Quando se trata de uma ilustração animada, o storyboard surge como importante parcela da produção.
O processo de criação de vídeos originais envolve muitas etapas, como a escolha do enredo, fotografia, personagens e tempo de duração.
A criação audiovisual é dividida em três grandes etapas: pré-produção, produção e pós-produção, presentes em curtos materiais publicitários ou em grandes obras do cinema mundial. Delimitá-las com exatidão é o primeiro passo para usar o storyboard.
Os vídeos são arquivos de mídia que reúnem uma sequência de imagens, chamadas de frame, rebatidos a cada milisegundo, provocando a percepção de movimento.
Sob este conceito, foram instalados padrões de frames por segundo, referidos pela sigla “fps”.
O olho humano enxerga uma imagem como estática caso ela possua, no máximo, até 12 fps, isto é, 12 imagens rebatidas por segundo, unidas como uma solda mig.
Os primeiros filmes, nos primórdios do cinema, apresentavam um padrão de 16 fps.
Cada imagem representa uma fração do tempo, um milímetro de diferença na distância entre os pés de uma pessoa caminhando, por exemplo.
Quanto mais aspectos do movimento são dissecados pelos frames, maior a sensação de fluidez para a audiência.
Os antigos filmes, em seu padrão de 16 quadros por segundo, apesar do caráter inédito de movimento, apresentavam gargalos, ou seja, imagens estáticas durante as cenas e uma sensação de salto. As versões contemporâneas corrigiram o problema.
É do conhecimento geral que o cinema nasceu mudo, seguindo este percurso até o primeiro filme falado, lançado em 1927.
A inserção do som como elemento coadjuvante da imagem, impulsionou os estúdios audiovisuais ao estabelecimento de um novo padrão: o 24 fps.
Sincronizar a gravação de áudio e imagens a um sistema de 24 frames por segundo era mais simples e barato que o antigo modelo.
Os grandes épicos mais recentes são gravados em tecnologia 48 fps, caracterizado pelo maior detalhe de texturas, cores e fluidez.
Mas, afinal de contas, o que a tecnologia de frames tem a ver com o storyboard? Tudo. O encaixe de dezenas de imagens em um só corte é uma técnica muito usada para dar vida às ilustrações.
Storyboard na pré-produção audiovisual
Como mencionado acima, a criação de vídeos é marcada por três etapas fundamentais.
A primeira delas, a pré-produção, define tudo o que será executado nas demais fases, bem como o conteúdo do vídeo e o padrão de frames, produzido na storyboard.
Storyboard é uma atividade gráfica que consiste no desenho, em papel, de cada quadro de uma história ilustrada, incluindo cada fração de movimento e gestos dos personagens.
Usada em jogos e peças publicitárias, é um importante desdobramento da diagramação.
Uma forma simples de compreender o funcionamento do storyboard é recordar os trabalhos em flipbook, também chamados de folioscópio.
Um desenhista que pretende dar movimento a um chaveiro para chave canivete desenha cada frame em um bloco de notas.
Ao virar as páginas, os frames são ajuntados, como acontece em uma máquina, uma vez reproduzidos em sequência, a audiência visualiza o desenho em movimento.
Com o storyboard, o processo é muito parecido, o movimento é completamente dissecado por cada fração em papel, contando a história aos poucos. É o storyboard que lança as coordenadas que direcionam toda a confecção do vídeo.
Conhecendo a pré-produção
A pré-produção é o processo de estruturação de todos os aspectos exibidos em um filme, como tipo de imagem (se fotografia ou desenho), roteiro, número de personagens, atores e dubladores contratados, figurinos, ambientação, kit GNV G5 e paleta de cores.
A fase inicial da criação de um vídeo serve como uma bússola para os demais responsáveis por sua edição, gravação e execução, sem a qual problemas relacionados aos direitos autorais, falhas de roteiro, má renderização de frames podem surgir.
Muitos dos problemas manifestos nas demais fases de criação podem ter sua raiz traçada na falta de uma estratégia de pré-produção bem estabelecida, sendo a inclusão do storyboard uma excelente opção para efetuar uma análise minuciosa do enredo.
O storyboard separa cada detalhe do decorrer da história, auxiliando autores e produtores na identificação precoce de falhas e pontos de melhoria.
Além disso, seu papel na confecção de jogos e animações interativas com o consumidor é insubstituível.
