Programação inclui concerto com orquestra formada por músicos brasileiros, franceses e de países africanos, edição de festival internacional dedicado à regeneração ecológica e social, exposição com obras de mulheres artistas do Brasil, da França e da diáspora africana, além de residências artísticas, ciclos de cinema, espetáculos e debates em múltiplas frentes;
Sesc Pompeia sediará a cerimônia de abertura oficial da Temporada no estado de São Paulo.
|
Brasil, França e diferentes expressões de culturas de países africanos e diaspóricas se encontram no Sesc São Paulo ao longo de todo o segundo semestre de 2025. De agosto a dezembro, a Temporada França-Brasil 2025 ocupa diversas unidades da instituição na capital e no interior paulista com uma programação que celebra dois séculos de relações diplomáticas entre os dois países, em sintonia com os três eixos temáticos que estruturam a Temporada: “Democracia e globalização justa”, “Diversidade e diálogo com a África” e “Clima e transição ecológica” – os três, alinhados com a missão e atuação permanentes do Sesc.
No dia 23 de agosto, o Sesc Pompeia irá sediar a cerimônia de abertura oficial da Temporada França-Brasil no estado de São Paulo. Na ocasião, haverá a abertura da exposição O Poder de Minhas Mãos, reunião de obras de 25 mulheres artistas do Brasil, da França e de países africanos organizada em colaboração com o Musée d’Art Moderne de Paris e o Paris Musées. Na mesma data, também no Sesc Pompeia, será apresentado o Concerto Brasil-França, executado por uma orquestra formada por músicos franceses, brasileiros e de países africanos, com direção musical de Lucas Santtana.
No dia seguinte, 24 de agosto, o Sesc Pinheiros inaugura a itinerância da exposição FITE – Bienal Têxtil de Clermont-Ferrand de 2024, que celebra o inesperado e o extraordinário nas criações têxteis e sua cadeia produtiva. Criada em 2012, suas edições bienais acontecem sempre na cidade de Clermont-Ferrand, na França, em parceria com países que recebem sua itinerância. Intitulada Play, a edição atual propõe a obra de arte como um campo lúdico, onde cada artista “joga” à sua maneira. A exposição foi curada com a colaboração do Sesc São Paulo e apresenta exemplares do Acervo Sesc de Arte.
Ao longo dos meses subsequentes, estão previstos espetáculos, residências artísticas, ciclos de cinema, lançamentos de livros e debates, além de outra grande exposição: O Mundo através da I.A., no Sesc Campinas, em parceria com o centro de arte Jeu de Paume, em Paris, com obras que investigam a forma como a percepção da realidade é mediada por novas lógicas e dispositivos.
Entre os espetáculos de destaque, Trilogia Terrestre, concebida pela companhia francesa Zone Critique, de Frédérique Aït-Touati, junto com o antropólogo Bruno Latour, desembarca no Sesc Consolação; você está aqui e A GENTE QUER, da ktha cie, que circula por cinco unidades em diferente regiões da cidade; apresentações da cantora e instrumentista Sélène Saint-Aimé e do compositor e ativista Baaba Maal, dentro da programação do festival Sesc Jazz; a performance multisensorial Autofagias (Histórias de bananas, arroz, tomates, amendoins, e depois frutas, açúcar, chocolate), dirigida por Eva Doumbia, dentro da programação da Bienal Sesc de Dança; a apresentação do espetáculo Les Voyages, do Collectif XY, pelo Parque da Independência, dentro do CIRCOS – Festival Internacional Sesc de Circo.
Realizado anualmente na cidade de Arles, na França, e em países como Colômbia, Camarões e Japão, o festival Agir pour le Vivant (Agir pelo que Vive) tem por objetivo gerar encontros que investiguem novas formas de construir uma sociedade em consonância com todos os seres vivos. Em sua primeira edição no Brasil, o encontro reúne, em setembro, pensadores, cientistas, artistas e lideranças de diferentes áreas no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc e no Sesc 14 Bis para vivências e reflexões em torno de temas como o direito à terra e à cidade, a memória e os saberes ancestrais, crise ecológica, ecofeminismo e agricultura comunitária.
Fruto da colaboração entre os Festivais Pop Rua (Brasil) e C’est Pas Du Luxe (França), o bloco do projeto Nós Somos realizará um desfile com e para a população em situação de rua nos arredores do Museu da Língua Portuguesa, a partir de oficinas ministradas aos participantes da Unidade de Formação e Capacitação da População em Situação de Rua, sob a orientação da artista francesa Marinette Dozeville e do artista brasileiro Morris, que atuam com as linguagens da dança e da música, respectivamente.
“A França é, há muito, parceira constante do Sesc São Paulo, com sua sólida diplomacia cultural. Para o Sesc, é motivo de satisfação fortalecer e impulsionar a colaboração entre os países” afirma o diretor do Sesc São Paulo, Luiz Galina. E complementa: “Trata-se, afinal, de reconhecer o intercâmbio cultural e o diálogo social como propulsores de sociedades mais solidárias, democráticas e diversas.”
Acompanhe a programação do Sesc São Paulo para a Temporada França-Brasil 2025 em sescsp.org.br/francabrasil2025
•
PROGRAMAÇÃO
Final de semana de abertura
Dias 23 e 24 de agosto de 2025
______________________________
Concerto Brasil-França
Para marcar a abertura da Temporada França-Brasil 2025 no estado de São Paulo, sobe ao palco uma orquestra formada especialmente para a ocasião por músicos brasileiros, franceses e de países africanos.
A troca de culturas e saberes dá a tônica do espetáculo, com um repertório de arranjos criados especialmente para clássicos dos cancioneiros brasileiro e francês. Advindos de universos musicais distintos, os artistas convidados criam coletivamente para montar o repertório apresentado no teatro do Sesc Pompeia.
Tanto versões de músicas brasileiras que fizeram sucesso na França, como “O que será”, de Chico Buarque, como versões brasileiras de sucessos franceses, como “Une chambre avec vue”, de Henri Salvador, estão previstas no programa, que conta ainda com repertório autoral dos diferentes músicos envolvidos.
