Em comemoração aos seus 35 anos, Orquestra Experimental de Repertório realiza concerto especial de aniversário


O grupo, fundado em 1990 por iniciativa do maestro Jamil Maluf, celebra na Sala de Espetáculos, com repertório baseado em seus pilares experimentais e ousados, com composições de Nelson Ayres e Gustav Mahler.
 

Orquestra Experimental de Repertório. Foto: Rafael Salvador.

 

Em comemoração de seu 35º aniversário, dia 15, domingo, às 11h, a Orquestra Experimental de Repertório apresenta um concerto especial na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo. Com regência de Wagner Polistchuk, o repertório terá abertura Experimental, de Nelson Ayres, e Sinfonia nº 5, de Gustav Mahler. Os ingressos custam de R$35, a classificação é livre e a duração de 70 minutos, sem intervalo.
 

Fundada em 1990, a partir de uma proposta apresentada pelo maestro Jamil Maluf, a Orquestra Experimental de Repertório (OER) foi inspirada pelo projeto da Chicago Civic Orchestra adaptado às realidades brasileiras. Com foco na última etapa da profissionalização dos instrumentistas, o propósito é que, com essa vivência, os integrantes sigam para grandes orquestras e abra portas para experiências internacionais.

 

Foto: Rafael Salvador.

 

Em três décadas muitas coisas mudaram, segundo o coordenador artístico, Pedro Pernambuco, não apenas na jovem orquestra, como no mundo, e as adaptações foram necessárias para acolher e se adaptar às realidades dos músicos. “O mundo mudou, e na OER não é diferente, ela teve que se adaptar aos novos tempos: mudar dia e horário de ensaios para atender melhor aos bolsistas que fazem faculdade. As oportunidades hoje são maiores do que há 35 anos, hoje está mais fácil se comunicar com outras instituições, prestar provas para estudar em outros países e buscar outras orquestras.”

 

“Os objetivos da OER se mantêm, como a formação de profissionais, a difusão da música sinfônica através de um repertório variado e a formação de público para música de concerto. Sem dúvida a vida de cada músico que passou pela orquestra mudou, muitos seguiram seu caminho em grandes orquestras no Brasil e fora dele e em conservatórios renomados.” acrescenta Pernambuco.
 

Em seus anos de trajetória, diversos nomes já estiveram à frente da orquestra, como Carlos Eduardo Moreno, em 2014, Jamil Maluf em 2017, e Guilherme Rocha em 2023, como maestro e diretor musical. Os principais objetivos da OER são a formação de profissionais e a difusão de um repertório abrangente, diversificado e capaz de mostrar o extenso alcance da arte sinfônica, além de estimular a formação de novas plateias. A Orquestra Experimental é reconhecida por diversos prêmios, entre eles, o Prêmio Carlos Gomes, na categoria Destaque de Música Erudita.

 

Três décadas de história em concerto

Atualmente a OER está sob regência de Wagner Polistchuk. O trombonista iniciou seus estudos musicais na Banda Municipal Infanto-Juvenil de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, sob orientação de Romilson Curvelo. Para celebrar essa ocasião especial, o maestro Wagner Polistchuk, que é titular desde abril de 2024, explica como ocorreu a seleção de repertório: “Para este concerto de 35 anos decidimos consultar os próprios músicos da orquestra para definirmos um programa. A pergunta foi: Qual sinfonia de Mahler os músicos gostariam de tocar? E a dramática e ousada 5ª Sinfonia de Mahler foi massivamente escolhida.”

 

E baseado em um dos pilares da orquestra de valorizar composições nacionais e sua raiz experimental, o programa trará também uma obra de Nelson Ayres, produtor musical, arranjador e instrumentista brasileiro. O maestro da jovem orquestra reforça a importância de “ensinar que o repertório vai além do clássico europeu e apresentar músicas contemporâneas de diversas origens e nacionalidades. Então para este programa não poderíamos deixar faltar alguma obra brasileira, que tivesse uma relação ainda mais direta com a OER, e a abertura Experimental do paulista Nelson Ayres.”
 

O regente reforça a importância da Experimental na formação de novos talentos “São centenas de instrumentistas espalhados pelo Brasil que passaram pelas estantes da Orquestra Experimental de Repertório. E todos eles, com certeza, incorporaram ensinamentos que definiram suas carreiras”, finaliza Polistchuk.
 

SERVIÇO

15 JUN, domingo, 11h

Sala de Espetáculos - Theatro Municipal de São Paulo

 

ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO

 

Programa

NELSON AYRES

Abertura “Experimental” (7’35)

 

GUSTAV MAHLER

Sinfonia nº 5 (68’)*

 

*Editor original Edition Peters, Leipzig.

Representante exclusivo Barry Editorial

 

Ingressos R$35,00 (inteira)

Classificação livre para todos os públicos – Sem conteúdos potencialmente prejudiciais para qualquer faixa etária.

Duração aproximadamente 70 minutos (sem intervalo)

 

Mais informações disponíveis no site.
 


 

SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.

O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras).

Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado. Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.

Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.

Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
 

Quem apoia institucionalmente nossos projetos, via Lei de Incentivo à Cultura: Nubank, Bradesco, IGC Partners, Lefosse, Banco Daycoval e Grupo Splice. Pessoas físicas também fortalecem nossas atividades através de doações incentivadas.
 

SOBRE A SUSTENIDOS

A Sustenidos é uma organização referência na concepção, implantação e gestão de políticas públicas na área cultural que já impactou a vida de mais de 2 milhões de pessoas em 25 anos de atuação. Atualmente, é gestora do Complexo Theatro Municipal de São Paulo, do Conservatório de Tatuí e do Musicou, além do projeto especial MOVE e o festival Big Bang. De 2004 a 2021, também foi gestora do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro. Eleita pelo prêmio Melhores ONGs a Melhor ONG de Cultura em 2018 e uma das 100 Melhores ONGs do Brasil em 2022, a Sustenidos conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, da Prefeitura Municipal de São Paulo e outras, de empresas e pessoas físicas. As instituições interessadas em investir na Sustenidos podem contribuir por verba livre ou através das Leis de Incentivo à Cultura (Federal e Estadual). Pessoas físicas também podem ajudar de diferentes maneiras. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.

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