https://bit.ly/seminariofuturodamemoria .
“PALESTRA DE ABERTURA COM
ORHAM PAMUK – Criador
do pequeno manifesto para museus (a
modest manifesto for museums) - “O FUTURO DOS MUSEUS ESTÁ EM NOSSAS
PRÓPRIAS CASAS”.
Qual o futuro
da memória?
As novas
tecnologias vêm reorganizando as formas de vida em âmbito público e privado,
nos desafiando a pensar novos papéis da memória no futuro. Qual o impacto dos
avanços tecnológicos nas técnicas de registro, preservação e compartilhamento
de memórias pela sociedade? O que serão os museus no século XXI? E qual será o
papel da cultura, da educação, da economia e das novas tecnologias para moldar
as memórias pessoais e coletivas?
Abordando questões relacionadas à
memória ontem, hoje e amanhã, o Seminário Internacional Futuro da Memória,
que acontece dias 17 e 18 de
novembro, propõe palestras, mesas de debate e oficinas
temáticas, convidando membros de instituições públicas, privadas, organizações
do terceiro setor, pesquisadores e público em geral para participarem
ativamente da construção do conhecimento nos campos de memória, cultura, tecnologia
social e acervos virtuais.
O evento traz ainda os resultados
obtidos pelo Museu da Pessoa com a
implementação de um vasto programa de inovação, fortalecimento e consolidação
do seu acervo, graças à inestimável parceria firmada entre a instituição e o
BNDES.
A programação conta com destaques
internacionais, trazendo ao público uma palestra exclusiva com o Prêmio Nobel
de Literatura de 2006, o escritor Orhan
Pamuk. Seu Museu da Inocência é uma proposta original dentro do campo da
conservação e representação histórica, partindo de uma proposta fictícia para
registrar usos e costumes da Turquia entre 1970 e 2000.
As mesas e oficinas trazem temas
fundamentais ao debate sobre memória no século XXI como inovação social,
desenvolvimento local, cultura e economia criativa, acervos digitais,
voluntariado e metodologia de entrevistas.
Com as mudanças e avanços
acontecendo cada vez mais rápido, o evento procura apontar novos caminhos para
o resgate das experiências em âmbito público e privado.
O Seminário
é uma realização do Museu da Pessoa e BNDES, com o apoio do Itaú Cultural e
parceria institucional do ICOM - International Council of Museums e Editora
Companhia das Letras.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
DIA 17 de novembro de 2021 |
quarta-feira | 11h às 19h
11h00 Boas-Vindas
Museu da Pessoa, BNDES, Itaú Cultural
11h15 Abertura
com Karen Worcman, fundadora e curadora
do Museu da
Pessoa
A memória não é estática e imutável:
está em constante transformação. Não depende apenas do passado, mas da
compreensão do futuro que se constrói. As novas tecnologias impactam
diretamente na maneira como são construídas e multiplicadas as nossas memórias.
Futuro da Memória busca discutir as diversas
perspectivas sobre o papel da memória na sociedade contemporânea brasileira, e
é um marco da parceria entre o Museu da Pessoa e o BNDES, que contribuiu para o
tratamento e digitalização de todo o acervo dessa instituição de conservação
das histórias de vida de tantos brasileiros. Na abertura, a diretora do Museu
da Pessoa, Karen Worcman, dá uma visão geral sobre o seminário.
12h00
Palestra Internacional
com Orhan Pamuk, escritor
Os museus do século 21. Qual é o lugar
dos museus para humanizar a sociedade do futuro?
O vencedor do Prêmio Nobel de
Literatura de 2006 fala do papel dos museus na humanização da sociedade do
futuro através de sua experiência singular. Complementando seu romance O
Museu da Inocência (Cia. das Letras, 2008), o autor fundou em 2012 um museu
homônimo em uma casa em Istambul, cujo acervo traz uma série de objetos
cotidianos usados com base para a criação das personagens do livro.
Por meio deles, faz-se um resgate da
História da Turquia entre os anos 1970 e 2000 num recorte intimista, com lastro
na vida privada dessas personagens. É uma experiência de registro da memória
original, que funde ficção e realidade para reconstituir costumes e suas
mudanças durante o fim do século XX na Turquia.
