Profissionais motivados, RH mais estratégico e empresas mais competitivas e rentáveis são realidades possíveis com a potencialização do capital humano

 

Profissionais motivados, RH mais estratégico e empresas mais competitivas e rentáveis são realidades possíveis com a potencialização do capital humano

 

*José Carlos Figueira

 

Você já parou para pensar na real diferença entre uma empresa bem-sucedida e todos os seus concorrentes? Já avaliou quais são os aspectos que levam um profissional a escolher a empresa A e não a B ao ser convidado a trabalhar em ambas? Sabe por que determinadas empresas sofrem com turnover elevado e outras passam longe de ter esse tipo de problema?

 

As respostas para todas essas perguntas estão diretamente relacionadas a um só tema: a Potencialização do Capital Humano. As pessoas são o maior diferencial competitivo que uma empresa pode ter. Sem dúvida, a valorização das equipes é um fator decisivo para que um profissional opte pela empresa A em detrimento da B e, invariavelmente, a experiência do profissional como um todo dentro da empresa será a razão pela qual a retenção de talentos será conquistada por uma companhia.

 

Sendo assim, vale relembrar o conceito de Potencialização do Capital Humano, também chamado de Employee Experience Plus. O objetivo central é repensar e preparar as organizações através das pessoas que farão a transformação cultural, tecnológica e de processos, viabilizando a sustentabilidade e o crescimento do negócio. Ou seja, a ideia aqui é formar uma verdadeira relação ‘ganha-ganha’. Nela, a empresa investe na implementação de boas práticas, ferramentas, otimização de processos e em iniciativas estratégicas para potencializar e melhorar a experiência do colaborador na empresa e, consequentemente, se beneficia com aumento de produtividade, redução de custos e aumento de lucratividade. O processo racionaliza recursos (tempo, dinheiro e energia), transformando custos de pessoas em valor para a organização, com resultados tangíveis cada vez melhores.

 

A proposta é interessante e os efeitos são atrativos e bastante expressivos, mas obviamente o desafio é grande. Por isso, as lideranças das companhias, especialmente o time de Recursos Humanos, precisam fazer um esforço para que a implementação do projeto Employee Experience Plus não seja encarado apenas como mais um programa de RH ou motivacional, visto que ele transcende esses dois aspectos. O desenvolvimento e implantação adequados da metodologia Employee Experience Plus invariavelmente resulta em fortalecimento estratégico da Área de Recursos Humanos, muitas vezes levando seu líder a ocupar uma posição no Comitê Executivo da organização.

 

É estratégico e primordial, que os líderes entendam a importância de desenvolver e potencializar as capacidades dos seus colaboradores. Mais do que isso, é tarefa de cada um deles, explorar as potencialidades desconhecidas desses profissionais, ou seja, saber como desbloquear talentos e características que estão adormecidos e que podem ser extremamente favoráveis a essas pessoas, tanto no contexto profissional quanto pessoal. Essa descoberta será importante para a equipe e também será um fator motivacional para o colaborador. Para alcançar esse patamar, o líder precisa conhecer profundamente a organização, sua cultura, o profissional e então definir como potencializar suas capacidades e habilidades.

 

Uma analogia muito simples de se fazer tem relação com o mundo do futebol. As vezes vemos um jogador que se destaca brilhantemente em um time e passa a ser classificado como craque, mas que não vai nada bem em outro. Por que isso acontece? Em muitos casos, porque o técnico não consegue colocá-lo na posição em que ele se sente mais à vontade para jogar, não sabe se ele está tranquilo com o esquema de jogo ou bem entrosado com os companheiros de equipe. Com as empresas não é diferente! O líder precisa saber identificar um esquema de trabalho que se adapte a cada colaborador, para que assim, ele se engaje, produza e trabalhe com felicidade. Consequentemente, os resultados vão aparecer e as metas esperadas nos negócios serão atingidas.

 

Ao final de toda essa jornada, o RH estará preparado para uma atuação muito mais estratégica e focada em resultados palpáveis para a empresa, os colaboradores terão uma experiência corporativa mais plena e satisfatória e a companhia, por sua vez, se verá mais competitiva e rentável, atingindo resultados mais interessantes e alinhados às metas de crescimento traçadas pela direção.

 

*José Carlos Figueira é diretor da Energy People, consultoria estratégica e operacional de RH.

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