Integram a orquestra a cantora e mestre da sanfona Lucy Alves, a jovem cantora indígena Tainara Takua, o violinista francês Nicolas Krassik, radicado no Brasil, a percussionista paulista Sthé Araujo, a jovem cantora francesa Anaïs Rosso, o grupo vocal de mulheres La Mal Coiffée (que traz o canto polifônico em occitano), a cantora e musicista de Guadalupe Celia Wa, e, diretamente do Mali, Cherif Soumano, com seu instrumento ainda pouco conhecido no Brasil, a kora. Além de integrar a orquestra, o cantor e compositor Lucas Santtana assina a criação e direção musical do concerto.
Direção musical de Lucas Santtana e participação de Anaïs Rosso, Celia Wa, Cherif Soumano, La Mal Coiffée, Lucas Santtana, Lucy Alves, Nicolas Krassik, Sthé Araújo e Tainara Takua.
Dias 23 e 24 de agosto de 2025. Sábado, às 20h. Domingo, às 18h.
AL
Ingressos: R$18 | R$30 | R$60
Sesc Pompeia
______________________________
Exposição | O Poder de Minhas Mãos
A mostra reúne obras de 25 artistas mulheres provenientes de diferentes países africanos e da diáspora. Percorrendo uma ampla gama de temas – corpo, sexualidade, autorrepresentação, maternidade, crenças –, as obras quase sempre partem de experiências pessoais para abordar questões sociais que moldam a condição das mulheres na contemporaneidade. Memória, família, espiritualidade e imaginação surgem entrelaçadas nas pinturas, cerâmicas, fotografias, vídeos, performances e bordados apresentados.
Depois de passar por Paris (2021) e Angola (2023), a exposição chega a São Paulo com artistas brasileiras especialmente convidadas para edição. Ainda que algumas das participantes partam de diferentes abordagens e em diversas poéticas, a mostra permite o compartilhamento de vivências individuais que, ao ganharem uma dimensão coletiva e universal, ressoam com o célebre lema dos anos 1970: “o pessoal é político”. O resultado é um mergulho potente na arte contemporânea africana e em alguns dos principais debates da atualidade.
Exibição organizada em colaboração com o Musée d’Art Moderne de Paris e com o Paris Musées.
Curadoria: Odile Burluraux (França), Suzana Sousa (Angola) e Aline Albuquerque (Brasil).
Participantes: Alexia Ferreira, Aline Motta, Ana Pi, Ana Silva, Buhlebezwe Siwani, Castiel Vitorino Brasileiro, Dhiovana Barroso, Eliana Amorim, Fabiana Ex-Souza, Gabrielle Goliath, Gê Viana, Grace Ndiritu, Jasi Pereira, Kapwani Kiwanga, Lerato Shadi, Lebohang Kganye, Lidia Lisbôa, Lucimélia Romão, Pedra Silva, Reinata Sadimba, Stacey Gillian Abe, soupixo, Senzeni Marasela, Terroristas del Amor e Wura-Natasha Ogunji.
Abertura ao público: 23 de agosto de 2025. Sábado, às 13h
Visitação até 18 de janeiro de 2026. Terça a sexta, 10h às 21h. Sábados, domingos e feriados, 10h às 18h
AL GRÁTIS
Sesc Pompeia
______________________________
Exposição | Play – FITE – Bienal Têxtil de Clermont-Ferrand
Antes conhecida como Festival Internacional de Têxteis Extraordinários, a FITE celebra o inesperado e o extraordinário nas criações têxteis e sua cadeia produtiva. Criada em 2012, suas edições bienais acontecem sempre na cidade de Clermont-Ferrand, na França, em parceria com países que recebem sua itinerância: Metamorfoses, no Vietnã (2013); Renascimento, nas Filipinas (2015); Rebeldes, no México (2017); Desvios, na Romênia (2019); Amor, no Senegal (2021); e Imaginar!, na Lituânia (2023).
Intitulada Play, a edição atual, nas versões francesa e brasileira, foi cocurada pelo Sesc São Paulo, que apresenta, integradas ao conjunto exibido, exemplares de seu acervo que propõem a obra de arte como um campo lúdico, onde cada artista “joga” à sua maneira. Como espaço-tempo à parte da vida cotidiana, o jogo estimula a experimentação de novas formas de relação, gera prazer, promove a energia criativa e se apresenta como exercício de criatividade, raciocínio, estratégia, pensamento divergente e emancipação.
Curadoria: HS_Projets: Simon Njami, Christine Athenor, Thomas Leveugle, Nolwenn Pichodo; Musée D’art Roger-Quilliot: Christine Bouilloc, Musée Bargoin: Charlotte Croissant; Sesc São Paulo: Juliana Braga, Carolina Barmell, Fabiana Delboni.
Correalização/apoio/parceria: Cidade de Clemont-Ferrand, Musée Bargoin, Musée Roger Quilliot e Consulado Geral da França no Brasil.
Participantes: Alex Flemming, Alexandre Heberte, Anna Mariah Comodos, Awena Cozannet, Bas Kosters, Beryl Bell, Caroline Achaintre, Dilyara Kaipova (Kendala Projects), Donna Ferguson, Elen Braga, Felipe Barbosa, Gina Dinucci, Hannah Epstein, Hélio Oiticica & Ivan Cardoso, Joana Schneider, Leda Catunda, Mark Newport, Mestre Nato, Neal Beggs, Saïd Atabekov, Tales Frey, Thomas Jeppe.
Artistas em residência: Arnaud Cohen, Delphine Ciavaldini, Emilie Cauwet-Lafont, Magali Delorme, Nikita Kravstovnik, Roméo Mivekannin, Sabrina Calvo e Sandrine Gibert.
Abertura ao público: 24 de agosto de 2025. Domingo, às 13h
Visitação até 25 de janeiro de 2026
Terça a sábado, das 10h30 às 21h. Domingos e feriados, das 10h30 às 18h.
AL GRÁTIS
Sesc Pinheiros
______________________________
Circo | Les Voyages
Com Collectif XY
O Collectif XY abandona o palco tradicional para mergulhar na cidade como território de experimentação e encontro. Movido pelo desejo de gerar pequenas perturbações na realidade cotidiana, um grupo de acrobatas se infiltra silenciosamente em bairros, praças e construções, estabelecendo encontros efêmeros e poéticos com os passantes – intervenções fugazes, porém profundamente transformadoras.
Por meio do gesto mais ancestral – carregar, ser carregado – os artistas tocam uma memória afetiva comum, aproximando os corpos e restaurando vínculos humanos em tempos marcados pela pressa e pelo isolamento. Um espetáculo sem fronteiras fixas, no qual a arte da acrobacia se transforma em gesto de acolhimento, vulnerabilidade e confiança, Les Voyages é um convite a redescobrir o cotidiano com outros olhos.