14h00 Mesa 1 | Memória, Inovação Social e
Desenvolvimento Local
Com Andres Falconer, Flavia Constant e Maria Leinad Carbognin
Mediação: Karen Worcman, fundadora e
curadora do Museu da Pessoa
As constantes mudanças e desafios
incitam governos, empreendedores e organizações a pensar novas formas de
interagir com a sociedade. Isso exige inovação social. A partir de casos
práticos, a mesa discute estratégias de inovação e ações com alto impacto em
sociedade. Qual é o papel da memória e das histórias como ferramenta para
compreensão do desenvolvimento local e territorial?
Sobre os(as) participantes:
Andres Falconer: Consultor do Banco Mundial e dos Fundos de Investimento para o Clima em
Washington (EUA), atuando nas áreas de engajamento de stakeholders, parcerias, transparência
e governança pública. É mestre e graduado em Administração pela FEA-USP e
fellow do Johns Hopkins Center for Civil Society Studies.
Eliana Sousa Silva: É fundadora e diretora da Associação Redes de
Desenvolvimento da Maré, organização que desenvolve mais de 20 projetos de
desenvolvimento local, arte, cultura e educação nos territórios do Complexo da
Maré. Autora de Testemunhos da Maré (Aeroplano, 2012).
Flavia Constant:
Gerente Executiva de
Investimento Social, Cultura, Pesquisa e Conhecimento da Vale S.A, que atua
diretamente com iniciativas como a Fundação Vale e o Instituto Cultural Vale.
Atua há mais de 25 anos desenvolvendo projetos de educação, geração de renda,
meio ambiente, conhecimento, patrimônio e cultura.
Maria Leinad Vasconcelos Carbognin: Diretora-executiva da Fundação Brasil Cidadão, desde 2000 desenvolve em
Icapuí (CE) uma experiência de desenvolvimento sustentável com base no Programa
Teia da Sustentabilidade. Os projetos partem de uma visão sistêmica do
território, com atividades econômicas de baixo impacto ambiental, educação e
gestão ambiental.
15h45 Mesa 2 | Cultura, Memória e
Economia Criativa
Com Janaína Oliveira, Luciane Gorgulho,
Lucimara Letelier e Jader Rosa
Mediação: Marcos Terra,
diretor-executivo do Museu da Pessoa
Memória e criatividade são fomento para
a economia criativa. O interesse atual por essa área norteia perspectivas para
a museologia, onde Memória, História e Design coexistem. A mesa debate
iniciativas que mesclam memória, História e economia criativa.
Sobre os(as) participantes:
Luciane Gorgulho: Economista e mestre em Economia Industrial pela UFRJ e MBA Executivo
pela COPPEAD, entrou por concurso no BNDES (1992), onde hoje é Chefe do Depto.
de Desenvolvimento Urbano, Patrimônio e Turismo. Cedida à FINEP entre 1999 e
2003, estruturou o Projeto Inovar, para a capitalização de empresas inovadoras.
Lucimara Letelier: Atua com museus, cultura e organizações sociais há mais de 20 anos como
gestora, consultora, professora, articuladora de redes e curadora de
seminários. Trabalhou com diversas instituições, como Museu do Amanhã, Museu da
Língua Portuguesa, Museu da Imigração, Museu de Arte do Rio e Guggenheim
Museum, entre outros.
Janaína Oliveira: Pesquisadora
e curadora, é doutora em História, professora no IFRJ, e Fulbright Scholar no
Centro de Estudos Africanos na Universidade de Howard (Washington DC,
EUA). Curadora do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul (RJ). É
idealizadora e coordenadora do Fórum Itinerante de Cinema Negro (www.ficine.org).
Jader Rosa
(Observatório Itaú Cultural
Designer e mestre em
multimeios pela Unicamp. Atualmente atua como gerente do Observatório Itaú
Cultural com o propósito de pesquisar e fomentar a economia criativa e contribuir para a
formulação de políticas culturais do país.
17h30 Painel Memórias Digitais
Com Andrew Hoskins, Eddy Malenfant,
Kristina Cimova e Pierrot Ross-Tremblay
Mediação: Lucas Lara, diretor de
museologia do Museu da Pessoa
A mesa aborda as consequências da
revolução digital sobre conceitos como conexão, indivíduo, autoria e verdade.
