Em contínuo crescimento mundial, numa expansão gerada pelas crescentes demandas contemporâneas e pela conectividade de um mundo globalizado. o turismo é uma atividade sustentável, integrada por uma extensa rede de instituições privadas e públicas, com elevado valor socioeconômico pelo estímulo de bens e serviços e, por isto, um gerador diferenciado de trabalho e renda, de lucratividade e de receitas tributárias.
O Brasil, por sua diversidade de destinos e atrativos, é
potencialmente capaz de gerar resultados consistentes em curto e médio prazo,
investindo mais na infraestrutura de serviços, de acessos e de mobilidade,
propiciando uma invejável geração de benefícios em sua extensa distribuição
territorial.
A chegada de turistas internacionais ao Brasil cresceu
10,7%, de janeiro a agosto, na comparação com o mesmo período de 2023,
reforçando a tendência de aumento da presença desses visitantes no país. É o
que revelam dados do Ministério do Turismo formulados em parceria com a
Embratur e Polícia Federal, divulgados em 20 de setembro, indicando o
desembarque de 4,452 milhões de viajantes estrangeiros nos destinos nacionais.
Conforme os números, foram 431,7mil turistas a mais que o verificados nos
primeiros oito meses de 2023. O resultado também representa uma alta de 1% em
relação à quantidade registrada de janeiro a agosto de 2019 (43,3 mil chegadas
a mais), ainda antes da pandemia de Covid-19. Somente em agosto deste ano.
417,9 mil viajantes estiveram em cidades brasileiras, números 14,5% superior ao
do mesmo mês de 2023. De janeiro a agosto, a Argentina foi o principal emissor
de viajantes ao Brasil (1,374 milhões), seguida dos Estados Unidos (461,3 mil)
e Chile (399,5 mil). São Paulo recebeu a maior parte deles (1,2 milhão), com o
Rio de Janeiro (868,3 mil) e o Rio Grande do Sul (647,7 mil), completando o
ranking dos três estados lideres em chegadas. Os turistas internacionais vieram
principalmente por via aérea (2,896 milhões) e outros 1,396 milhões por modal
terrestre.
O alto fluxo de visitantes de outros países no Brasil se
reflete na movimentação da economia nacional. De janeiro a julho de 2024,
segundo o Banco Central, os gastos dos turistas estrangeiros somaram R$23,7
bilhões, quase 1 bilhão a mais que o mesmo período de 2023. No ano passado o
país recebeu 5,9 milhões de visitantes internacionais e bateu recorde na
receita cambial: US$6,9 bilhões, superando 2014, ano da Copa do Mundo de
Futebol. O Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-27, lançado recentemente pelo MTur,
busca tornar o Brasil o maior receptor de turistas da América do Sul. O
documento define como objetivo alcançar a marca de 8,1 milhões de viajantes
estrangeiros por ano, além de atingir US$8,1 bilhões em receitas geradas a
partir de despesas deste publico. Diante do cenário positivo, a perspectiva é
superar o numero de 10 milhões de visitantes estrangeiros no período.
Os dados divulgados também corroboram números positivos de
desempenho na área. De acordo com o IBGE, por exemplo, o volume de serviços
turísticos no Brasil em julho deste ano ultrapassou em 6,8% o de fevereiro de
2020. Já a Fecomércio-SP indica que o turismo brasileiro faturou
R$95,3 bilhões no primeiro semestre de 2024, o melhor resultado desde 2019 e
1,9% acima do verificado nos mesmo período de 2023. O MTur promove várias ações
para atrair mais estrangeiros ao país. Algumas delas são o reforço da malha
aérea e a conquista de novos voos. No seu primeiro edital, no mês de julho de
2024, o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), operado
conjuntamente com a Embratur e o Ministério de Portos e Aeroportos, viabilizou
uma alta de 70 mil assentos em viagens aéreas rumo ao Brasil, de outubro deste
ano a março de 2025.
Temos que reconhecer que a vocação de Minas Gerais para a
atividade turística é amplamente reconhecida. São inúmeros os estudos e
diagnósticos relativos ao setor, no qual se revela com clareza este enorme
potencial que o estado possui para o desenvolvimento dos vários segmentos do
nosso turismo, herança da sua rica diversidade.
A verdade é que o mundo inteiro já percebeu a importância
socioeconômica do turismo. É o terceiro maior negócio do mundo, com 10% do PIB
mundial, movimentando mais de US$9 trilhões e com 1 em cada 10 trabalhadores do
mundo. Está entre as principais atividades econômicas do século 21.
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