Serviço Geológico publica Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação em MG, PE, SC, SP, TO, MT e PR


As cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundações publicadas este mês analisaram diversos municípios brasileiros
 

Uma das cidades contempladas é Belém de Maria (PE)

Uma das cidades contempladas é Belém de Maria (PE)

O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) publicou cartas de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundação nos municípios de Santa Margarida (MG), Belém de Maria (PE), Urupema (SC), Xambioá (TO), Cuiabá (MT), Matelândia (PR), Severínia (SP), Dourado (SP) e Araraquara (SP), na última semana. Os dados foram atualizados até o último dia 15/02.

Santa Margarida (MG) tem quase metade do seu território considerado como média suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa. Os processos potenciais na região são deslizamento, rastejo, erosão e rolamento de blocos. O município apresenta, ainda, 5,6% de área com alto risco a inundações. Veja o mapa de suscetibilidade completo de Santa Margarida 

Em Belém de Maria (PE), as áreas sujeitas a movimentos gravitacionais de massa inserem-se nas categorias de alta (14,2%), média (43,1%) e baixa (42,6)% suscetibilidade. Os principais processos de movimento de massa são deslizamento, tombamento, queda e rolamento de blocos. Pouco mais de 6,5% da área do município possui alto potencial para ocorrência de inundações e outros processos como enchentes, assoreamento e solapamento de margem. Veja o mapa de suscetibilidade completo de Belém de Maria .

Já em Urupema (SC), as áreas sujeitas a movimentos gravitacionais de massa inserem-se nas categorias de baixa, média e alta suscetibilidade. O município tem pouco mais de 50% do território com suscetibilidade baixa a ocorrências como deslizamento, erosão, erosão laminar e rolamento de blocos, por exemplo. Quanto às áreas suscetíveis a inundações, o percentual é relativamente baixo. Pouco mais de 11% da área do município está sujeita a inundações, enchentes e assoreamentos. Veja o mapa de Urupema .

 

Outro município contemplado é Urupema (SC)

Outro município contemplado é Urupema (SC)

Xambioá (TO) possui mais de 85% de seu território com baixo potencial para deslizamento, rastejo, ravinamento, erosão laminar e voçoroca. Apenas 1,4% da área total é considerada como alta suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa. O município apresenta, ainda, 6,7% de alto risco a inundações, enchentes, assoreamentos e solapamentos de margens. Veja o mapa completo de Xambioá .

Cuiabá (MT) tem quase 86% do território com suscetibilidade baixa para ocorrência de movimentos de massa. Esse potencial se deve ao relevo do município, que conta com colinas, chapadas, platôs e planaltos. Quanto às áreas suscetíveis a inundações, o percentual para alta probabilidade é de 9,2%. Os processos potenciais são enchentes e inundações, devido aos solos hidromórficos. Veja o mapa de Cuiabá  .

Em Matelândia (PR), apenas 4% das áreas sujeitas a movimentos gravitacionais de massa são de alta suscetibilidade. As ocorrências potenciais são deslizamentos e queda de blocos, devido a relevos de morrotes presentes na área. Pouco mais de 3,6% da área do município está sujeita a inundações, enchentes e assoreamento. Caso haja inundação, a altura pode chegar até 2m em relação à borda da calha do leito regular do curso d'água. Veja  o mapa da cidade de Matelândia.

 

Alta inundação em Matelândia (PR)

Alta inundação em Matelândia (PR)

Em Severínia (SP), as áreas sujeitas a movimentos gravitacionais de massa inserem-se nas categorias de baixa e média suscetibilidade. 99,7% do território apresenta baixa suscetibilidade a este processo. O relevo da cidade é predominantemente composto por morros baixos. 2,4% do território apresenta baixa suscetibilidade a inundações, enchentes e assoreamentos. Confira o mapa completo de Severínia.

O município de Dourado (SP) apresenta, predominantemente, relevos com características de aplainamento. Assim, quase 82,5% do território do município está sujeito ao baixo potencial de ocorrências de deslizamentos e rastejos. Quanto às áreas suscetíveis a inundações, o percentual é baixo. Apenas 3,6% do território é classificado com grau médio para processos de inundação, enchente e assoreamento. Veja o mapa de suscetibilidade completo de Dourado 

Por fim, Araraquara (SP), possui morros residuais em seu relevo e menos de 1% de áreas com alta suscetibilidade a ocorrências como deslizamentos, queda e rolamento de blocos. 6,65% da região insere-se na categoria de média suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa. As áreas sujeitas a inundações inserem-se nas categorias de baixa, média e alta suscetibilidade, com percentual de 2,4%, 2,2% e 2,3%, respectivamente. Confira o mapa de suscetibilidade completo de Araraquara  .

 

Alta inundação em Araraquara (SP)

Alta inundação em Araraquara (SP)

O pesquisador em geociências do SGB-CPRM, Raimundo Almir, ressalta que suscetibilidade e risco são conceitos diferentes: suscetibilidade se refere ao potencial que um determinado terreno possui para que ocorra um possível deslizamento ou inundação. “Esse potencial pode ser traduzido em classes de alto, médio ou baixo, dentro do  que o Serviço Geológico desenvolve”, afirma o especialista.

Já o risco leva em conta o potencial do terreno (suscetibilidade) e o fator humano, ou seja, as comunidades e moradias que ali estão estabelecidas (vulnerabilidade). “Nesse sentido, desenvolvemos a setorização de risco , que é um outro projeto em que nós atuamos em âmbito nacional”, conclui o pesquisador.

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