Mês da consciência negra: Conheça 5 empresárias que promovem a diversidade na prática

 

Listamos cinco mulheres que merecem destaque por incentivarem mudanças importantes na sociedade e mercado de trabalho


O Brasil está passando por um momento de grande transformação social. Ainda existe um grande caminho até o fim da desigualdade, mas a luta torna-se cada vez maior e a cada dia novas pessoas assumem papéis de extrema importância em posições de liderança em suas comunidades impactando diretamente a sociedade. 

 Neste processo, muitas mulheres usam suas vozes potentes para tornarem-se protagonistas de suas próprias histórias e promovem a diversidade como um dever legítimo a ser cumprido. Nós listamos cinco empresárias Brasileiras que merecem destaque por promoverem a diversidade em seus respectivos mercados. Veja:


1- A psicóloga Maitê Lourenço, criou em 2016 o BlackRocks, um laboratório de inovação comprometido com a aceleração de negócios e pessoas e com desenvolvimento de lideranças. Para compor o quadro de colaboradores, escolheu profissionais com tanta ou mais qualificação técnica que empresários de grandes aceleradoras, mas pouco vistos por causa da cor da pele.

Em 4 anos de existência, o projeto ganhou notoriedade, impactando a vida de centenas de empreendedores. “O BlackRocks criou uma tecnologia social de mobilização em rede”, define Maitê. “Durante e depois da nossa atuação, encontramos diversos empreendedores extremamente criativos, profissionais com muita competência para apoiar e desenvolver empreendedores. Estão cada vez mais criando estratégias de atuação no ecossistema, desenvolvendo negócios em parceria, tornando-se compradores e fornecedores da rede”, conta a empreendedora de sucesso.


2- Maria Claudia Martins é Psicóloga, pós graduada em Psicologia Cognitiva Comportamental e MBA em Gestão estratégica de pessoas. Ela é a CEO do grupo Imediatta, importante empresa do setor de RH no Brasil, com sede em Curitiba. Com mais de 25 anos de experiência no setor, Maria Claudia Martins é uma importante personalidade na transformação da relação entre funcionários e empresas no país. Ela defende a humanização, inclusão, diversidade e aponta a transformação cultural de empresas como um importante fator para o sucesso. Como mulher negra e também com origens indígenas, ela promove políticas de diversidade em diversos tipos de empresas e indústrias.

3- Nascida em uma comunidade carioca, Zica começou a trabalhar aos 9 anos, como babá. Mesmo amando seu cabelo black power, ela teve de encontrar alternativas para alisar os cachos, porque seus patrões não aprovaram sua aparência.

Insatisfeita, Zica passou a investir em cursos de cabeleireiro para entender melhor seus próprios fios e descobrir como ela poderia cuidar deles de forma adequada.

Não encontrando no mercado produtos que atendessem às suas necessidades e percebendo que não era a única que gostaria de tratar cabelos cacheados e crespos de forma mais eficiente, Zica decidiu que estava na hora de desenvolver seus próprios produtos capilares. Assim nasceu o Beleza Natural.

A empreendedora convenceu o marido a vender o carro que usava para trabalhar, procurou especialistas que pudessem ajudá-la a desenvolver os produtos e inaugurou seu primeiro salão especializado em cabelos ondulados, cacheados e crespos.

O empreendimento cresceu e hoje o Beleza Natural tem lojas abertas no Brasil e nos Estados Unidos. Em 2013, Zica foi considerada pela Forbes uma das 10 mulheres mais poderosas do Brasil.

4- Ana Fontes nasceu em Igreja Nova (AL), uma pequena cidade com 23 mil habitantes. Quando tinha 4 anos, sua família migrou para Diadema (SP) em busca de oportunidades. Apesar da falta de recursos, os pais fizeram questão de investir na educação dos filhos. Ana estudou em uma escola pública e se formou em Publicidade e Propaganda em uma faculdade particular. Pagava as mensalidades com ajuda de vizinhos e vendendo bolos.

O estudo foi o caminho para Ana conseguir emprego em uma multinacional nos anos 90. Fez ainda pós-graduação em Marketing e em Relações Internacionais. Mesmo assim, nada parecia ser o suficiente para que ela crescesse nas empresas em que trabalhou.

“Um dos meus superiores chegou a elogiar meu currículo, mas disse que não iria me promover, porque eu era mulher”, diz. No entanto, essas situações não desanimaram Ana. A necessidade constante de se superar no ambiente corporativo ficou ainda mais forte depois que ela se tornou mãe.

Em 2009, surgiu a oportunidade de participar do programa 10.000 Mulheres, uma parceria entre a FGV e o grupo Goldman Sachs, que oferece capacitação em gestão de negócios para melhorar a qualidade do empreendedorismo feminino. Com a experiência, percebeu uma demanda de educação empresarial pouco explorada.

Para compartilhar seu conhecimento e poder ajudar mais mulheres a transformarem suas ideias em negócios viáveis, em 2010 ela criou a Rede Mulher Empreendedora. A plataforma para compartilhar conteúdo e divulgar empresas de mulheres tornou-se a maior rede focada em empreendedorismo feminino no Brasil e já ajudou mais de 270 mil empreendedoras de sucesso.



5- Valentina Saluz é uma das executivas de relações públicas mais conhecidas do Brasil. Ela é a diretora a frente da Nexxt PR, renomada agência Brasileira que atende diversos clientes famosos como cantores, atletas, artistas de tv e internet. Valentina batalha por espaços iguais para pessoas de todas as raças entre as posições de destaque na mídia. Como mulher negra, transgênero e nordestina, ela tem sido responsável por uma grande transformação no setor e uma grande inspiração para sua comunidade. Em Setembro deste ano, a TV Globo exibiu parte de sua história em um episódio de ‘’Profissão Repórter’’, onde relata abusos que sofreu durante a infância. Valentina acabou de assinar contrato para escrever um livro a ser lançado pela editora Buzz, que já publicou Paulo Coelho e Walcyr Carrasco. 

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