Coletivo com cerca de 40 acrobatas, o XY completa 25 anos com mais de mil apresentações ao redor do mundo. Espetáculos como Laissez-poter (2005), Le Grande C (2009), Il n'est pas encore minuit (2014), Les Voyages (2018) e Le pas du monde enfatizam novas experiências acrobáticas dentro das diferentes criações.
As apresentações do espetáculo Les Voyages têm apoio do Ministério da Cultura da França e da Fundação BNP Paribas, e integram a programação da oitava edição do CIRCOS – Festival Internacional Sesc de Circo, que apresenta dezenas de espetáculos e ações formativas que celebram a diversidade cultural da arte circense como potência criativa de corpos e vozes.
Equipe artística: Julian Amiot, Thibault Bertias, Liz Braga, Liam Carmody, Camille De Truchis, Denis Doulon, Clémence Gilbert, Pedro Guerra, Pierre Le Goullaec, Otto Monedero, Marta Muñoz, Jordi Puigoriol, Guillaume Sendron, Pauline Talon, Antoine Thirion, Amaia Valle e Paula Wittib.
Fotografia: Samuel Buton.
Produção geral: Antoine Billaud.
Olhar externo: Olivier Comte.
Coprodução: Lieux Publics – Centre National de Création en Espace Public (Marselha), Le Phénix – Scène Nationale Pôle Européen de Création (Valenciennes) e Le Boulon – Centre National des Arts de la Rue et de l’Espace Public.
Residências artísticas: Assirk Assaghir – Escola de Circo de Naplouse (Palestina), EPPGHV – La Villette (Paris), La Faïencerie – Théâtre Creil Chambly
Lieux Publics (Marselha) e Institut Français de Jérusalem (Nablus).
Apoio: Région Hauts-de-France.
Dias 23 e 24 de agosto de 2025.
Sábado e domingo, às 15h. Duração: 60 minutos.
AL GRÁTIS
Parque da Independência
______________________________
PROGRAMAÇÃO
2º Semestre 2025
>> EXPOSIÇÃO
O Mundo através da IA
Introduzida em 1955, a expressão “inteligência artificial” (IA) designa sistemas capazes de executar tarefas como reconhecimento, previsão, análise e geração de dados, com aplicações amplas e crescentes. Desde o final dos anos 2000, a I.A. tem se integrado a diversas esferas da vida contemporânea – da cultura à política, da economia à ciência –, suscitando importantes debates éticos, epistemológicos e ambientais. No campo das artes visuais, sua presença transforma radicalmente os modos de criação, difusão e recepção de imagens.
O mundo através da IA apresenta obras realizadas entre 2016 e os dias atuais, muitas delas inéditas, que exploram como a percepção da realidade é mediada por novas lógicas e dispositivos. A mostra propõe uma distinção entre IA analítica (como reconhecimento facial) e IA generativa.
27 de novembro de 2025 a 26 de abril de 2026
Terça a sexta, das 9h30 às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. AL GRÁTIS
Sesc Campinas
______________________________
>> SUSTENTABILIDADE
Festival Agir pelo que Vive
Realizado anualmente na cidade de Arles, na França, e em países como Colômbia, Camarões e Japão, o festival internacional Agir pour le Vivant foi criado em 2020 com o objetivo de gerar encontros e promover a reflexão crítica sobre novas formas de construir uma sociedade em harmonia com todos os seres vivos, partindo de uma abordagem interdisciplinar.
Em sua primeira edição no Brasil, o evento reúne pensadores, cientistas, artistas e lideranças de diferentes áreas para vivências, intervenções artísticas, rodas de conversa e debates que partem de um pensamento ecológico comprometido com a justiça ambiental e social, com a dignidade de todos os corpos e seres vivos e com a resistência coletiva. Entre os temas abordados estão o direito à terra e à cidade, memória e saberes ancestrais como formas de leitura da crise ecológica, internacionalismo solidário, libertação de corpos e territórios, ecofeminismo e agricultura comunitária.
De 17 a 20 de setembro de 2025
Quarta, das 19h às 21h30. Quinta, das 14h às 21h. Sexta, das 11h às 20h30. Sábado, das 11h às 19h.
GRÁTIS
Recomendação etária e mais informações no Portal Sesc
Centro de Pesquisa e Formação e Sesc 14 Bis
______________________________
>> DIREITOS HUMANOS
Nós Somos / Nous Sommes
Fruto da colaboração entre os Festivais Pop Rua (Brasil) e C’est pas du luxe (França), o projeto Nós Somos tem por objetivo realizar um trabalho no campo da cultura com e para a população em situação de rua. A partir do intercâmbio de experiências, a artista francesa Marinette Dozeville e o artista brasileiro Morris, que atuam respectivamente com as linguagens da dança e da música, coordenam o desfile do bloco Nós Somos, a partir de oficinas com participantes da Unidade de Formação e Capacitação da População em Situação de Rua. Acreditando que a festa e a alegria são importantes ferramentas de transformação social, o projeto convida o público a se juntar ao bloco para celebrar os encontros e a convivência.
A ação festiva Nós Somos marca o encerramento do Festival Pop Rua 2025, realizado pelo Sesc São Paulo e pelo Museu da Língua Portuguesa. A partir de ações de sensibilização, formação e fruição, o projeto se propõe a garantir e ampliar o acesso da população em situação de rua aos equipamentos culturais e reposicionar o papel dessas instituições como espaços de convivência.
Marinette Dozeville é uma coreógrafa e dançarina francesa, formada em dança clássica e especializada em contemporânea, cujo trabalho explora feminismo, cultura popular e empoderamento, a partir da criação de obras com foco no corpo como ferramenta de questionamento e expressão política.
Morris é músico, produtor, cantor e compositor que divide sua carreira entre o som da cena e a canção autoral. Foi diretor musical do espetáculo AMAZONIAS – ver a mata que te vê (2022), realização do Sesc São Paulo.
Criação: Marinette Dozeville (FRA) e Morris (BRA), junto aos participantes de atividades da Unidade de Formação e Capacitação da População em Situação de Rua – Movimento Estadual da População em Situação de Rua.
Músicos convidados: Fumaça e Joss Dee.
Figurinos e adereços: Silvana Marcondes.
