35ª Bienal de São Paulo: resultados recorde de satisfação e recomendação das coreografias do impossível


 

Com 662 mil visitantes, a 35ª Bienal de São Paulo encerrou sua edição com resultados excepcionais, conforme revela uma pesquisa Datafolha. Com uma taxa recorde de satisfação, 98% dos visitantes expressaram sua aprovação, destacando-se como a edição mais bem avaliada na série histórica que teve início em 2012. Além disso, impressionantes 96% dos participantes afirmaram que recomendariam o evento para amigos e conhecidos.

 

Ao comparar com edições anteriores (2012, 2014, 2016, 2018 e 2021), tanto a taxa de satisfação quanto a nota média de recomendação da Bienal alcançaram os patamares mais altos. Em 2012, a taxa de satisfação era de 92%, com uma nota média de recomendação de 8,4; em 2014, 84% e 7,9, respectivamente; em 2016, 94% e 8,7; em 2018, 89% e 8,5; e em 2021, 96% e 9,1.

 

A pesquisa, que entrevistou 1.261 visitantes, revelou que a média de recomendação atingiu o pico histórico de 9,3, superando as expectativas. Quase a totalidade dos itens específicos da 35ª Bienal manteve uma avaliação geral constante, com uma média de 4,3 numa escala de um a cinco. Destacam-se os itens mais bem avaliados, como a “manutenção da exposição e do espaço expositivo” e o “atendimento das equipes”, ambos registrando notas de 4,8 e 4,7, respectivamente.
 

A 35ª Bienal de São Paulo recebeu elogios expressivos na pesquisa Datafolha. Destacando-se como referência cultural inovadora, atributos como "legal", "profissional" e "educativa" alcançaram notas entre 8,5 e 8,8. Houve queda acentuada em aspectos negativos como "elitista" e "incompreensível", registrando as notas mais baixas da série histórica, evidenciando uma maior conexão da instituição e da mostra com o público geral. A consistente alta nas avaliações positivas reforça a Bienal como um evento cultural de destaque, enquanto o compromisso contínuo com a inovação e acessibilidade permanece no foco da organização.

 

A experiência positiva foi amplamente reconhecida pelos visitantes, que associaram a Bienal a palavras como 'conhecimento,' 'surpreendente,' e 'educativa.' As palavras positivas alcançaram notas médias recordes, enquanto as palavras negativas registraram os patamares mais baixos da série histórica.
 

O perfil diversificado dos visitantes retornou aos níveis pré-pandêmicos, revelando que a maioria reside no Brasil, com 50% na capital paulista, 10% no interior paulista, 7% na Região Metropolitana de São Paulo e 30% nos demais estados brasileiros. A participação de visitantes com renda familiar mensal de até 5 salários mínimos aumentou, enquanto a participação daqueles com renda superior a 10 salários mínimos diminuiu. Também aumentou o público que se identifica como negro e pardo. Dentre o público especializado foi registrado uma presença de 8% de estrangeiros. Ainda segundo pesquisa, os artistas mais lembrados da 35ª Bienal de São Paulo foram Kidlat Tahimik, Rosana Paulino e Denilson Baniwa.

 

A presença digital e a comunicação efetiva também foram destaques, com 40% dos visitantes tomando conhecimento da Bienal por meio de redes sociais, alcançando um índice recorde. O WhatsApp e o Instagram foram as redes mais populares, com 96% e 93% de usuários, respectivamente. Tiktok aparece pela primeira vez na pesquisa e já é consumido por 23% do público.

 

A pesquisa reforça o papel fundamental da Bienal de São Paulo como um evento cultural de excelência altamente satisfatório para o público, consolidando-se como referência na arte contemporânea.

 

Para José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal, este resultado é uma celebração no encerramento de seu mandato: "Além de introduzir uma renovação artística, alcançamos uma transformação social notável nesta edição. A Bienal é uma força impulsionadora em São Paulo e uma influência poderosa de mudança social”.


 

Sobre a Fundação Bienal de São Paulo

Fundada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos e vinculações político-partidárias ou religiosas, cujas ações visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. A Fundação realiza a cada dois anos a Bienal de São Paulo, a maior exposição do hemisfério Sul, e suas mostras itinerantes por diversas cidades do Brasil e do exterior. A instituição é também guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: um arquivo histórico de arte moderna e contemporânea referência na América Latina (Arquivo Histórico Wanda Svevo), e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, sede da Fundação, projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.




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