela história de que uma pessoa pode ganhar dez vezes mais do que precisava, e ainda assim gastar tudo, é muito verdadeira. Agora pense bem, se alguém vivia com R$ 3 mil, como pode ser que comece a fazer R$ 30 mil e não guarde nem um centavo?

Quando pensamos no caso de um autônomo ou uma empresa, vale a mesma regra. Até porque todo planejamento tem uma estruturação que é universal.

Trata-se das famosas colunas de entrada e saída. Tudo se resume a isso, pois estamos falando da geração de receitas e ativos (entrada), e do pagamento de contas e gastos (saída). Também é comum colocar a primeira em azul e a segunda em vermelho.

Então a famosa expressão de que tal mês irá fechar no vermelho, ou seja, vai fechar com uma saída maior que a entrada. O que muda é a dinâmica entre as duas colunas, bem como a maneira de introduzir, administrar e fazer a curadoria delas.

Como pessoa física costuma ser mais fácil, pois existe ali um salário mensal e os gastos, que geralmente são bem parecidos. Já a empresa ou o autônomo pode ter altos e baixos, além de que há muitas outras variáveis a se levar em conta.

Basicamente, um bom norte para se guiar é considerar os seguintes aspectos:

  • Aluguel/parcelas do espaço;

  • Gastos com matéria-prima;

  • Contas fixas (água, luz, internet);

  • Investimentos em marketing;

  • Desmobilização de ativos;

  • Eventuais dívidas em andamento;

  • Receitas do mês anterior;

  • Recebimento de dívidas;

  • Eventuais investimentos na firma;

  • Recolhimento de tributação;

  • Gastos com parcerias e afins.

Enfim, isso já ilustra muito bem como o planejamento financeiro e o fluxo de caixa de um autônomo pode ser consideravelmente diferente se comparado com um pessoal, que não tem nem metade das linhas elencadas acima.

Ao compreender, o planejamento de um autônomo da área de carimbo personalizado vai funcionar bem melhor, pois também se trata de uma questão de mentalidade e de compreensão da própria situação.

Infelizmente, muitas vezes o autônomo não tem a visão que falamos acima, de que ele é seu próprio patrão. Mas depois de compreender os termos técnicos de um bom planejamento financeiro, isso costuma mudar consideravelmente.

1. Separando as finanças

Além das várias dicas que já constam acima, vamos dar algumas mais diretas e mais práticas, sendo esta a primeira por se tratar de algo realmente fundamental.

Enquanto o autônomo não dividir as finanças profissionais das pessoais, não vai funcionar. Por isso que tratamos do fluxo de caixa acima, pois o caixa da sua firma não é o mesmo que sua conta corrente pessoal, nem pode ser.

Seria como uma papelaria que vende caderno de anotações personalizado, cujo dono teria de não apenas manter contas bancárias diferentes entre a loja e a vida pessoal, mas também entender que a receita do negócio não é seu salário.

Ou seja, todo o valor faturado em um mês (receita), não equivale diretamente ao seu salário. Primeiro que é preciso extrair as contas da firma, só depois ficando com um valor líquido, que pode aproximar-se do seu lucro, ou ser ele mesmo.

Porém, aqui surge outro ponto importante, que é o de que você precisa definir um salário fixo para si mesmo enquanto dono da empresa, em vez de ficar com tudo que sobra como líquido.

Assim, ao tirar seu salário você consegue ir juntando e investindo o valor que sobra, o que garante o futuro do seu negócio como autônomo e permite crescer.

2. Planejamentos profissionais

Outra vantagem que é também uma dica de planejamento, é que com essa estratégia você consegue analisar, prever e projetar cenários futuros.

Ou seja, você ganha uma relação estratégica muito mais assertiva com as oscilações de mercado, blindando seu negócio e dando um reforço que é fundamental.

Um autônomo pode atuar na área de abertura de empresa simples e, com o tempo, verificar que existe certa sazonalidade nesse setor. Por exemplo, em dezembro as pessoas gastam mais, então a taxa de abertura de empresas é baixíssima.

Com isso você já se prepara o ano todo para enfrentar a sazonalidade, fazendo planejamentos profissionais a respeito de cada um dos meses.

3. Planejamentos pessoais

Olha que vantagem incrível se ganha ao fazer um planejamento financeiro como autônomo: você sai daquele ciclo terrível de trabalhar o tempo inteiro.

Todo mundo sabe que há autônomos que acabam trabalhando de fim de semana, ou mesmo ficam vários anos sem tirar férias.

Mas saiba que se você trabalha com caixa kraft personalizada, não é que seja corrido demais, é tudo questão de se organizar.

Com um planejamento financeiro alinhado na base do que falamos antes, de capacidade de previsibilidade, você pode definir melhor todos seus descansos e férias.

4. Entenda as dívidas

Por fim, há um mito que circula a questão das dívidas, como se elas sempre fossem negativas, o que simplesmente não se verifica no universo financeiro.

Toda grande empresa tem dívidas com linhas de crédito bancário, isso é normal. O anormal é ir além do que se pode pagar, ou contrair dívida sem planejamento.

Então, um autônomo da área de aluguel de guindastes, como um vendedor franqueado, pode aproveitar que fez um planejamento financeiro para começar a estudar a possibilidade de fazer empréstimos, pensando no seu crescimento futuro.

Considerações finais

Ser autônomo tem várias vantagens, como a liberdade de horário e de tomadas de decisão, mas também tem suas exigências e responsabilidades.

Com as informações e dicas que demos acima, um aspecto fundamental fica bem mais fácil de conduzir e melhorar, que é o do planejamento financeiro.


Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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