Entre 21 e 23 de agosto de 2025, o já tradicional Salão de Arte vai acontecer, pela primeira vez, no Esporte Clube Pinheiros – Av. Brigadeiro Faria Lima, 2378, em São Paulo. Destina-se a entusiastas, colecionadores, comerciantes, investidores; amantes de obras de arte e antiguidades. Tem o propósito: explorar novas possibilidades, aprofundar conhecimentos e gerar negócios. E, também, incentivar a participação de talentos já consagrados e artistas em ascensão.
O evento tem organização da PROMA Feiras e apoio do Visite São Paulo Convention Bureau. Coloca em destaque a importância de entender o mercado, estudar estilos, escolas, épocas e a procedência das peças. Também fomenta o contato direto com especialistas e outros players do setor.
A curadoria tem a chancela da experiente, vibrante e reconhecida Sandra Setti. Além de curadora de arte, a profissional é mentora de artistas, atua no desenvolvimento de projetos culturais e economia criativa. Durante 10 anos foi administradora do Espaço Cultural do Hilton Hotel Morumbi. Protagonizou várias inaugurações, como o Espaço Cultural Vivo, Centro do Conhecimento – Sustentabilidade Sebrae MT. E, também,
Exposições no exterior, como Austrália, Suíça, Itália, USA, Alemanha.
Segue entrevista que registra consistência em conhecimento e sensibilidade inspiradora de Sandra Setti – uma paranaense nascida na cidade de Jacarezinho.
Com formação acadêmica em Direito, o que a levou a se profissionalizar no universo das galarias e exposições de Arte?
A arte sempre me fascinou. A maneira como os artistas veem o mundo e se expressam, muitas vezes de forma lúdica, surrealista e agressiva me encanta, pois cada um de nós tem sua visão. E felizes os que conseguem expressá-la pela arte.
No contexto do 24º Salão de Arte no Esporte Clube Pinheiros, enquanto curadora, o que os visitantes de diferentes perfis podem esperar do evento?
Um encontro da beleza e da História. Ter a arte visual e a arte da ourivesaria dialogando juntas, contracenando com a História contida em cada peça de antiquariato, é um privilégio.
Que diferenciais básicos o ativo representado pelas Obras de Arte e Antiguidades oferece aos investidores?
O valor destes ativos não seguem de forma direta as oscilações da bolsa de valores ou dos juros. Também não sofrem com a inflação. Mesmo em períodos de crise, funcionam como uma proteção contra a volatilidade. A diversificação de investimentos sempre é bem vista e, neste caso, reforça seu papel cultural na sociedade. Além disso, são bens físicos, tangíveis e únicos, garantindo sua Exclusividade. O investidor pode disponibilizar suas reservas de obras e peças, quando lhe for conveniente, por meio de venda direta, leilões, galerias etc. Apostar em jovens artistas, com possibilidade de ascensão futura, garante oportunidade de ganho, muitas vezes, surpreendente.
Considerando o que você já viu e vivenciou pelo mundo, em que estágio de evolução está o mercado brasileiro desse segmento?
Tenho visto e participado de eventos internacionais onde a arte brasileira encontra-se em franca aceitação. Aqui no Brasil, concentramos a maior parte destas operações, que cresceu 21% em 2023, alcançando a cifra de USD 580 milhões O foco no mercado interno é predominante, entretanto o Brasil tem buscado maior visibilidade global. Ações como o Salão de Arte no Clube Pinheiros reforçam a necessidade que existe em espaços para exposições. E reforçam a participação de talentos já consagrados e artistas em ascensão.
Que tendências estéticas e de estilos deverão sobressair no Salão?
Acredito que a tendência seja apresentar arte contemporânea de qualidade, com nomes já consagrados e artistas em ascensão.
O Brasil dispõe de políticas consistentes de incentivo à criação artística e valorização dos próprios artistas?
O Brasil possui instrumentos de incentivo à criação de artística. Entretanto, está longe de formar uma política cultural contínua, estável e abrangente. Em outros países, a cultura é valorizada, preservada e enaltecida, enquanto aqui encontramos avanços pontuais, mas lacunas estruturais.
O advento da era digital já impacta o processo de criação e, também, de visibilidade das obras criadas?
Indiscutivelmente. A era digital está alterando o processo criativo, sua visibilidade e sua circulação. O artista encontra, hoje, por meio de softwares de edição, IA, modelagem e apresentação em 3D e realidade virtual recursos antigamente inimagináveis. Isso inclui o processo de divulgação virtual, que alcança o mundo todo.
Você considera ser possível, hoje, identificar obras de arte com características de vanguarda?
Embora o conceito de vanguarda, hoje, seja diferente de sua concepção original do século XX, o mix de opções que podem ser utilizadas sugerem o que poderíamos chamar de vanguarda. NFTs, performances, vídeos integrados às composições criadas com interatividade, intervenções diretas, incluindo meio ambiente e sustentabilidade, são algumas delas, na minha opinião.
Que fatores mais influenciam, hoje, na percepção de valor de uma obra de arte?
Uma série deles caracteriza o valor de uma obra de arte. Fatores mensuráveis, emocionais e culturais influenciam no valor da obra. A reputação e reconhecimento do artista, seus representantes legais, a procedência, o ineditismo e a escassez no mercado influenciam. A obra deve ter valor estético, credibilidade, relevância cultural e validação do mercado.
Serviço
Salão de Arte – Obras de Artes, Antiguidades e Joias
De 21 a 23 de agosto de 2025
Horários: Quinta e Sexta (21 e 22/08): das 14h00 às 20h00; Sábado (23/08): das 12h00 às 18h00
Esporte Clube Pinheiros – Av. Brigadeiro Faria Lima, 2378 – São Paulo/SP
Credenciamento: www.salaodearte.com.br
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