Produção: Mariana Novaes – Ventania Produções.
Dia 30 de agosto de 2025.
Sábado, às 17h. AL GRÁTIS
Em frente ao Museu da Língua Portuguesa.
______________________________
>> MÚSICA
Sélène Saint-Aimé
Contrabaixista, cantora e compositora francesa de origem caribenha e africana, Sélène Saint-Aimé é dona de uma identidade musical que se desenvolve por meio de viagens e encontros.
Formada em Nova York, ao lado de músicos de renome internacional como Steve Coleman, Lonnie Plaxico e Ron Carter, foi compositora e artista em residência no Tropiques Atrium Scène Nationale, na Martinica, de 2021 a 2024. Foi também uma das primeiras laureadas da Villa Albertine em Nova Orleans, em 2022, e uma das vencedoras de 2024 da Villa Ndar, em Saint-Louis, no Senegal.
Em 2020, lançou seu primeiro álbum, Mare Undarum. Aclamado pela crítica, o disco lhe rendeu uma Victoire du Jazz 2021 na categoria “Revelação”. Seu segundo álbum, Potomitan, lançado em março de 2022, obteve o 4º lugar na lista The 10 Best Global Albums do ano feita pelo jornal The Guardian.
Em 2024, Sélène participou da criação de Black Label, um espetáculo literário, musical e coreográfico baseado em grandes obras da poesia antirracista, com direção de David Bobée e Joeystarr.
A apresentação musical de Sélène Saint-Aimé integra a programação da edição 2025 do festival Sesc Jazz, que reúne atrações nacionais a estrangeiras em torno de uma compreensão expandida de jazz e suas ressonâncias na música contemporânea.
Sesc Jazz
Out/Nov de 2025
Informações em breve
______________________________
Baaba Maal
Compositor, violonista e ativista, Baaba Maal canta sobre as pressões tecnológicas, políticas e ambientais enfrentadas por todo o continente africano, mas também sobre sua cidade natal, Podor, localizada na borda do deserto do Saara. Sua música entrelaça questões pessoais e coletivas a grandes temas universais, criando uma experiência sonora envolvente que se faz ouvir em seu mais recente e aclamado álbum, Being (2023).
Nascido em 1953 no extremo norte do Senegal, Baaba Maal funde instrumentos e ritmos tradicionais da África Ocidental com uma abordagem eletrônica moderna e impactante. Com mais de quatro décadas de gravações e apresentações, colaborou com nomes como John Leckie, Brian Eno, Johan Hugo e Carlos Santana, e sua voz está presente em diversas trilhas sonoras de filmes, incluindo A última tentação de Cristo, de Martin Scorsese.
Fundador da ONG NANN-K, Baaba apoia comunidades locais por meio da agricultura regenerativa. Em 2023, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), utilizando seu papel de artista e comunicador para influenciar tomadores de decisão em relação aos impactos devastadores das mudanças climáticas.
A apresentação musical de Baaba Maal integra a programação da edição 2025 do festival Sesc Jazz, que reúne atrações nacionais a estrangeiras em torno de uma compreensão expandida de jazz e suas ressonâncias na música contemporânea.
Sesc Jazz
Out/Nov de 2025
Informações em breve
______________________________
Diáspora Lyannaj
Celebração da riqueza e da diversidade das expressões musicais, o projeto Diálogos Jazz: França-Brasil nasce da colaboração entre dois festivais emblemáticos: o Jazz à Vienne, na França, e o Sesc Jazz, no Brasil. Baseado em residências de intercâmbio, o programa oferece uma plataforma singular para que artistas desenvolvam criações originais, ampliem suas trajetórias internacionais e fortaleçam os vínculos entre os mercados musicais nos dois países.
Concebida no âmbito da Temporada França-Brasil, a edição 2025 dos Diálogos resultou na criação do grupo Diáspora Lyannaj, fruto de um encontro musical potente entre Brasil, França e Caribe. Com artistas de origens e trajetórias diversas, o quarteto articula um repertório original que une jazz, música brasileira, caribenha e afro-diaspórica, com espaço para improvisação, escuta e troca. Depois de se apresentar em julho, no Festival Jazz à Vienne, o grupo desembarca para a turnê no Brasil, com apresentações dentro do Sesc Jazz.
Integram a Diáspora Lyannaj a contrabaixista Vanessa Ferreira, dona de uma sólida carreira na música instrumental e no jazz, com turnês internacionais, além de colaborações com artistas como João Bosco e Fabiana Cozza; e o pianista Fábio Leandro, conhecido por seu trabalho como compositor, arranjador e instrumentista ao lado de nomes como Airto Moreira, Flora Purim, Aláfia e Xênia França.
Da França, o percussionista Boris Reine-Adélaïde, especialista no tambor Bèlè da Martinica, traz ao quarteto uma linguagem rítmica enraizada nas tradições afro-caribenhas, com trânsito entre o jazz, a música africana e o repertório popular. Completa a formação o saxofonista e compositor francês Samy Thiébault, conhecido por misturar influências africanas e caribenhas em sua música. Ele estudou música clássica no Conservatório de Bordeaux antes de ingressar nas aulas de jazz no Conservatório de Paris em 2004.
Enquanto Diáspora evoca os deslocamentos históricos, os encontros culturais e os legados africanos compartilhados, Lyannaj, palavra do idioma créole antilhano, significa aliança, elo, união, uma metáfora viva da proposta artística e coletiva do grupo.
A criação é resultado da colaboração entre o Sesc São Paulo, o Festival Jazz à Vienne, o Institut Français, o Serviço de Cooperação e Ação Cultural do Consulado da França em São Paulo e o Centre National de la Musique (CNM).
As apresentações musicais do grupo Diáspora Lyannaj integram a programação da edição 2025 do festival Sesc Jazz, que reúne atrações nacionais a estrangeiras em torno de uma compreensão expandida de jazz e suas ressonâncias na música contemporânea.
Sesc Jazz
Out/Nov de 2025
Informações em breve
______________________________
>> CIRCO
Yongoyely
Com Circus Baobab (Guiné)
M'Balia Camara (1929-1955) foi uma mártir cujo assassinato foi um dos catalisadores da revolta que levou à independência da Guiné. Com acrobacia e dança, Yongoyely opta por falar do presente e procurar a independência que as mulheres guineenses precisam hoje.
