Consumidor 5.0: afinal, o que é?



Hoje é comum ouvir falar das transformações que a esfera digital trouxe ao mundo, seja no sentido profissional ou pessoal. Mas, poucos entendem a fundo o perfil do consumidor 5.0, ou mesmo seu conceito e suas expectativas.

De fato, sabe-se que as novas gerações têm algo de diferente, que elas são mais conectadas, buscam mais informações e chegam a ser bem mais exigentes. 

Contudo, isso não garante uma compreensão completa do que está acontecendo.

Imagine uma empresa local de rede de proteção para sacada, como esse fenômeno das novas gerações chega a impactar realmente seu nicho de mercado.

Colocando assim, já não parece tão simples compreender as transformações do mercado atual.

Até porque, algumas dessas transformações chegam a ser realmente revolucionárias, envolvendo também aspectos culturais, sociológicos, psicológicos e até políticos. 

Para entender que o mercado mudou, é preciso ver que as pessoas mudaram.

É justamente aí que surge o conceito do Consumidor 5.0, como algo que explica o comportamento das pessoas enquanto consumidoras, especialmente no sentido de contextualizar os demais perfis desde o início do século passado.

Nesse sentido, a abordagem é perfeita, como ao perguntar-se como um banner personalizado deveria ser feito para impactar um cliente de meio século atrás, e como ele deve ser hoje. Assim é que chegamos a compreender melhor o assunto.

Por isso, decidimos escrever este artigo, trazendo aqui os conceitos imprescindíveis para uma melhor compreensão desse tema fundamental. 

Além, é claro, de dicas e conselhos para quem quiser impactar positivamente essas novas gerações.

O mais bacana é que esse esforço vem sendo feito cada vez mais intensamente, de modo que hoje é possível utilizar essas estratégias em qualquer segmento, seja para vender produtos ou prestar serviços como locação de sala privativa coworking.

Portanto, se você quer entender como exatamente tudo isso é possível, dominando o perfil do consumidor 5.0 como modo de fortalecer sua marca, basta seguir adiante.

Por dentro das novas gerações

Como vimos, não é difícil identificar que o comportamento das novas gerações é diferente (muitas vezes radicalmente diferente) do comportamento das gerações anteriores.

Basta compararmos o modo de ser, de se vestir e de aprender novidades que um idoso tem, em relação aos seus netos pré-adolescentes. 

O mesmo vale para os hábitos de consumo e a relação com as marcas.

Em alguns casos, mesmo uma criança pode lidar com um computador novo de modo diferente dos mais velhos. 

Por conta disso é que surgiu um recorte histórico que divide as gerações em tipos, conforme:

  • Nascidos até 1964: Baby boomers;
  • Nascidos entre 60 e 80: Geração X;
  • Nascidos entre 80 e 90: Geração Y;
  • Nascido entre 90 e 2000: Geração Z.

Alguns pensavam que o último recorte era o dos famosos millennials, mas na verdade eles representam a Geração Y.

Sendo que o consumidor 5.0 é o da Geração Z, também conhecida como a dos “nativos digitais”.

Esse termo é fundamental, pois vai direto ao ponto, mostrando que o traço principal desse grupo é o fato de que essas pessoas já nascem com acesso à informática e à internet, tendo crescido com o computador ou mesmo o celular nas mãos.

De onde vem o consumidor 5.0?

O recorte demonstrado acima nos ajuda muito a compreender melhor o conceito, o perfil e as prioridades do consumidor 5.0, especialmente no sentido de apontar sua origem.

Mas, também é possível (e até aconselhável) aprofundar nos quatro níveis anteriores, do consumidor 1.0 até o 4.0, para entender melhor o estágio em que vivemos hoje.

No primeiro nível de todos nós tínhamos compradores apegados ao contato presencial, que utilizavam no máximo o telefone. 

Foi o fim da Segunda Guerra Mundial e começo da Guerra Fria, quando as empresas não buscavam segmentar sua clientela.

No fenômeno 2.0 as empresas dão o passo de querer diferenciar seus produtos, focando sempre na concorrência e na própria solução. 

O cliente compra com base em preços, prazos e promoções arrasadoras, é o período da Guerra do Vietnã.

Já no consumidor 3.0 temos uma busca por pertencimento, por marcas que tenham uma filosofia compatível com a do consumidor, que então começa a se antenar culturalmente.

Serviços como máquina de café automática estavam começando a surgir, como modo das marcas se aproximarem de seus clientes, tentando entender melhor o que eles pensam.

Já no estágio 4.0 estamos em meados de 1990, a computação começa a se disseminar e a internet chega com força em países de primeiro mundo. Aí já se fala em um cliente ainda mais ativo, influente e consciente.

