Jovem artista paraense retrata vida cotidiana real das cidades amazônicas

  Carla Duncan ganha destaque no circuito de arte brasileiro ao desafiar estereótipos sobre a região Norte do país.

 

 

Pessoas andando na frente de um prédio

Descrição gerada automaticamente com confiança média

 

Pórtico, óleo e acrílica sobre tela, 40 x 60 cm.

Pintura retrata a venda de banhos de cheiro, infusão a base de ervas e essências popular na região Norte do país, no mercado Ver-o-peso, Belém do Pará.

[imagem: Carla Duncan]

 

 

A artista Carla Duncan emerge como uma voz da nova geração de talentos paraenses, explorando em sua obra as complexidades urbanas e culturais das cidades amazônicas contemporâneas. Recentemente, Duncan participou da exposição "Recortes nº1 - Figurativo" no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU), em Belém, sua cidade natal. A mostra, inspirada pela obra do pintor paraense Éder Oliveira, propunha diálogos entre a produção do artista e outros artistas contemporâneos que trabalham com o figurativo.

 

Com paletas em tons quentes e avermelhados que remetem ao clima característico das cidades amazônicas, as pinturas de Duncan transportam o observador para o cotidiano vibrante de mercados populares, portos e feiras da região. Sua obra é um reflexo direto de suas memórias pessoais e de sua profunda conexão com Belém do Pará e arredores. A artista se interessa por explorar a dialética entre restrição e possibilidade na experiência urbana, investigando as cidades amazônicas contemporâneas como cenários onde as batalhas pelo espaço urbano se desenrolam.

 

Uma imagem contendo foto, pequeno, mesa, coberto

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Imediações, 20 x 30 cm, óleo e acrílica sobre tela.

[imagem: Carla Duncan]

 

 

Para Duncan, os comércios locais não são apenas lugares onde ocorrem transações econômicas, mas sim espaços de sobrevivência, resistência à gentrificação e transmissão de saberes ancestrais. Em suas telas, mapeia as paisagens cotidianas reais da população que vive a Amazônia, desafiando os estereótipos frequentemente associados aos cartões postais da região Norte do Brasil. Seu trabalho propõe reflexões sobre a identidade urbana e cultural na Amazônia contemporânea, evidenciando histórias complexas e muitas vezes invisíveis.

 

 

Mesa e cadeiras

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“Margem”, óleo e acrílica sobre tela, 20 x 30 cm, pintura incorporada ao

acervo do Museu de Arte do Espírito Santo.

[imagem: Carla Duncan]

 

Neste ano, a jovem artista teve um trabalho incorporado ao acervo do Museu de Arte do Espírito Santo (MAES) e foi contemplada com o prêmio aquisição do Salão de Artes de Vinhedo. Para além do âmbito institucional, a artista também começa a deixar sua marca no mercado: Duncan foi destaque no stand da OMA, galeria que a representa, nas feiras de arte SP-Arte e ArPa deste ano. Na primeira, realizada em abril, todas as pinturas da artista foram vendidas rapidamente, esgotando-se nas primeiras horas da feira. Situação similar foi vivenciada na ArPa, em junho.

 

 

Uma imagem contendo no interior, cena, quarto, galeria

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Stand da OMA Galeria na ArPa, realizada em junho deste ano.

[imagem: Filipe Berndt]

 Instagram da artista

Site OMA Galeria

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