Você mora em condomínio? Se sim, você vai entender exatamente o que vamos falar. Mesmo que você nunca morou, com certeza já ouviu as histórias que acontecem dentro de um. A União Européia é um bloco político-econômico que reuniu 27 países. Imagine um condomínio com 27 apartamentos. Tem um morador que mora na cobertura, muito rico, que se chama Alemanha; um outro que já morou na cobertura mas teve que ir para um mais barato, sendo ressentido porque queria estar na cobertura e ele se chama França. Tem aquele que vive da herança deixada pelos familiares ricos mas já gastou tudo e hoje mal consegue bancar o condomínio e ele se chama Itália. Ainda tem aqueles que moraram décadas bem ao lado e resolveram mudar de condomínio. Às vezes eles gostam de morar em um lugar novo mas tem uma grande saudade de onde moravam, como a Estônia, Letônia e Lituânia e ainda aqueles que a casa é um verdadeiro museu. Vivem naquele passado glorioso para tentar esquecer que o presente é bem longe do que já foi lá atrás, Portugal, Espanha, Grécia... E aí chega a maravilhosa hora da reunião do condomínio. Vamos juntar todo mundo para decidir o que é melhor para todos. Só que sabemos que quando se reúne os condôminos, é muito difícil agradar a todos. Na UE é a mesma coisa. Quando você junta culturas diferentes, pensamentos diferentes, histórias diferentes e principalmente bolsos diferentes, convenhamos que é muito difícil dar certo. Se você tirar o pó dos seus livros de história do seu ensino fundamental e do ensino médio, ao folhear as páginas, verás que a Europa sempre conviveu com problemas. Dentro do mesmo país já existe situações divergentes, pense nos 27 juntos e querendo que todos gostem das decisões tomadas.
Tomemos como exemplo a Alemanha e os Países Baixos que são dois países sensacionais para se vivenciar e conhecer, onde se aprende muita coisa interessante. Pois bem, na Alemanha não é o mundo colorido onde todos vivem felizes, sem diferenças, sem rixas. Vê-se nitidamente a divisão entre os alemães e os turcos que são uma maioria entre os imigrantes. Além disso, entre a população tem várias divisões, direita e esquerda, cristãos e muçulmanos, ricos e pobres e tantos outros. E este cenário acontece em toda a Europa. Estão convivendo com uma situação inesperada que é a inflação. A começar pela Turquia e outros, que estão com uma inflação bem maior do que nós no Brasil. Nisto se inclue também os poderosos que vivem querendo dar lições de moral para o mundo, com a inflação os tirando do sério: Espanha, Holanda, Portugal, Itália, Alemanha e França. Para nós não é tanto mas para eles é algo inusitado. A situação lá não está fácil. Vários países estão mais do que quebrados. Estão falidos e não conseguem admitir. Tomemos ainda como base a Alemanha, que tem uma senhora estrutura econômica, divida controlada e a cada período de tempo tem que dar uma ajuda para a Grécia, Italia e outros. O cidadão fica revoltado com esta situação, poupa, paga em dia seus compromissos, tem uma vida austera, mas do outro lado tem países que não estão nem aí, gastam a vontade, cada vez mais gasto do governo, sabendo que na hora H os seus parceiros vão lhe ajudar e lhe apoiar. E o que acontece quando você tem receio de a quem emprestou dinheiro não tem condição de lhe pagar ou pode não lhe pagar ou pede desconto ou atrasa o pagamento. É uma batata quente em suas mãos, tentando passar o problema para a frente. As soluções se tornam um espiral negativo. E dá-lhes títulos públicos.
A partir de Fevereiro e Março deste ano, uma das coisas mais bizarras que fizeram foi a cruzada contra um monte de fonte de energia, ficando altamente dependentes do gás russo, sendo que alguns ficaram 100% dependentes. Acrescente ainda o petróleo ao óleo que vem da Russia. A UE começa a economizar energia, que é atualmente a enorme preocupação que os aflige. Com isto a energia atingiu picos de preço na região. E ainda mais com a onda de calor neste verão, que não estavam preparados, sendo que a ordem geral é restringir o uso ao máximo. Como o mundo dá voltas. Os franceses e o Macron pegando no pé de nós brasileiros e o pouco que possuem de florestas sendo consumido pelo fogo implacável, obrigando a mais de 10.000 pessoas a deixar as suas casas, com cerca de 6.000 hectares queimados, até agora.
A própria Europa e suas lideranças se colocaram à mercê do Putin e escolhendo ficar refém dele. E nesta situação a Alemanha já anunciou que gastará mais recursos para o carvão, com o intuito de compensar esta queda no fornecimento do gás russo. Justamente o carvão, o mais poluente de todos, demonstrando que não estavam preparados, não eram auto-eficientes com a energia limpa, que é o que todos almejamos, para o bem e o futuro da humanidade. Milhões de habitantes serão afetados e a culpa de tudo isto é da própria Europa, que entre outros problemas, ainda tem que administrar o confronto Russia x Ucrânia, que já vai para o 8º mês, ameaçando e afetando gravemente a vida de todos aqueles que dependem da energia.
Pensa no que acontecerá no inverno próximo!
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