O que é desenhado no storyboard passa a ser inserido em softwares responsáveis por unir frames e transformá-los em movimento, conferindo funções básicas como andar, correr, acenar, além de expressões faciais que tornam projeções em máquina mais realistas.
Como criar uma storyboard
A criação de uma storyboard se assemelha ao desenvolvimento de um enredo comum, com algumas diferenças muito específicas que auxiliam no detalhamento do que será feito.
Como um processo perfilado perfurado, a storyboard é confeccionada por etapas.
Criação de um roteiro
Desenvolver um roteiro pode ser uma atividade complexa, visto que há muitas etapas e pontos a serem elaborados e conectados na história, de modo que não haja lacunas.
As partes mais básicas de um enredo, são:
Tema central da história;
Número de personagens;
Ambientação geográfica e cronológica;
Condições ambientais.
O tema central da história é a mensagem que o autor pretende passar para seu público.
No caso de uma campanha publicitária para cortina blecaute para sala, o objetivo primordial é manifestar a qualidade do produto e sua importância na vida do cliente.
A partir da ideia central, a história pode se desenvolver, um critério que pode encarecer ou simplificar a criação de uma storyboard é o número, comportamento e aparência física dos personagens. Tais fatores definem extensão de movimento na storyboard.
Em enredos épicos, com foco voltado para a fantasia, os personagens são mais numerosos e trabalhados, posto que é necessário uma explicação para a existência de criaturas sobrenaturais. Uma proposta para o público infantil pode seguir essa linha.
Junto aos personagens, a ambientação da história é também importante para o desenvolvimento da história.
Um anúncio de fresadoras verticais pode ser feito em espaço industrial, exigindo um maior detalhismo no cenário.
As condições ambientais estão mais relacionadas aos objetos que os personagens vão interagir no decorrer do vídeo.
Isso inclui bens de consumo, roupas, veículos e outros artefatos do cotidiano, que devem também ser incluídos na storyboard.
Estruturação de uma linha do tempo
Por outro lado, a estruturação de uma linha do tempo é outro aspecto imprescindível da criação de um roteiro, sem a qual, todos os critérios definidos anteriormente não podem ser integrados de maneira coerente.
A atenção do criador de conteúdo, no momento de estruturar a linha do tempo de seu vídeo, deve ser redobrada, uma vez que grande parte dos problemas de uma campanha audiovisual podem ser detectados por uma falha neste aspecto.
A campanha promissora de uma envasadora de líquidos pode ser potencializada com uma storyboard que possua um bom entroncamento de ideias e crescimento dos personagens na história. A linha do tempo confere sentido ao roteiro.
Os modelos de linha do tempo mais utilizados repartem a história em três grandes atos, o primeiro, denominado ato de configuração, o segundo, ato de confronto e o último ato, de resolução. Sua estrutura ajuda a visualizar a história por completo.
As vantagens desta metodologia consistem em detalhar o clímax como um evento que não é exclusivo da parte central do enredo, mas pode acontecer diversas vezes, servindo a diferentes objetivos na história.
Estabelecimento de um tom
Definir um tom para a história é outro fator que afeta a disposição do storyboard, uma vez que isto estabelece o nível de detalhamento e realismo para as cenas.
Os vídeos de tom mais informal e lúdico possuem formas mais vagas e dispersas.
Aspectos como a ambientação de fundo, como a naturalidade das nuances de luz, os detalhes do céu, a composição corpórea de personagens e seus objetos são definidos pelo tom da mensagem. Uma vez estabelecido, gera impacto direto sobre o orçamento.
Esquematização das cenas
Muitos estúdios especializados na produção de vídeos disponibilizam fichas pré-prontas para o preenchimento de storyboards, com locais marcados para detalhamento de cada cena. O desenvolvimento deles passa de partes maiores para menores.
A primeira fase foca em elencar todas as cenas que farão parte de um vídeo enredo sobre rebocador de alto mar, por exemplo, enquanto a segunda fase desenvolve cada frame cena.
Conclusão
Portanto, storyboard é uma das etapas mais prazerosas da criação de vídeos, usado na projeção de peças publicitárias, jogos, filmes, ilustrações e todo material audiovisual.
Absorvendo conceitos antigos do cinema, a estratégia é o ponto central da pré-produção.
Muito do resultado final de uma mídia deste tipo depende do quão detalhado e bem elaborado é o storyboard, a bússola que orienta produtores, controladores de fotografia, ilustração, edição e sincronização de áudio.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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