Com direção da francesa Bintou Dembélé, ópera-balé do século XVIII ganha releitura contemporânea com coreografia urbana, e celebra o ano da França no Brasil. O espetáculo será apresentado nos dias 26/11, às 20h; 27/11, às 20h; 29/11, às 17h; 30/11, às 17h; 02/12, às 20h; 03/12, às 20h; 04/12, às 20h, com ingressos de R$ 39 a R$ 252.
Foto: Christophe Raynaud de Lage
Em uma fusão ousada entre tradição e contemporaneidade, o Theatro Municipal de São Paulo apresenta a ópera Les Indes Galantes, de Jean-Philippe Rameau, com libreto de Louis Fuzelier, na reta final de sua temporada de óperas. A montagem integra a Temporada França-Brasil 2025, celebrando o Ano Cultural que aproxima as culturas dos dois países. O espetáculo será apresentado nos dias 26/11, às 20h; 27/11, às 20h; 29/11, às 17h; 30/11, às 17h; 02/12, às 20h; 03/12, às 20h; 04/12, às 20h, com ingressos de R$ 39 a R$ 252.
A concepção cênica e coreográfica será da Bintou Dembélé, dançarina e coreógrafa reconhecida como uma das figuras pioneiras da dança Hip hop na França, que cria um diálogo entre as camadas históricas da obra e as expressões das ruas. A direção musical é do maestro suíço-argentino Leonardo García-Alarcón, à frente dos músicos da Cappella Mediterrânea, um dos conjuntos barrocos mais respeitados da atualidade. O Coral Paulistano, sob regência de Maíra Ferreira, compõe o elenco vocal. A apresentação conta com a participação de artistas da Structure Rualite, coralistas do Choeur de Chambre de Namur e de bailarinos e músicos brasileiros convidados.
A cenografia e design de luz ficará a cargo de Benjamin Nesme e o figurino será assinado pela francesa Charlotte Coffinet e pela brasileira Laura Françozo. O elenco conta com Laurène Paternò (como Amour, Phani, Fatime e Zima) Ana Quintans (como Hébé, Émilie e Zaïre), Mathias Vidal (como Valère, Don Carlos, Tacmas e Damon) e Andreas Wolf (como Bellone, Osman, Huascar, Ali, Don Alvar e Adario).
Obra-prima do iluminismo francês, Les Indes Galantes teve estreia pela Académie Royale de Musique, atual Ópera de Paris, em 1735, e é considerada uma ópera-balé, gênero que combina drama lírico, música e dança. O libreto de Louis Fuzelier costura distintas histórias de amor ambientadas em “locais exóticos” para a França daquele período, que divide a obra em quatro partes: O Turco Generoso, Os Incas do Peru, As Flores da Pérsia e Os Selvagens da América do Norte.
Apesar de sua importância histórica, a obra raramente é encenada no Brasil, o que torna esta apresentação uma ocasião rara de apreciação. A montagem do Theatro Municipal de 2025 reunirá artistas brasileiros e franceses em uma releitura que insere elementos da cultura urbana contemporânea, em especial, a dança de rua e o hip hop, no contexto musical barroco.
Para a superintendente geral do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, Andrea Caruso Saturnino, a ópera será um dos pontos culminantes tanto da temporada lírica do Municipal, quanto para as trocas culturais entre os dois países. “Após um ano repleto de entusiasmo, elaboração de novos paradigmas críticos e intercâmbios entre Brasil e França, marcado também pelo concerto Bizet e Seus Contemporâneos com participação de músicos da Academia da Ópera de Paris e da Orquestra Sinfônica Municipal, e pela muitíssimo bem sucedida turnê do Balé da Cidade na França, temos a alegria de apresentar ao público mais uma obra pouco executada no Brasil - Les Indes Galantes, de Rameau com a genial direção cênica de Bintou Dembelé, mesclando barroco e urbano, com o nítido intuito de acrescentar novas camadas de leitura à ópera”, explica.
Nesse sentido, é central o olhar crítico para a obra original feita com Bintou. “Les Indes Galantes poderia ser resumido por esta citação do French Directory: ‘são jovens dançando sobre um vulcão em erupção’. Esse vulcão é muito real e ameaça entrar em erupção a qualquer momento. O que talvez parecesse como desentendidos ou um entretenimento inocente evoluiu, ao longo da história, para uma situação geopolítica séria, complexa e explosiva. De certa forma, Les Indes Galantes já continha as sementes do nosso mundo atual”, define Bintou, diretora cênica da ópera.
