Com trabalhos de Andrey Rossi, Marlene Stamm e Júlio Vieira, a galeria brasileira propõe uma pausa contemplativa em meio à lógica acelerada da vida contemporânea.
Detalhe de “Metastudio número II”, óleo sobre linho, 100 x 150 cm, de Júlio Vieira.
[imagem: Renato Batata]
A OMA Galeria, com sede em São Paulo, estreia neste mês na EXPO Chicago, nos Estados Unidos. O evento é organizado pela Frieze, uma das principais plataformas globais de artes visuais e reúne galerias de todo o mundo no Navy Pier entre 24 e 27 de abril. Em sua apresentação, a OMA convida o público a desacelerar e abraçar o devaneio com obras dos artistas Andrey Rossi, Marlene Stamm e Júlio Vieira. O estande da galeria faz um contraponto à lógica acelerada da vida contemporânea, propondo uma escuta mais atenta ao tempo, aos espaços e aos gestos ordinários.
Andrey Rossi apresenta pinturas a óleo minuciosas que capturam o tempo e sua passagem através da ruína, revelando ambientes em aparente abandono que, no entanto, são atravessados por sinais sutis de vida: plantas que crescem entre entulhos, objetos esquecidos e atmosferas suspensas. Sua obra sugere uma narrativa silenciosa entre presença e ausência, como se cada detalhe fosse um eco do que já passou e do que ainda permanece. O artista já expôs nos Estados Unidos anteriormente, na Slag Gallery (Nova Iorque, 2021), e integra coleções institucionais de espaços como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), o Museu de Arte do Rio (MAR-RJ), o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS) e o Kunstmuseum Wittingen, na Alemanha.
“Entre a porta”, óleo sobre tela, 18 x 25 cm, de Andrey Rossi.
[imagem: Filipe Berndt]
Marlene Stamm investiga a impermanência e a ausência em obras que partem de objetos simples, como fósforos queimados, envelopes e as ligações elétricas improvisadas conhecidas como "gatos", tão comuns no Brasil. Em “5 Horas de Luz”, instalação em destaque no estande da OMA, a artista apresenta mais de 530 aquarelas de fósforos queimados, cada uma resultado de um ritual disciplinado: riscar o fósforo, cronometrar sua chama, pintar o que resta. Embora a queima total dos fósforos dure seis horas, o processo de criação se estende por semanas, transformando instantes efêmeros em registros duradouros. Stamm já participou de exposições em instituições como o CCBB Brasília (DF), SESC Teresópolis (RJ), Centro Cultural Correios (RJ) e Museu da República (RJ), e possui obras no acervo do Centro Cultural São Paulo (SP).
Júlio Vieira, por sua vez, reinventa a paisagem urbana por meio da sobreposição de elementos arquitetônicos como portões de ferro, ladrilhos e vegetação, criando composições que confundem os limites entre espaço e memória. Ao deslocar as perspectivas e embaralhar os planos, o artista questiona as noções tradicionais da pintura de paisagem e propõe novas formas de enxergar o cotidiano. Vieira já expôs trabalhos em instituições como o Museu Afro Brasil e Museu de Arte do Espírito Santo, e está presente nas coleções do Museu de Arte do Espírito Santo (ES), FAMA Museu (SP) e Museu Nacional de Belas Artes (RJ).
“5 horas de luz”, composta por 483 aquarelas de 16 x 14 cm, de Marlene Stamm.
[imagem: Filipe Berndt]
A OMA marca presença na EXPO Chicago no estande #429, reforçando seu compromisso em levar a produção contemporânea brasileira para novos públicos e contextos globais. Esta é a segunda participação em feiras internacionais da galeria, que esteve em março na SPARK Art Fair Vienna, na Áustria.
Serviço:
EXPO Chicago
Data: 24 a 27 de abril
Location: Navy Pier’s Festival Hall, Chicago, Estados Unidos
Estande: #429
Para mais informações, visite: EXPO Chicago Website
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Júlio Vieira
Marlene Stamm
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