Diferentes pontos de vista e de vida são trazidos ao palco por seis mulheres e três homens. A cenografia despojada tem como elemento principal vários pequenos troncos de árvores de uma madeira particularmente usada para fazer arcos de caça tradicionais, finos o suficiente para parecerem muito frágeis, mas flexíveis e resistentes o suficiente para nunca quebrarem. Essas pequenas toras às vezes servem como um mastro, às vezes como uma barra russa e às vezes como uma corda para um equilibrista.
Outros elementos presentes são o chicote, aparelho circense tradicional, mas também presente nas aldeias da Guiné para afastar os pássaros dos campos, e o bambolê, que representa perfeitamente as brincadeiras e a infância. Finalmente, blocos de concreto são usados para uma construção equilibrada, ecoando a concretagem louca que está afetando a Guiné e toda a África.
Trupe de malabaristas, dançarinos, músicos e acrobatas guineenses formado em 1998, o Circus Baobab destila nas modernas artes circenses a tradição africana. Além de suas criações e turnês, a companhia trabalha por um circo social, solidário e cívico e oferece programas de apoio a jovens na Guiné e em outros lugares.
As apresentações do espetáculo Yongoyely integram a programação da oitava edição do Circos – Festival Internacional Sesc de Circo, que apresenta dezenas de espetáculos e ações formativas que celebram a diversidade cultural da arte circense como potência criativa de corpos e vozes.
Concepção: Circus Baobab.
Produção delegada: R'en Cirque.
Coprodução: Centre Culturel Franco-Guinéen, Archaos – Pôle National Cirque Marseille, La Verrerie d’Alès – Pôle National Cirque Occitanie e Théâtre de Rungis. Apoio: FODAC (Fonds de Développement des Arts et de la Culture en Guinée), Ministère de la Culture, du Tourisme et de l’Artisanat de Guinée, Institut Français e AFD (Agence Française du Développement).
Elenco: Kadiatou Camara, Mamadama Camara, Yarie Camara, Mariama Ciré Soumah, M’Mah Soumah, M’Mah Sylla, Djibril Coumbassa, Amara Tambassa e Mohamed Touré.
Direção artística: Kerfalla Camara.
Direção cênica e cenografia: Yann Ecauvre.
Produtor delegado: Richard Djoudi.
Preparação circense: Julie Delaire & Mehdi Azéma.
Criação musical e sonora: Yann Ecauvre & Mehdi Azéma.
Coreografia coletiva: Yann Ecauvre, Mehdi Azéma, Julie Delaire, Mouna Nemri & os artistas.
Criação de luz: Jean-Marie Prouvèze.
Figurinos: Solenne Capmas.
Residências artísticas: Le Pôle – Scène Conventionnée, La Scala Provence, La Scala Paris, Centre Culturel Franco-Guinéen, La Verrerie d’Alès – Pôle National Cirque Occitanie e Théâtre de Rungis.
Dias 13 e 14 de agosto de 2025
Quarta e quinta, às 20h. Duração: 75 minutos
AL
Ingressos: R$15 | R$25 | R$50
Sesc Vila Mariana
______________________________
>> TEATRO
você está aqui
Com ktha compagnie
Espetáculo apresentado em duas línguas diferentes: a do país onde está e uma outra. A poesia e a relação se dão através do entrelaçamento das línguas. Como todos os espetáculos da companhia, você está aqui é dito olhando nos olhos. As atrizes falam com o espectador, diretamente, sem rodeios, sem artifícios. “Existir no mesmo lugar, no mesmo momento. E então buscar o que é importante para cada uma de nós, cada um de nós…”
A ktha é uma companhia de teatro sediada em Paris, na França, que desenvolve espetáculos enraizados no espaço urbano. Suas obras acontecem nos mais diversos cenários: dentro de contêineres, na traseira de um caminhão em movimento, sobre telhados, em estacionamentos, subsolos, corredores de metrô... Seu trabalho é baseado no texto, com novos dispositivos cênicos criados a cada obra, sempre adaptados ao contexto da cidade. Em todas as suas criações, o encontro com o público é direto e autêntico.
Concepção: ktha compagnie - Elvire Beugnot / Cécile Bock / Marie Gosnet / Katherine King / Yann Le Bras / Laetitia Lafforgue / Yukino Narasaki / Lear Packer / Nicolas Vercken
Equipe no Brasil: Caru dos Santos, Flora Brunel, Laetitia Lafforgue, Lear Packer, Nicolas Vercken
Produção no Brasil: Meia Nove Produções Culturais
Direção de Produção: Giovana Soar
Produtoras assistentes: Jackie Obrigon e Marô Zamaro
Dias 22, 24, 26, 27 e 28 de agosto de 2025. Sexta (Casa do Povo/Sesc Bom Retiro). Domingo (Sesc Campo Limpo). Terça (Sesc Vila Mariana). Quarta (Sesc Belenzinho). Quinta (Sesc Santana). Consulte horários no Portal Sesc.
Duração: 45 minutos.
AL GRÁTIS
Casa do Povo / Sesc Bom Retiro
Sesc Belezinho
Sesc Campo Limpo
Sesc Santana
Sesc Vila Mariana
______________________________
A GENTE QUER
Com ktha compagnie
Criado no contexto da pandemia, A GENTE QUER nasceu para adaptar-se a diferentes contextos, com versões que se ajustavam às mais variadas regulamentações e restrições daquele momento. Uma vez terminado o confinamento, no entanto, a companhia decidiu continuar o processo a fim de manter o exercício de reinventar o espetáculo continuamente. Partindo sempre do mesmo texto – uma lista de reivindicações entre o pessoal, o anedótico, o pensamento político e a busca pelo universal – A GENTE QUER é recriado a cada ocasião. Em comum a todas as montagens está o desejo de criar um senso de coletividade e a necessidade de gritar, de unir pela raiva, tanto quanto um desejo de gentileza, de se dar as mãos e de se abraçar.
A ktha é uma companhia de teatro sediada em Paris, na França, que desenvolve espetáculos enraizados no espaço urbano. Suas obras acontecem nos mais diversos cenários: dentro de contêineres, na traseira de um caminhão em movimento, sobre telhados, em estacionamentos, subsolos, corredores de metrô... Seu trabalho é baseado no texto, com novos dispositivos cênicos criados a cada espetáculo, sempre adaptados ao contexto da cidade. Em todas as suas criações, o encontro com o público é direto e autêntico.