As empresas, por sua vez, precisam compreender cada vez melhor a sua persona, aprofundando esse conceito e indo muito além de simplesmente ter um “público-alvo”. Agora, é preciso entender os perfis da persona do público.

Enfim, surge o consumidor 5.0, que é o atual. Como vimos, ele não está apenas “antenado” com a tecnologia, ele cresceu com um smartphone nas mãos.

É o cliente dos “super Apps”, que compra praticamente tudo pelo celular, com poucos cliques e com alto nível de exigência. 

Para atendê-lo a marca precisa ter estratégias inteiramente customizáveis, aplicando a linguagem certa, do jeito certo.

Estágio 5.0: entenda a fundo

Para deixar um pouco mais claro como se dá o fenômeno atual do consumidor 5.0, é preciso aprofundar alguns pontos, sobretudo pelas duas óticas básicas: a do consumidor e a das empresas.

Basicamente, o que define o comprador é a intimidade com a tecnologia. Porém, isso não pode ser entendido de modo vago, ou causará erros como o de supor que a finalidade seja o “tecnológico”, quando na verdade é a facilidade que ele traz.

O que esse cliente quer é resolver uma dor, tal como qualquer outra. Porém, de modo personalizado. 

Se antes as empresas concorriam entre si, sem prestar atenção nas pessoas, hoje o foco recai nas pessoas, que são os verdadeiros decisores.

Assim, uma empresa que vende kit lanche corporativo precisa entender a fundo o que as novas gerações esperam desse serviço. 

Por exemplo, ao focar pontos como saudabilidade e ecologicamente correto, certamente ela chamará mais atenção.

Mas, não basta fazer isso de modo automático ou genérico, é preciso entender como seu cliente em potencial consome novidades, quais as redes sociais que ele mais curte, o que ele ama e o que odeia que uma marca faça, e daí em diante.

Portanto, o ideal é que a marca já seja fundada com base nisso, fazendo um esforço de branding que seja capaz de gerar um valor intangível para o mercado.

Essa é a famosa filosofia das marcas, que fazem muitas empresas novas "bombarem" na internet antes mesmo de começarem as atividades, simplesmente porque falaram a língua que o seu público espera ouvir.

As vantagens e os valores

Até aqui já deu para entender que há várias vantagens que permeiam o universo do consumidor 5.0, das quais a própria marca pode extrair alguns benefícios.

Além disso, também ficou claro quais são os valores do Consumidor 5.0. Porém, abaixo vamos dar exemplos práticos de como fazer com que esse conhecimento realmente atinja os nativos digitais, como modo de fortalecer qualquer marca.

Tecnologia e automatização

Esqueça os processos antigos, os bloquinhos ou ordens de serviço no papel, e implemente soluções em softwares integrados com Computação na Nuvem.

Por exemplo, uma empresa de vistoria veicular não precisa ficar ligando para o cliente, basta criar um aplicativo (ou, no mínimo, disparar um SMS) para informar quando o serviço estiver pronto.

Além disso, há tecnologias e programas que automatizam tudo, como os chatbots, que são robozinhos que atendem o cliente sozinho no site, tirando dúvidas básicas sem a influência humana.

Presença nas redes sociais

Não pense que as mídias sociais são um detalhe, ou um portfólio onde você expõe fotos de produtos e serviços. É preciso interagir e gerar conteúdos que engajam.

Para isso, encontre a rede social que tem mais sinergia com o seu público e cumpra à risca a proposta da plataforma.

Hoje há opções que frisam a mensagem instantânea, outras o texto médio ou longo, outras ainda a imagem, o vídeo, a live

Seja como for, gere conteúdo constantemente nesse formato.

O poder do omnichannel

Por fim, investir na tecnologia certa ou na rede social mais indicada não quer dizer focar apenas em um ou outro aspecto.

Pelo contrário, é preciso ter uma visão de conjunto, enriquecendo o aspecto micro da comunicação, sem desprezar o aspecto macro.

Na prática, isso pode se traduzir com a implementação do marketing omnichannel, cujo esforço principal é justamente o de diversificar os canais de suporte.

Se a empresa vende ponto eletrônico digital, não fique apenas nos chatbots e nas redes sociais, abra também opções por e-mail, aplicativos de mensagem e tudo o mais que faça seu cliente se sentir em casa.

No fundo, o que ele quer é isso mesmo, a agilidade de se comunicar com as marcas e resolver sua dor como se estivesse falando com seus amigos ou parentes.

Considerações finais

Falar sobre o consumidor 5.0 é falar de um fenômeno que abrange vários aspectos comerciais e até culturais, mergulhando a fundo nos nativos digitais.

Com os conceitos e os conselhos que trouxemos aqui, vai ser muito mais fácil compreender qual o perfil deles, as expectativas e as vantagens, estabelecendo uma ponte perfeita entre o seu público e a sua marca.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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