Com a mercantilização das pessoas pelas redes sociais, a memória se torna
apenas mediação entre o indivíduo e o mundo. A pessoa deixa de ser sujeito para
se tornar espectador de si mesmo. Há memória sem significação? Quais as novas
formas de criar sentido para a memória?
Sobre os(as) participantes:
Andrew Hoskins: Professor na
Universidade de Glasgow (UK). Co-editor-chefe
fundador do Journal of Memory, Mind & Media. Editor-chefe fundador do
Journal of Memory Studies e co-editor-chefe fundador do Journal of Digital War.
Seu último livro é Radical War: Data, Attention and Control in the 21st
Century (Hurst 2022, com Matthew Ford).
Eddy Malenfant: Cineasta,
trabalhou na Radio Canada e Télé-Québec antes de ser fundador da Production
Manitu Inc. (1987), com Zacharie Bellefleur, Céline Vollant e Evelyne St-Onge.
Dirigiu mais de 50 filmes sobre a cultura Innu, entre eles Innu Aitun,
série de 13 documentários sobre o conhecimento tradicional dessa etnia.
Kristina Cimova:
Pesquisadora da Universidade de Glasgow (UK). Sua pesquisa se concentra em
assuntos atuais e cultura na Europa Central e seu PhD examinou a corrupção na
saúde na Eslováquia. Atualmente, trabalha com Andrew Hoskins em um projeto
sobre esquecimento digital e no próximo livro: Is Memory Finished?
Pierrot Ross-Tremblay: Professor do
Instituto de Pesquisa e Estudos Indígenas da Universidade de Ottawa, detém a
Cátedra de Pesquisa do Canadá em Tradições Intelectuais Indígenas e
Autodeterminação. A sua investigação centra-se na memória e no esquecimento,
nas tradições orais e jurídicas e nas práticas de soberania e
autodeterminação.
DIA 18 de novembro de 2021 |
quinta-feira
9h30 às 11h00 | Oficina
1 | Voluntariado
com Marcela Lanza Tripoli,
Coordenadora de Multiplicação do
Museu da Pessoa
Inscrição: https://bit.ly/oficinavoluntariado
O voluntariado traz benefícios para
ambos lados. A presença de voluntários traz energia renovada para as
organizações, com experiências criativas que ajudam a achar novas formas de
solucionar problemas. E o voluntário contribui para uma missão em que acredita,
além de conhecer pessoas, aprender e expandir horizontes. A oficina abordará
como criar um programa de voluntariado.
11h00 às 12h30 | Oficina 2 | Metodologia de
entrevistas
com Lucas Lara,
Diretor de Museologia do Museu da
Pessoa
Inscrição: https://bit.ly/oficinaentrevistas
A Tecnologia Social da Memória,
metodologia criada pelo Museu da Pessoa, é voltada para registro, preservação e
disseminação de histórias de vida. A oficina enfoca técnicas usadas pela equipe
do Museu na realização desses registros. Entre eles, como mapear possíveis
entrevistados, montar um roteiro de entrevistas focado em experiências pessoais
e se preparar para a condução de uma entrevista.
14h00 às 15h30 | Oficina 3 | Acervos digitais
com Felipe Rocha,
Coordenador de Acervo do Museu da
Pessoa
Inscrição: https://bit.ly/oficinaacervosdigitais
Desde 1991, o Museu da Pessoa registra
e preserva a história de milhares de brasileiros. Com a transição do registro
em mídias analógicas (fitas VHS, MiniDV, DVCAM, Hi8, etc) para formato digital,
a gestão e o armazenamento desse material mudaram. A oficina traz referências
de processos de digitalização de acervos, propondo programas de preservação
digital para o contexto de cada instituição.
EXTRAS
O Museu da Pessoa é um museu virtual e colaborativo
de histórias de vida aberto à participação de toda pessoa. Nele, você pode
contar sua história, organizar suas próprias coleções e conhecer histórias de
pessoas de todas idades, raças, credos, profissões do Brasil. Fundado em 1991,
o Museu da Pessoa acredita que contar, escutar, conhecer e preservar histórias
de vida pode mudar seu jeito de ver o mundo.
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