Concepção: ktha compagnie - David Aubé / Elvire Beugnot / Cécile Bock / Flora Brunel / Marie-Julie Chalu / Mahamadou Cissoko / Anastasia Daniele / Suzanne Gellée / Marie Gosnet / Anissa Kaki / Solenne Keravis / Laetitia Lafforgue / Yann Le Bras / Emma Le Breton / Guillaume Lucas / Lear Packer / Youna Sevestre / Abdoulaye Seydi / Nicolas Vercken / Romain Verstraeten-Rieux.
Elenco brasileiro: baco pereira, Gustavo Nolla, Laura Aragão, Lucy Portela, Malu Dimas, Triz Cristina e Vittor Oliver.
Produção no Brasil: Meia Nove Produções Culturais
Direção de Produção: Giovana Soar
Produtoras assistentes: Jackie Obrigon e Marô Zamaro
Dias 23, 24, 26, 27 e 28 de agosto de 2025. Sábado (Casa do Povo/Sesc Bom Retiro). Domingo (Sesc Campo Limpo). Terça (Sesc Vila Mariana). Quarta (Sesc Belenzinho). Quinta (Sesc Santana). Consulte horários no Portal Sesc.
Duração: 45 minutos.
AL GRÁTIS
Casa do Povo / Sesc Bom Retiro
Sesc Belenzinho
Sesc Campo Limpo
Sesc Santana
Sesc Vila Mariana
______________________________
Trilogia Terrestre
Com Compagnie Zone Critique
Concebido como uma reflexão sobre nossas representações do mundo biótico e abiótico, a Trilogia Terrestre teve início em 2016 com a conferência-performance INSIDE, seguida por Moving Earths (2019) e VIRAL (2020). As três conferências-performances são o resultado de um processo singular de criação e pesquisa de longo prazo desenvolvido no Théâtre Nanterre-Amandiers, onde o filósofo Bruno Latour (1947-2022) e a encenadora Frédérique Aït-Touati fazem do palco um lugar de experimentos cênicos e filosóficos.
Enquanto Inside explora alternativas visuais à imagem obsessiva e enganosa do “globo”; Moving Earths mergulha na experiência de uma Terra em movimento. Viral, por fim, é uma exploração da contaminação como processo essencial para a constituição do nosso mundo e uma reflexão sobre as consequências políticas de uma redefinição ampliada do que é o vivente.
Criada em 2004, na Inglaterra, por Frédérique Aït-Touati, a companhia Zone Critique explora diferentes modos de escrita teatral e investiga as imagens e narrativas científicas e ecológicas. Por meio de colaborações com cientistas, músicos, designers, arquitetos, filósofos e videomakers, a companhia faz do teatro um espaço de experimentação e confronto com nossas representações do mundo e do vivente.
Concepção original: Bruno Latour & Frédérique Aït-Touati.
Direção e cenografia: Frédérique Aït-Touati.
Imagens e animações: Alexandra Arènes, Axelle Grégoire e Sonia Lévy.
Vídeo, luz e cenografia: Patrick Laffont de Lojo.
Música: Éric Broitmann, com a colaboração do IRCAM.
Criação de luz: Rémi Godfroy.
Imagens e animações (INSIDE, Moving Earths): Alexandra Arènes, Axelle Grégoire, Sonia Lévy e Patrick Laffont de Lojo.
Com: Duncan Evennou.
Produção: Companhia Zone Critique.
Produção no Brasil: Dora Leão | PLATÔproduções
Dias 28, 29 e 30 de novembro de 2025
Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 18h
Ingressos: R$21 | R$35 | R$70.
AL
Sesc Consolação
______________________________
O Baile da Terra
Com Compagnie Zone Critique
“Ballare”, em italiano, significa dançar, mas também balançar, oscilar, tremer, estremecer, escorregar, girar, rolar, naufragar. O baile da Terra é a Terra que perde o rumo e sai de sua órbita. É a Terra que se comove tanto quanto se move. Se hoje a Terra vacila sob nossos pés, que dança e que música podemos inventar com os seres que a habitam?
Conhecida por ocupar espaços fora dos palcos tradicionais, a encenadora francesa Frédérique Aït-Touati reúne público e intérpretes em um salão de baile nada convencional, em um cruzamento entre dança, teatro e criação musical. Ali, o ato de dançar junto se converte num ritual capaz de evocar as forças da natureza, os ciclos geológicos, os abalos naturais, as catástrofes e os tumultos do mundo.
Ao retomar a tradição dos grandes bailes populares, O baile da Terra convoca uma comunidade terráquea que oscila entre emoções contraditórias: a alegria dos corpos em movimento e o terror de um chão que se desfaz sob os pés, o êxtase da dança e a vertigem de sentir a Terra se erguer.
Criada em 2004, na Inglaterra, por Frédérique Aït-Touati, a companhia Zone Critique explora diferentes modos de escrita teatral e investiga as imagens e narrativas científicas e ecológicas. Por meio de colaborações com cientistas, músicos, designers, arquitetos, filósofos e videomakers, a companhia faz do teatro um espaço de experimentação e confronto com nossas representações do mundo e do vivente.
Concepção e direção: Frédérique Aït-Touati.
Assistente de direção: Esther Denis.
Criação musical: Alvise Sinivia, com assistência de Simon Garrette.
Coreografia: Madeleine Fournier.
Dramaturgia: Camille Louis.
Técnica de som: Simon Garrette.
Direção técnica geral: Corto Tremorin.
Com: Duncan Evennou, Madeleine Fournier, Olivier Normand e Alvise Sinivia.
Produção: Companhia Zone Critique.
Coprodução: Bienal de Veneza (a convite de Jos Auzende e Anna Tardivel), Institut Français, Chaillot – Théâtre national de la Danse, Cátedra Beauté.s e Centro Dramático Nacional de Tours.
Residências: Bienal de Veneza 2023, Fundação Camargo, Chaillot – Théâtre National de la Danse, Cromot e Centro Dramático Nacional de Tours.
