Campeã mundial de Jiu Jitsu, Claudia Gadelha é escolhida como primeira mulher em cargo executivo do UFC mundial


 A nova executiva do UFC é um exemplo de superação e de mulher vencedora que quebra barreiras e paradigmas na sociedade_


A atleta Claudia Gadelha, de 33 anos, saiu da cidade de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte, apenas com o quimono e uma mochila nas costas para realizar o sonho de ser lutadora. No início de sua trajetória, a categoria de MMA feminino não era difundida, entretanto com as vitórias ao longo da carreira, Gadelha se consolidou como pioneira no esporte.  A partir de 2022, Gadelha terá um novo desafio em sua carreira e ostentará o título de embaixadora do Instituto de Alta Performance do Ultimate Fighting Championship (UFC), além de ser responsável pela gestão executiva de desenvolvimento dos competidores da entidade.


Gadellha assume com a missão de ser a primeira mulher e brasileira a sentar na cadeira administrativa do UFC. A mossoroense saiu do interior do Rio Grande do Norte apenas com o dinheiro da passagem para viver o sonho de ser atleta. O futuro incerto logo se revelou um obstáculo como um round, e mesmo com pouco estudo, ela também furou a bolha de ir morar num país cujo idioma ela não conhecia.


Em 2014, Claudia Gadelha foi protagonista, ao lado da finlandesa Tina Lahdemaki, no lançamento da inédita categoria Peso Palha, do UFC.  Na sequência, disputou o UFC e foi treinadora do reality show The Ultimate Fighting Championship.


Referência feminina

A nova executiva do UFC é formada em Direito e acredita que "corpo, mente e espírito caminham juntos e é preciso muita dedicação para alcançar seus objetivos". É nesse processo que a lutadora quer trabalhar abrindo portas para os outros brasileiros e como referência feminina no esporte, ela se torna uma porta-voz importante para as mulheres.


Atualmente, Claudia mora em Las Vegas, sede do UFC, e relembra passagens marcantes, como sua chegada ao Rio de Janeiro/RJ, na academia de Dede Pederneiras, que revelou o campeão José Aldo. “Cheguei às 8 horas e fiquei na porta, esperando o Dede passar. Quando ele apareceu, eu disse que queria ser lutadora e que aquele era o lugar certo para eu desenvolver minhas habilidades e me tornar uma das melhores lutadoras do mundo. Ele disse que eu era maluca, mas me deixou treinar.” 


Superação

Mesmo sendo desencorajada por inúmeras vezes, Gadelha seguiu e hoje, a faixa preta em Jiu Jitsu, revela que se lembra claramente da quantidade de pessoas que disseram que o esporte não tinha futuro. 


Primeira brasileira a ter um cargo de direção no UFC, a maior organização de MMA do mundo, a atleta é apaixonada pela família e junto às irmãs têm tatuado a frase: “O que se une por amor, permanece unido “, uma demonstração de carinho e afeto que a campeã tem por toda a família, aprimorando o quanto as mulheres podem ocupar todos os lugares e como podem ser excelentes profissionais, com o desafio de seguir com amor.






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