Criado por Mário de Andrade, Quarteto de Cordas da Cidade celebra 90 anos


Um marco para a disseminação da música de câmara em São Paulo e no país, o grupo realiza o concerto Quarteto 90 anos: Estreias, no dia 11 de dezembro.
 

Quarteto de Cordas. Créditos: Rafael Salvador/Divulgação

 

Quarteto de Cordas do Theatro Municipal de São Paulo, um dos conjuntos artísticos mais tradicionais da instituição, comemora 90 anos de fundação em dezembro. Criado em 1935 como parte das iniciativas de Mário de Andrade para fortalecer a música de câmara no país, o grupo, então nomeado Quarteto Haydn, nasceu com a missão de difundir o gênero e incentivar a criação de obras brasileiras inéditas.

 

Para celebrar a data, no dia 11 de dezembro, às 20h, o Quarteto sobe ao palco da Sala do Conservatório com a estreia de três composições selecionadas pelo Edital de Composições Inéditas para Quarteto de Cordas. O concerto tem duração aproximada de 60 minutos e os ingressos estão à venda por R$ 35 (inteira). As obras, apresentadas pela primeira vez ao público, destacam diferentes perspectivas da produção musical contemporânea e reforçam o diálogo entre criadores e intérpretes. A apresentação terá obras de Uaná Barreto, Márcio Giachetta e Leonardo Martinelli.
 

A trajetória do quarteto também se reflete em suas mudanças de identidade: em 1944, passou a se chamar Quarteto de Cordas Municipal e, em 1981, adotou definitivamente o nome Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, título que mantém até hoje. Formado por músicos de sólida formação acadêmica e ampla experiência no Brasil e no exterior, o grupo reúne artistas que aprimoraram sua técnica em importantes centros internacionais e que seguem compartilhando esse conhecimento em palcos, festivais e projetos educativos.
 

A atual formação, Betina Stegmann e Nelson Rios (violinos), Marcelo Jaffé (viola) e Rafael Cesario (violoncelo), reúne instrumentistas de intensa atuação no cenário musical brasileiro, todos com carreiras marcadas por prestígio internacional e forte dedicação ao ensino.
 

Como explica Jaffé, a música produzida pelo Quarteto nasce de uma busca própria pela modernidade brasileira. “A música de câmara como agente principal na disseminação da música de concerto, mas que foge do fazer musical que estava tão atrelada a Igreja Católica. Ela vem para ser oposição à música que se faz na Igreja, sendo uma formação mais caseira e itinerante, muito ligada ao fazer música entre amigos e para amigos”, comenta.
 

Com presença constante fora do país, o quarteto já representou o Brasil em eventos como a Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), o Festival de Música de Saragoça (Espanha) e o Festival Internacional de Música de Morelia (México). No Brasil, participa regularmente de festivais e cursos referenciais e mantém um compromisso ativo com a formação de jovens músicos, estimulando novos talentos e ampliando o acesso à música de câmara.
 

O repertório do grupo abrange obras clássicas, modernas e contemporâneas, permitindo ao público conhecer diversas estéticas e escolas de composição. Ao longo de sua história, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo acumula reconhecimento, entre eles sete prêmios APCA de Melhor Conjunto Camerístico e três edições do Prêmio Carlos Gomes.
 

Quem é o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo?
Betina Stegmann estudou violino em São Paulo com Lola Benda e Erich Lehninger, concluindo sua formação na Escola Superior de Música de Colônia, com Igor Ozim. Foi integrante do Quinteto D’Elas, vencedor do Prêmio Carlos Gomes em 1998, e atua como spalla da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e professora na Faculdade Cantareira.
 

Nelson Rios, também violinista, se formou na Escola de Música de Piracicaba, orientado por Maria Lúcia Zagatto e Elisa Fukuda, é bacharel pelo Mozarteum e estudou na Carnegie Mellon University (EUA) como bolsista da Fundação Vitae, tendo atuado em diversas orquestras brasileiras.
 

Marcelo Jaffé, violista, iniciou no violino aos seis anos e, aos 14, passou para a viola, vencendo no mesmo ano o Concurso Nacional da Universidade de Brasília; aperfeiçoou-se na Universidade de Illinois e no Centro de Música de Tanglewood, e tem atuação destacada como maestro e diretor artístico.
 

Rafael Cesario, violoncelista, é mestre pela USP e possui diploma de Perfectionnement com distinção no Conservatoire du Val de Biévre, em Paris; premiado em importantes concursos, estudou com grandes nomes como Antonio Meneses, Alisa Weilerstein, Pieter Wispelwey e Sol Gabetta.
 

SERVIÇO

Quarteto 90 anos: Estreias

Sala do Conservatório
 

11 de dezembro de 2025, às 20h


Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos
Marcelo Jaffé, viola
Rafael Cesario, violoncelo

Programação
Uaná Barreto – Molduras brasileiras nº 3
Márcio Giachetta – Dos igarapés aos pampas
Leonardo Martinelli – Dois irmãos: os lugares e suas memórias

 

Ingressos R$35 (inteira).

Duração de 60 minutos

Classificação: Livre para todos os públicos

Assessoria de imprensa
André Santa Rosa - (82) 99329-6928
andre.lima@theatromunicipal.org.br
 

Letícia Santos - (11) 97446-0462
leticia.dossantos@theatromunicipal.org.br

SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
 

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).
 

Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
 

Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
 

Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.

Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei de Incentivo à Cultura: Shell, Nubank, Bradesco, Atlas Schindler, Elo e IGC Partners. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.
 

SOBRE A SUSTENIDOS 
A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área cultural que já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas em 25 anos de atuação. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, do Conservatório de Tatuí e do Musicou, além do projeto especial MOVE e o festival Big Bang. De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita pelo prêmio Melhores ONGs a Melhor ONG de Cultura em 2018 e uma das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e outras, de empresas e pessoas físicas. As instituições interessadas em investir na Sustenidos podem contribuir por verba livre ou através das Leis de Incentivo à Cultura (Federal e Estadual). Pessoas físicas também podem ajudar de diferentes maneiras. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.


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