Produção no Brasil: Dora Leão | PLATÔproduções
Dias 5, 6 e 7 de dezembro de 2025
Sexta e sábado, às 20h. Domingo, às 18h
Ingressos: R$21 | R$35 | R$70. AL
Sesc Consolação
______________________________
>> DANÇA
Ao Meu Único Desejo
Com association Os
Tecidas por volta do ano de 1500, as seis tapeçarias conhecidas como A dama e o unicórnio fazem uma alegoria dos cinco sentidos, mas adicionam a eles um sexto, representado de forma misteriosa no último painel sob a inscrição Ao meu único desejo. No espetáculo, que leva o mesmo nome, a artista da dança francesa Gaëlle Bourges dá continuidade à sua investigação crítica sobre aspectos presentes na história da arte e reacende as ambivalências da época, evocando diferentes perspectivas da psique coletiva enraizada na cultura ocidental.
O conjunto medieval, que ainda hoje inspira diversas teorias e interpretações, apresenta, em meio a flores e animais, uma mulher e um unicórnio – criatura mitológica selvagem que carrega a fama de apenas se portar pacificamente ao lado de jovens castas. Em cena, quatro performers nuas recriam a obra, evocando questões em torno da representação da virgindade feminina – ou da falta dela – numa narrativa que oscila entre elementos descritivos e descolamentos alucinatórios que esgarçam os paralelos entre a sexualidade, a animalidade e o corpo feminino.
Ao tentar desvelar a pergunta incitada pelo título – “O que realmente desejamos?” – o espetáculo busca, na abundância de coelhos presentes na tapeçaria, um caminho possível, capaz de desatar um tremor coletivo.
Gaëlle Bourges, artista francesa, é idealizadora da companhia association Os. Seu trabalho geralmente parte de referências da história da arte e reflete, de forma crítica, sobre a história da representação. Tem formação em dança pela universidade Paris 8 e em educação somática por meio do movimento pela escola de Body-Mind Centering.
As apresentações do espetáculo Ao meu único desejo integram a programação da edição 2025 da Bienal Sesc de Dança, que celebra a pluralidade de corpos e poéticas contemporâneas da dança em performances, instalações e ações formativas.
Concepção e narração: Gaëlle Bourges.
Coreografia: Carla Bottiglieri, Gaëlle Bourges, Agnès Butet e Alice Roland.
Com: Gaëlle Bourges, Agnès Butet, Marianne Chargois e Alice Roland. Com a participação de voluntários para o bestiário final
Luz: Abigail Fowler e Ludovic Rivière.
Música: Stéphane Monteiro a.k.a XtroniK e Erwan Keravec.
Direção de som e direção técnica geral: Stéphane Monteiro.
Técnica de luz: Maureen Sizun Vom Dorp.
Administração: Marie Collombelle.
Coordenação de produção no Brasil: Júlia Gomes.
Intérprete no Brasil: Sylvie Laila.
Coordenação técnica no Brasil: Luana Gouveia.
Cenotécnicos no Brasil: Wanderley Wagner e Fernando Zimolo.
Produção: association Os.
Coprodução: Ballet du Nord – Centre chorégraphique national de Roubaix/direção Olivier Dubois, CCNT – Centre Chorégraphique National de Tours/direção Thomas Lebrun, Festival Rayons Frais/Tours, Ménagerie de verre/Paris Com o apoio de DRAC Île-de-France/Ministère de la Culture, l’ADAMI - société des artistes-interprètes, Vivat - scène conventionnée art et création dans le cadre de sa politique de résidences (Armentières), Ménagerie de verre dans le cadre de Studiolab, La Briqueterie - CDCN du Val de Marne pelo empréstimo de estúdio e La Halle aux Cuirs/La Villette por uma residência de criação.
Dias 26 e 27 de setembro de 2025. Sexta e sábado, às 19h.
Ingressos R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A16
Duração: 45 minutos
Sesc Campinas
Dias 4 e 5 de outubro. Sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Ingressos R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A16
Duração: 45 minutos
Sesc Belenzinho
______________________________
Cela
Com Nach Van Van Dance Company
Os movimentos intensos e expressivos do Krump (sigla de Kingdom Radically Uplifted Mighty Praise) acompanham a francesa Nach desde o início da sua carreira. Estilo de dança nascido no início dos anos 2000, em resposta à repressão policial e a conflitos raciais em bairros periféricos de Los Angeles, essa vertente do hip-hop entrou na vida da artista ao acaso, nas ruas de Lyon. Desde então, permeia seu trabalho, alinhado a uma variedade de linguagens cênicas.
Neste que é seu primeiro solo, Nach apresenta um testemunho pessoal e livre em torno do Krump, entrelaçado por outros universos e poéticas. Seus movimentos nascem da base do estilo, com suas típicas paradas bruscas e solavancos, mas não se restringem a ele. Abrem-se a outras expressividades, desvelando um caleidoscópio de imagens e sensações, da delicadeza à violência. Faz isso em meio a um jogo de claro e escuro, com o revelar e apagar das luzes e das projeções sobre as paredes.
Percorrendo esse vocabulário próprio, a artista desvencilha-se de amarras de linguagem e de conceitos. Mostra-se frágil e inteira. Todo gesto vem de seu âmago, seu corpo é movido ao som da própria respiração. Nessa sua cela orgânica, Nach cria um manifesto de possibilidades, um gesto contra o confinamento.
Nach (nome artístico da francesa Anne-Marie Van) é artista da dança vinda do Krump. Questiona sua identidade como bailarina e mulher, contornando classificações, e redefine sua linguagem ao se confrontar com experiências estéticas – butô, nô, marionetes ou dança clássica – e indagações íntimas e políticas.
As apresentações do espetáculo Cela integram a programação da edição 2025 da Bienal Sesc de Dança, que celebra a pluralidade de corpos e poéticas contemporâneas da dança em performances, instalações e ações formativas.
Coreografia, dança, texto e imagens: Nach.
Cenário e luz: Emmanuel Tussore.
Som: Vincent Hoppe.
Direção de produção: Chloé Schmidt.
Agradecimento: Marcel Bozonnet.
Produção: Nach Van Van Dance Company.
Coprodução: Espace 1789, Scène conventionnée danse de Saint-Ouen, Maison Daniel Féry – Nanterre, CDCN Atelier de Paris e Théâtre de Fresnes. Com o apoio de La Maison des Métallos – Paris, La Scène nationale de Saint-Nazaire, le CN D – Pantin, le CCN de Roubaix e le CCN de La Rochelle / Cie Accrorap – Direction Kader Attou.
Dias 26 e 27 de setembro de 2025. Sexta e sábado, às 19:30
Ingressos - R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A12
Duração: 45 minutos
Sesc Campinas
Dia 30 de setembro. Terça, às 19h.
