Em maio, Theatro Municipal apresenta a ópera Don Giovanni, tributo ao grupo Secos & Molhados e nova temporada do Balé da Cidade de São Paulo


Entre os destaques do mês de março estão a ópera Don Giovanni, de Mozart, com direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro. A obra será apresentada entre os dias 02 e 10.

O Coral Paulistano e a Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Maíra Ferreira, direção de Otávio Juliano e participação especial de João Ricardo, apresentam Tributo a Secos e Molhados, nos dias 16 e 17.

Além disso, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta novas criações de Rafaela Sahyoun e Michelle Moura, entre os dias 23/04 e 01/06.
 

Foto: Larissa Paz/Divulgação
 

Conhecido como um drama jocoso, fruto da parceria profícua entre Wolfgang Amadeus Mozart e o libretista Lorenzo Da Ponte, a ópera Don Giovanni retorna ao palco do Theatro Municipal de São Paulo. Com direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro, e direção musical de Roberto Minczuk, maestro titular que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal, além da participação do Coro Lírico Municipal, que terá regência de Hernán Sánchez Arteaga. A obra será apresentada em sete récitas: 02/0503/0504/0506/0507/0509/05 10/05. A classificação é não recomendada para menores de 12 anos, duração aproximada de 190 minutos (com intervalo) e ingressos de R$ 33 a R$ 210 (inteira).

 

Em Don Giovanni, o “libertino declarado que não oculta sua imoralidade”, como definiu o filósofo Mladen Dolar, temos um protagonista que vive em uma saga de seduções frustradas e acertos de contas com seu passado. Essa trama construída por Da Ponte remonta histórias anteriores de autores como Tirso de Molina, G. Bertati e Molière, o último responsável por Dom Juan, ou Le Festin de Pierre, de 1665, cujo impacto estará mais presente na nova montagem.

 

Nos dias 2, 4, 7 e 10, o elenco será composto por Hernán Iturralde (Don Giovanni), Camila Provenzale (Donna Anna), Anibal Mancini (Don Ottavio), Luisa Francesconi (Donna Elvira), Michel de Souza (Leporello), Carla Cottini (Zerlina), Savio Sperandio (Comendador) e Fellipe Oliveira (Masetto). Já nos dias 36 e 9, os solistas serão Homero Velho (Don Giovanni), Ludmilla Bauerfeldt (Donna Anna), Jabez Lima (Don Ottavio), Monique Galvão (Donna Elvira), Saulo Javan (Leporello), Raquel Paulin (Zerlina), Sérgio Righini (Comendador) e Rogério Nunes (Masetto).
 

Em seguida, no dia 08/05, o Quarteto de Cordas da Cidade apresenta o concerto Quarteto Toca Caíto Marcondes. O grupo formado por Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola, e Rafael Cesario, violoncelo, terá o percussionista, compositor e arranjador Caíto Marcondes como convidado. No repertório, composições de Marcondes especialmente criadas para o Quarteto da Cidade. O espetáculo será na Sala do Conservatório, com duração aproximada de 60 minutos e ingressos por R$ 35 (inteira).

 

Caíto Marcondes, carioca radicado em São Paulo, transita entre a música clássica e popular como percussionista, compositor e arranjador. Estudou com Hans-Joachim Koellreutter e Mário Ficarelli, colaborando com nomes como Hermeto Pascoal, Milton Nascimento e Monica Salmaso. Foi solista de suas próprias obras ao lado do violinista Tracy Silverman e compôs para balé, teatro e cinema. Seu álbum solo Porta do Templo (1995) teve grande repercussão, sendo relançado na Alemanha e indicado ao World Music Charts Europe. Com sólida trajetória internacional, desenvolveu arranjos para a Orquestra Jazz Sinfônica e projetos inovadores.

