Aulas serão transmitidas ao vivo pelo canal YouTube da Cinemateca Brasileira
O Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e o copatrocínio do Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Site Viva Cinemateca
Depois do sucesso do curso Mulheres Pioneiras no Cinema, ministrado pela pesquisadora Marcela Grecco em dezembro de 2023, a Cinemateca Brasileira dá continuidade às ações formativas do Projeto Viva Cinemateca com a oferta de três novos cursos gratuitos voltados à formação técnica e cultural. Em abril e maio, as aulas ocorrerão nas modalidades presencial e remota, com transmissão ao vivo pelo canal da Cinemateca Brasileira no YouTube. Para participar nas aulas presenciais, é necessária inscrição prévia por meio de formulário que será disponibilizado no site da instituição.
O Viva Cinemateca reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, como é o caso de seu acervo de filmes em nitrato de celulose, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica. O projeto conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e copatrocínio do Itaú, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.
O Viva Cinemateca permitiu um conjunto de ações com vistas ao completo tratamento técnico da coleção de filmes em nitrato de celulose da Cinemateca Brasileira. São obras de curta, média e longa-metragem - cinejornais, documentários, ficção, filmes domésticos e publicidade, produzidos entre as décadas de 1910 e 1950; e confiadas por realizadores e instituições de todo o país à Cinemateca Brasileira para fins de preservação.
Foi a primeira vez em mais de sete décadas que a Cinemateca Brasileira recebeu recursos específicos para tratar o conjunto da coleção de nitratos, a mais antiga e mais frágil, responsável por quatro incêndios (1957, 1969, 1982, 2016) ao longo da sua trajetória.
“Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.
Desde 2023, um grupo de técnicos especializados se dedica aos trabalhos de catalogação, conservação e duplicação das obras, garantindo a confecção de matrizes de guarda e acesso às obras. Além do processamento técnico, o projeto oferece uma série de ações de difusão e formação técnica cultural.
Em dezembro, o programa de formação foi inaugurado com o Curso Mulheres Pioneiras do Cinema, voltado à reflexão do papel desempenhado por diretoras no cinema nacional e estrangeiro. Neste primeiro semestre, serão ofertados novos cursos voltados a aspectos historiográficos e técnicos, ministrados por especialistas nacionais e estrangeiros. Serão destinadas vagas para estudantes da área de cinema e audiovisual, profissionais de instituições de memória, grupos menos favorecidos e portadores de deficiência.
“O trabalho da Cinemateca Brasileira sobre seu acervo é fundamentado no tripé da conservação, difusão e formação. Nessa perspectiva, a instituição assegura a manutenção da nossa memória cinematográfica e audiovisual, ao mesmo tempo em que democratiza o acesso e compartilha saberes em torno da história do cinema nacional e da prática de preservação audiovisual”, destaca Gabriela Queiroz, Diretora Técnica da Cinemateca Brasileira.
PROJETO VIVA CINEMATECA
O Viva Cinemateca foi lançado em junho como continuidade ao processo de retomada iniciado no ano passado. O projeto pretende ampliar e modernizar a Cinemateca Brasileira, fazendo com que ela ocupe definitivamente o seu relevante lugar na história do cinema brasileiro. Está prevista a ampliação dos espaços de laboratórios da instituição, garantindo que mais filmes e documentos possam ser preservados. Assegura-se, dessa maneira a sobrevivência de mais de 120 anos de história do cinema e do Brasil. Outra importante frente do projeto contempla o restauro das edificações históricas, melhorando as instalações disponíveis para o público. Desde 1997, a Cinemateca Brasileira está instalada em seu prédio atual: uma valiosa edificação em tijolos aparentes, remanescente da arquitetura industrial de São Paulo do século 19.
Além da mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA, as ações de difusão também incluíram o FESTIVAL CULTURA E SUSTENTABILIDADE, nos dias 10 e 11 de julho, e a MOSTRA POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA, de 11 a 16 de julho.
PATROCINADORES
O Projeto Viva Cinemateca conta com o patrocínio estratégico do Instituto Cultural Vale, com o patrocínio master da Shell, e Itaú, como copatrocinador.
Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).
SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Nos anos 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale.
SOBRE A SHELL BRASIL
Há 110 anos no país, a Shell é uma empresa de energia integrada com participação em Upstream, no Novo Mercado de Gás Natural, Trading, Pesquisa & Desenvolvimento e no Desenvolvimento de Energias Renováveis, com um negócio de comercialização no mercado livre e produtos ambientais, a Shell Energy Brasil. Aqui, a distribuição de combustíveis é gerenciada pela joint-venture Raízen, que recentemente adquiriu também o negócio de lubrificantes da Shell Brasil. A companhia trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social. O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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SOBRE OS CURSOS
A Cultura Cinematográfica e sua História: cinematecas, cineclubismos, festivais, filmografias e historiografias
Datas: 29 e 30 de abril e 02 e 03 de maio
Horário: 14h às 19h30
Público-alvo: profissionais do audiovisual, pesquisadores, estudantes, e demais interessados.