Ingressos - R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A12
Duração: 45 minutos
Sesc 14 Bis
______________________________
Mascarades
Coreografia e direção: Betty Tchomanga. Com Ndoho Ange
Adorada em várias regiões da África, Mami Wata é uma deusa das águas, figura dos confins da noite, do poder e da sexualidade. Sereia naufragada, ela encara aqueles que vieram vê-la. E essa sereia salta. Um salto ordinário, vertical. Um único movimento que sacode seu corpo de cima a baixo, de forma persistente. Deste movimento repetitivo emerge uma transformação infinita de seu corpo.
Dançar, em latim, diz-se saltare, de saltus, o salto. Criar uma dança de saltos como a remanência de um gesto antigo – talvez universal? – um movimento vindo das profundezas do ser humano. Saltar como metáfora de um desejo, de uma busca pelo prazer. Saltar para exultar. Saltar para expulsar. Saltar para suportar. Saltar para resistir. Saltar para alcançar. Saltar para tornar-se. Saltar para morrer. Saltar para existir. Em Mascarades, o salto é uma metáfora do desejo, da busca pelo prazer. Um desejo do outro, um desejo de um outro, daquilo que não se tem, daquilo que não se é.
A partir do solo Mascarades, Betty Tchomanga desenvolve uma pesquisa sobre o culto vodu e narrativas entre África e Ocidente, atravessadas pela história colonial. Betty Tchomanga é coreógrafa associada ao Théâtre de la Bastille, em Paris, e ao Danse à tous les étages, na Bretanha. Suas obras abordam a noção de transgressão, no sentido de ultrapassar ou atravessar limites, sejam eles físicos ou estéticos, e processos de transformação do corpo por meio do engajamento intenso do sopro, da voz e da presença.
As apresentações do espetáculo Mascarades integram a programação da edição 2025 da Bienal Sesc de Dança, que celebra a pluralidade de corpos e poéticas contemporâneas da dança em performances, instalações e ações formativas.
Concepção: Betty Tchomanga.
Interpretação: Ndoho Ange.
Criação e operação de luz: Eduardo Abdala.
Criação e operação de som: Stéphane Monteiro.
Olhar externo: Emma Tricard e Dalila Khatir.
Consultoria vocal: Dalila Khatir.
Agradecimentos: Marlene Monteiro Freitas, Gaël Sesboüé e Vincent Blouch.
Produção: GANG. Com o apoio do: Fundo de dotação do Quartz, scène nationale de Brest. Parceiros: CDCN Le Pacifique – Grenoble, L’Atelier de Paris / CDCN, La Gare – Fabrique des arts en mouvement – Le Relecq-Kerhuon, Festival La Bécquée – Un soir à l’ouest, Le Cabaret Vauban, Les Quinconces e L’Espal, Scène nationale du Mans. Patrocínio: SARL SICC Saint-André-de-Cubzac
Dias 28 e 29 de setembro de 2025. Domingo, às 18h. Segunda, às 15h.
Ingressos - R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A12
Duração: 45 minutos
Sesc Campinas
Dias 2 e 4 de outubro. Quinta, às 21h. Sábado, às 17h.
Ingressos - R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A12
Duração: 45 minutos
Sesc Belenzinho
______________________________
Autofagias (Histórias de bananas, arroz, tomates, amendoins, e depois frutas, açúcar, chocolate)
De Eva Doumbia
Entre performance, culinária e rituais de memória, o espetáculo multissensorial propõe uma experiência na qual se entrelaçam alimentos, histórias, corpos e sons. Nascido em 2015 durante o Festival Plumes d’Afrique, o projeto evoluiu ao longo dos anos para se tornar uma cerimônia artística e política, em que comer é também um ato de evocação e de resistência.
Ao redor de ingredientes carregados de história – banana, chocolate, arroz, tomate – o palco se transforma: de cozinha comum a espaço sagrado. Textos de Eva Doumbia e Armand Gauz conduzem o público por narrativas de colonização, migração e ancestralidade, enquanto os sentidos são despertados por música ao vivo, imagens, danças e sabores.
Em cena, o público é convidado não só a assistir, mas a partilhar um momento coletivo. Comer juntos se torna gesto simbólico e político, em homenagem às vidas sacrificadas para sustentar os sistemas alimentares globais.
O trabalho de Eva Doumbia, criada em um ambiente com operários sindicalizados, imigrantes, estudantes africanos e professores comunistas, transita entre a música, a literatura, a dança, as ciências sociais, a culinária e o cuidado com os cabelos. Além da formação em direção teatral e da incursão pela literatura a partir de seu primeiro romance, Anges fêlées (Anjos Rachados), Eva também propõe eventos pluridisciplinares e “afropeios”: Africa Paris no Carreau du Temple (2015), Massilia Afropea (2016 e 2018) e Afropea Nomade, no âmbito da Temporada Africa2020 (2021).
As apresentações do espetáculo Autofagias (Histórias de bananas, arroz, tomates, amendoins, e depois frutas, açúcar, chocolate) integram a programação da edição 2025 da Bienal Sesc de Dança, que celebra a pluralidade de corpos e poéticas da dança contemporânea em performances, instalações e ações formativas.
Direção: Eva Doumbia.
Textos: Armand Gauz e Eva Doumbia.
Assistência de direção e dramaturgia: Karima El Kharraze.
Música original e canções: Lionel Elian.
Culinária: Alexandre Bella Ola (Le Bistrot Afropéen).
Interpretação: Alexandre Bella Ola, Bamoussa Diomandé, Eva Doumbia, Olga Mouak e Angelica-Kiyomi Tisseyre, com a participação de Fargass Assandé e Mariella Santiago
Colaboração artística: Fabien Aïssa Busetta.
Imagens: Charles Ouitin e Lionel Elian.
Produção: La Part du Pauvre / Nana Triban.
Coprodução: Théâtre du Nord – Centro Dramático Nacional Lille-Tourcoing-Hauts-de-
Produção no Brasil: Dandara Produções
De 26 a 28 de setembro de 2025. Sexta a domingo, 20h
Ingressos - R$ 40 / R$ 20 / R$ 12
A12
Duração: 95 minutos
Sesc Campinas
______________________________
O Rito do Açúcar
Com Lēnablou
Nascida em Guadalupe, no Caribe francês, a artista Lēnablou é legatária de uma cultura marcada pelo processo de colonização, que tem no cultivo
0 Comentários