O IPÊ AMARELO

Queridos amigos, ontem, à noite, aconteceu a premiação da Mágico de Oz. Havia um desafio, o de concorrer com um conto de apenas uma lauda! E mereci DESTAQUE LITERÁRIO 2020, com “O ipê amarelo”. Espero gostem. 


O ipê amarelo

 

Minervino morava com sua esposa e três filhos em um sítio. Nele plantavam milho, mandioca e o que mais o mercado pedisse. E dele tiravam o seu sustento

Depois de muito tempo, o agricultor conseguiu comprar um velho trator e implementos básicos, o que minimizaria o esforço a que se entregavam na lavoura.

A expectativa com a estreia do monstrengo era grande. E como se tornara o assunto principal de suas vidas, até uma aposta fizeram sobre quantos dias levariam para terminar a plantação.

Ocorre que no meio do terreno havia um ipê amarelo gigantesco, centenário. Até então, a árvore só produzira benefícios, seja pela sombra que abrandava o calor de quem ali se abrigasse, seja pela floração que reavivava os espíritos de quantos a contemplassem.

Na noite anterior ao início do plantio, o lavrador achou melhor derrubar o ipê, pois isso facilitaria o trabalho do trator, garantiria maior produtividade ao terreno, e, portanto, traria mais dinheiro para dentro de casa.

Comentou sua ideia com a família, mas não obteve o esperado estímulo.

No dia seguinte, ao abrir a porta, Minervino mirou a árvore. E como fosse meado de setembro, todas as flores já estavam bem abertas.

​A visão encheu-lhe os olhos!... E o ipê o agradeceu com sua sombra.


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