Depois de dançar por mais de trinta anos no mundo do Hip Hop, Dembélé é diretora artística de sua própria companhia de dança, Rualité, desde 2002. Seu trabalho explora a questão da memória do corpo através dos prismas da história colonial e pós-colonial francesa, que será a abordagem central para Les Indes Galantes. “Todos somos o ‘selvagem’ de alguém; uma vez que tomamos consciência disso, a desconstrução desse mecanismo pode começar”, completa
Foto: Christophe Raynaud de Lage
Do ponto de vista musical, por se tratar de uma obra barroca, Les Indes Galantes percebe que, em toda emoção humana, há uma assimetria de ritmo. “Emoções extremas como amor, ódio, raiva e o medo da morte ou do abandono desafiam qualquer tentativa de quantificação, transcendendo os limites do tempo mensurável”, pontua Leonardo García-Alarcón, diretor musical do espetáculo.
García-Alarcón é um maestro suíço-argentino especializado em música barroca. Estudou cravo e órgão e foi assistente de Gabriel Garrido por vários anos, antes de fundar o conjunto Cappella Mediterranea, com o qual se apresentou em diversos festivais, em especial no Festival d'Ambronay. “A ópera, em sua essência, representa um esforço utópico de harmonizar o ritmo da música e da dança com o ritmo indizível e profundamente humano de nossas emoções”, finaliza.
SERVIÇO
Les Indes Galantes, de Jean-Philippe Rameau
Theatro Municipal de São Paulo
CAPPELLA MEDITERRANEA*
STRUCTURE RUALITÉ*
CHOEUR DE CHAMBRE DE NAMUR
CORAL PAULISTANO
*Com a participação de bailarinos e músicos brasileiros convidados.
Datas
26/11, às 20h
27/11, às 20h
29/11, às 17h
30/11, às 17h
02/12, às 20h
03/12, às 20h
04/12, às 20h
Leonardo García-Alarcón, direção musical
Bintou Dembélé, direção cênica e coreografia
Benjamin Nesme, cenografia e design de luz
Charlotte Coffinet e Laura Françozo, figurino
Laurène Paternò, Amour, Phani, Fatime, Zima
Ana Quintans, Hébé, Émilie, Zaïre
Mathias Vidal, Valère, Don Carlos, Tacmas, Damon
Andreas Wolf, Bellone, Osman, Huascar, Ali, Don Alvar, Adario
Programação integrante da Temporada do Ano Cultural França-Brasil 2025.
Duração estimada: 150 minutos (com intervalo)
Classificação indicativa: Livre para todos os públicos
Faixa de ingressos: de R$ 39 a R$ 252 (inteira)
Patrocínio do Bradesco, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Organização da Embaixada da França no Brasil, Institut Français, Instituto Guimarães Rosa e correalização da Cappella Mediterrânea.
A programação da Temporada França-Brasil 2025 conta com o apoio do comitê de patrocinadores composto por: Fundação ENGIE, LVMH, Leroy Merlin, JCDecaux, Sanofi, Airbus, CMA CGM, CNP Assurances, L’Oréal, Fundação TotalEnergies, VINCI, BNP Paribas, Carrefour, Vicat e Scor.
Assessoria de imprensa
André Santa Rosa - (82) 99329-6928
andre.lima@theatromunicipal.
Letícia Santos - (11) 97446-0462
leticia.dossantos@
SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).
Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei de Incentivo à Cultura: Shell, Nubank, Bradesco, Atlas Schindler, Elo e IGC Partners. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.
SOBRE A SUSTENIDOS
A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área cultural que já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas em 25 anos de atuação. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, do Conservatório de Tatuí e do Musicou, além do projeto especial MOVE e o festival Big Bang. De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita pelo prêmio Melhores ONGs a Melhor ONG de Cultura em 2018 e uma das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e outras, de empresas e pessoas físicas. As instituições interessadas em investir na Sustenidos podem contribuir por verba livre ou através das Leis de Incentivo à Cultura (Federal e Estadual). Pessoas físicas também podem ajudar de diferentes maneiras. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.





0 Comentários