 

Um dos concertos mais aguardados da temporada terá sua estreia em maio. O Coral Paulistano e a Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Maíra Ferreira, direção de Otávio Juliano e participação especial de João Ricardo, apresentam Tributo a Secos e Molhados. O concerto será apresentado na sexta-feira16, às 20h, e sábado17, às 17h na Sala de Espetáculos e os ingressos variam de R$ 11 a R$ 70 (inteira).

 

Em 1970, o cantor e compositor João Ricardo estava em Ubatuba e se deparou com um armazém cuja placa indicava “secos e molhados”. No ano seguinte, formou a banda ao lado de Ney Matogrosso e Gérson Conrad e, em 23 de maio de 1973, entrou em estúdio para gravar o seu primeiro disco: Secos e Molhados. Neste concerto, em que o Coral Paulistano apresenta as canções de Secos e Molhados, como Sangue Latino, Rosa de Hiroshima, Fala, O Vira e outras.

 

No dia 18domingo, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Leonardo Labrada e com Grupo Martelo na percussão, apresenta o concerto Ouvir as Cores: 100 anos de Física Quântica. Esse concerto foi pensado como um cruzamento sinestésico em três cenas de propostas estéticas distintas, todos conectados pela ideia das cores do som: um tríptico. O ano de 2025 foi eleito pela UNESCO como o Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica, uma celebração a esse ramo do conhecimento que revolucionou nossas vidas. O programa apresenta Crase, de Flo Menezes, Raízes, de Clarice Assad, e Also Sprach Zarathustra, Op. 30, de Richard Strauss. O concerto acontece na Sala de Espetáculos e tem classificação livre para todos os públicos. A duração aproximada é de 80 minutos, incluindo um intervalo. Os ingressos variam de R$11 a R$35 (inteira).
 

Já o concerto Quarteto Toca Proveta será apresentado na quinta-feira22/05, às 20h. O programa será anunciado. A apresentação será realizada na Sala do Conservatório da Praça das Artes. Com classificação livre para todos os públicos e a apresentação tem duração aproximada de 60 minutos. Os ingressos custam R$ 35 (inteira).
 

Por fim, após uma temporada de grande sucesso com Réquiem SP, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta novas criações de Rafaela Sahyoun e Michelle Moura. As apresentações desta segunda temporada serão realizadas nos dias 23/05, sexta-feira20h24/05sábado17h25/05domingo17h28/05quarta-feira20h31/05sábado17h, e 01/06domingo17h. Os ingressos variam de R$ 11 a R$ 92 (inteira).

 

Abrindo o espetáculo, nova coreografia de Rafaela Sahyoun, que recentemente apresentou Fôlego no Theatro Municipal, explorará um campo relacional sustentado nas potencialidades emergentes das relações estabelecidas entre os corpos com e no espaço. A coreografia busca explorar como os sentidos operam de forma constante, transformando questões abstratas em experiências sensoriais tangíveis.
 

Na segunda metade, a estreia deu uma nova obra de Michelle Moura. As criações de Michelle são construídas a partir da manipulação de expressividades e intensidades, com um acúmulo visceral-minimalista de gestos, sons e significados. A proposta é produzir fantasmagorias psicofísicas que revelam aspectos energéticos e emocionais do corpo, enquanto se buscam fricções/ficções entre as categorias de “natural” e “artificial”.
 


 

SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO

O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
 

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).
 

Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
 

Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
 

Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
 

Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei Federal de Incentivo à Cultura: Shell, Nubank, Bradesco e igc Partners. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.

 

SOBRE A SUSTENIDOS

A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área cultural que já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas em 25 anos de atuação. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, do Conservatório de Tatuí e do Musicou, além do projeto especial MOVE e o festival Big Bang. De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita pelo prêmio Melhores ONGs a Melhor ONG de Cultura em 2018 e uma das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e outras, de empresas e pessoas físicas. As instituições interessadas em investir na Sustenidos podem contribuir por verba livre ou através das Leis de Incentivo à Cultura (Federal e Estadual). Pessoas físicas também podem ajudar de diferentes maneiras. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.


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