Bons profissionais são formados por bons mestres

 

Bons profissionais são formados por bons mestres

A boa escolha do time de professores impacta o resultado dos artistas do Teatro Musical

O mercado do Teatro Musical brasileiro teve um crescimento exponencial nos últimos anos e com a volta dos espetáculos ao vivo agora em setembro, artistas retomam ensaios e cursos presenciais. Tudo isso, faz crescer a demanda por artistas especializados que cantam, dançam, e atuam. A formação para a área é exaustiva e ainda é escassa a formação de qualidade no Brasil para atender a demanda.


Embora tenhamos boas escolas de dança, de música, e de interpretação, o gênero do Teatro Musical é bastante distinto, e possui um estilo específico. “É comum que os iniciantes busquem aulas de canto, por exemplo, com um profissional que não tenha conhecimento nesta área, embora seja muito bom em outra. Esse é um dos erros mais comuns: não se atentar à especialização do professor.”, diz Catarina Marcato, cantora e professora de canto formada em Teatro Musical em Nova York, que conversou conosco sobre o assunto. “Outro erro comum é a concepção de que um bom artista é um bom professor. São coisas completamente distintas” – completa ela.


A importância de escolher professores qualificados é indiscutível em qualquer área. Contudo, quando falamos em professores de canto, a cautela deve ser maior ainda. “Não que o prejuízo não seja ruim em outras áreas, longe disso! O problema é que as cordas vocais são músculos, e um esforço repetitivo de forma equivocada pode causar lesões chatinhas de recuperar, ou até mesmo irreversíveis.”, diz Catarina, que ressalta que o mesmo se aplica à dança, aonde uma orientação equivocada pode provocar lesões no dançarino.

Inclusive para crianças! Muitas vezes os pais não se preocupam com a qualidade e com o currículo de quem está ensinando seus filhos, julgando não ser tão importante quando a criança está começando. Entretanto, a boa formação exponencia as aptidões e dons naturais, que se bem trabalhados desde o início criam uma melhor base para o aprendizado e desenvolvimento. Ainda que a ideia inicial não seja a de profissionalização, o aprendizado com bons mestres enriquece e o repertório e amplia a visão do artista.


“Como artista e professora, eu acredito no poder de cursos, formação, especializações e conhecimento amplo, profundo e diversificado” – comenta Catarina, que recentemente se especializou em Fisiologia da Voz Cantada no curso Canto Consciente da fonoaudióloga Fernanda Lopes. “Assim eu posso compreender melhor tudo o que acontece dentro do corpo do meu aluno enquanto ele canta. Eu acabo tendo diversas ferramentas para trabalhar com ele. Consigo entender que músculos estão mais ou menos envolvidos em cada ajuste, como se dá o desenvolvimento da voz na criança e no adolescente, dentre muitas outras coisas”.


Catarina conta que é muito cuidadosa na escolha dos profissionais que escolhe para seus mestres, atualmente, faz canto com Giulia Nadruz, estrela de primeira grandeza nos musicais, interpretação com Igor Miranda dança com Thiago Garça, Carlos Ortelan e Renan Banov. Foi aluna de grandes mestres da Broadway: Jazz Musical com Deidre Goodwin e Michelle Potterf; Ballet com Sara Antkowiak; Sapateado – Kenny Ingram, Steps on Broadway – Hip Hop - Matt Lopez, Broadway Dance Center – Sapateado. Mas, é uma destas crianças que começou cedo e bem orientada, seu primeiro professor de coral foi Michel de Souza, renomado barítono brasileiro.


A rotina diária de um profissional do teatro musical exige uma disciplina e dedicação de treinos e exercícios, cuidado com a alimentação e imagem, além dos estudos teóricos que embasam o repertório necessário para garantir um bom espetáculo..

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