Carga horária: 20 horas
Presencial, com transmissão online com intérprete de libras
Número máximo de vagas presenciais: 100
A história da cultura cinematográfica será apresentada a partir da experiência brasileira e francesa, tomadas em função de suas semelhanças e peculiaridades entre 1919 e 1963. Dentro desse quadro temporal, interpretaremos algumas notas dominantes desse fenômeno social pela análise de filmes e documentos preservados pela Cinemateca Brasileira e à luz da ação de críticos e historiadores na formação de cineclubes e cinematecas, na promoção de exposições, festivais e mostras, no desenvolvimento das pesquisas históricas cinematográficas e na democratização da cultura.
Ministrante: Rafael Morato Zanatto
Graduado (2010), Mestre (2013) e Doutor (2018) em História (2018) pela UNESP- FCL Assis. Foi pesquisador e arquivista da Cinemateca Brasileira (2012, 2013 e 2016) e realizou pós-doutorado em Meios e Processos Audiovisuais na ECA- Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Obteve sete bolsas de pesquisa da FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, com as quais realizou estágios na Cinémathèque française (Paris, 2012), Deutsche Kinemathek (Berlim, 2017), Akademie der Künste (Berlim, 2017) e no IRCAV – Institut de recherche sur le cinéma et l´audiovisuel / Sorbonne Nouvelle-Paris 3 (Paris, 2023). Atualmente, realiza pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em História da UFPB – Universidade Federal da Paraíba/ FAPESQ
Catalogar para preservar: métodos e práticas de catalogação audiovisual e análise fílmica na Cinemateca Brasileira
Data: 06 a 09 de maio
Horário: 14h às 19h30
Público-alvo: profissionais do audiovisual, pesquisadores, estudantes, e demais interessados.
Carga horária: 20 horas
Presencial, com transmissão online com intérprete de libras
Número máximo de vagas presenciais: 100
O curso apresentará a aplicação e o alcance da pesquisa e da catalogação de materiais e obras para a preservação audiovisual no Brasil. Com os resultados recentes do Projeto Nitratos da Cinemateca Brasileira: preservação e acesso, mostrar o fazer-se dessa prática preservacionista nos setores da Cinemateca Brasileira, a partir das suas antigas e novas gerações de profissionais que criaram e atualizaram contribuições para o campo.
A análise fílmica tributária desses percursos investigativos, sobretudo nos cotejamentos com documentos correlatos ao acervo. Os avanços e obstáculos, conceituas e institucionais, para a criação e manutenção do conjunto censitário da base de dados Filmografia Brasileira, on-line desde 2001. E o consequente acesso qualificado que ela oferece no Banco de Conteúdos Culturais e demais bases referenciais do acervo.
Paralelamente às aulas, o curso apresentará exemplos da cadeia de atividades que envolveu descobertas cotidianas e coletivas na coleção de nitratos da Cinemateca, impactando a preservação e acesso do nosso patrimônio audiovisual, em toda a sua diversidade.
Ministrantes: Rodrigo Archangelo, Tamara Santos, Giuliana Ghiraldelli, Iago Cordeiro Ribeiro, Igor Andrade Pontes, Marcella Grecco de Araújo, Yasmin Gabrielle Rahmeier Souza, Felipe Queiroz Correa e Castro, Leandro Sampaio de Melo, Luisa Malzoni.
Os cinejornais no Brasil: notícia e entretenimento nos cinemas brasileiros do século XX
Data: 03 a 07 de junho
Horário: 14h às 18:30
Público-alvo: profissionais do audiovisual, pesquisadores, estudantes, e demais interessados.
Carga horária: 20 horas
Presencial, com transmissão online com intérprete de libras
Número máximo de vagas presenciais: 100
“Quantos cinejornais existem num cinejornal?”, essa é uma questão-chave que o curso trará para a entender as historicidades desse formato híbrido no Brasil, no seu arco entre os anos 1910 e 1980. A pesquisa, a catalogação audiovisual e a análise fílmica apropriadas aos perfis, trajetórias e condições de preservação/acesso de fundos e coleções da Cinemateca Brasileira. O potencial didático dos cinejornais para descortinar os contrastes do contrato e da memória social, a partir de determinadas pautas e representações levadas às telas em formato de notícias, mas com um verniz de entretenimento.
Ministrante: Rodrigo Archangelo
Doutor em História Social pela FFLCH-USP; Pós-doutorando em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA-USP; Pesquisador Sênior do Centro de Documentação e Pesquisa da Cinemateca Brasileira. Autor do livro Um bandeirante na tela: o discurso adhemarista em cinejornais (São Paulo: Alameda: Cinemateca Brasileira: FAPESP: LEER-USP, 2015); Pesquisador Associado FAPESP (projeto 2022/06032-0); Participante do Grupo de Pesquisa CNPq História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação.
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