O POETA VITOR MIRANDA LANÇA MAIS UM LIVRO: “EXÁTOMOS”

 

O lançamento será dia 10 de novembro, às 19h, no Ateliê Ira Rebella (II Sogno Di Anarello, 88 – Vila Mariana - São Paulo), com sessão de autógrafos do poeta.

E também no dia 09 de dezembro, às 16h, no Sebo Pura Poesia (Rua Costa Aguiar, 112 – Ipiranga/SP), onde acontece o lançamento musical do livro Exátomos com a participação especial de Touché.





Com poemas fortemente articulados entre si e de vocação minimalista, livro evidencia a feitura poética de Vitor Miranda e a maneira peculiar com que ele trabalha os temas, as palavras e seus significados, que o coloca entre o que há de melhor sendo feito na poesia brasileira.


“a terra não é plana

mas é chata”



A seleta de poemas de “Exátomos”(Ed. do Autor, 2023/ 135 páginas), traz a exatidão dos átomos em tudo que existe e abre reflexões sobre o que fizemos com a vida. Um livro de poemas (dividido em cinco partes: Exátomos, Sêmen, Eterna Cadência, Desastros e Porra) e que surge com uma capa que ainda  faz pensar no interminável verso que nunca ficou pronto.

 

No texto do prefácio do livro, a psicóloga Bárbara Will diz “conhecemos o Vitor Miranda blasé e sarcástico em seu livro “O que a gente não faz para vender um livro?”. Para mim, Vitor é mais do que isso. Não é somente ironia e descrença, não é só niilismo. Não é apenas essa faceta que o compõe, embora essa também esteja lá. Esse livro, Exátomos, não é como o de contos. A provocação aqui é outra. É mais profunda, menos óbvia, menos escancarada . Exátomos é lindo como a exatidão que completa as coisas. são poemas que fez em diferentes contextos e momentos nos últimos anos”.

 

Já para Marília Calderón - multiartista e psicanalista, “Enquanto começam as guerras entre átomos, espécies, estrelas, Vitor insiste em fazer fronteiras estando - não exatamente - no meio de um poema. É nas margens artísticas, entre palavras, livros, manifestos de rua, canções, fotos, vídeos e movimentos coletivos, que Vitor escreve seu não lugar de poeta”.

 

E ainda nas palavras da poeta Clara Baccarin, que também assina o posfácio do livro, “leia depois de fumar qualquer coisa que não seja tabaco, depois de uma taça de vinho, ou duas de um passeio de barco no rio tapajós, depois de ligar lhasa de sela e sentir ativar os átomos enquanto desembrulha as páginas, leia depois de rememorar um amor fragmentado pelo uso, pelos anos: novinho em folha, leia em voz alta, colocando acordes de acordo com a alma, naquela noite, violão a postos e um refrão de rock, leia depois de pegar a estrada e e fazer xixi num posto sujo no sul de minas, de sentir o sol reacendendo a vida ou a chuva escorrendo os poros, leia depois do orgasmo, ou antes do precipício ao atravessar a mesma velha avenida e, pelos multiversos, despedaçar os muros”.

 

Trechos de poesias de “Exátomos”

 

“os filósofos atomistas pensavam que o universo

era constituido por partículas indivisíveis

cada uma delas com suas formas particulares

e por isso hoje as crianças montam em seus quartos

universos com peças de lego e deixam nas salas

os resquícios de uma guerra voltando para suas Ítacas

inventando mil metáforas para não arrumar a bagunça

 

acabam por convencer seus pais que estão muito

ocupados em suas vidas adultas para entender poesia

e terminam por recolher os átomos do chão da sala

 

os filósofos atomistas pensavam que o átomo era eterno

gerações posteriores nomearem planetas e satélites

com nomes gregos e um dia um menino negro do bronx

olhou para o céu e disse que Plutão não era o nono planeta

outras crianças americanas enviaram mensagens raivosas

uma delas invade uma escola e prova que o ódio é eterno

 

Sobre o poeta Vitor Miranda:

Estreou na literatura com o livro de contos "Num mar de solidão", um dos contos, "Pise fundo meu irmão", virou curta-metragem e Vitor recebeu um prêmio de melhor ator. Em 2016 aparece com sua primeira publicação independente, "Poemas de amor deixados na portaria", livro que deu origem a Banda da Portaria. Como letrista tem parcerias com artistas como Alice Ruiz, Rubi, Luz Marina, Dani Vie, João Mantovani, João Sobral, Touché, Zeca Alencar e Heron Coelho. Em sua aproximação com figuras da poesia curitibana, lança pela Editora Kotter o livro "A gente não quer voltar pra casa". Experimenta na linguagem em 2019 com o romance poema "A moça caminha alada sobre as pedras de Paraty". Inicia o projeto de entrevistas "Prosa com Poeta" no qual entrevista figuras como Alice Ruiz, Maria Vilani, Bobby Baq, Dionísio Neto, entre outros artistas. Organiza o Movimento Neomarginal onde exerce o ofício de agitador cultural. Volta aos contos com "O que a gente não faz para vender um livro?" pelo Selo Neomarginal onde destila todo seu sarcasmo. Em 2023 surge com "Exátomos" novamente pelo Selo Neomarginal.

Mais informações:

YouTube –

Instagram: https://www.instagram.com/vitorlmiranda/

Facebook: https://www.facebook.com/vitor.miranda.775/

 

Sobre o Sebo Pura Poesia

Livros, café, vinho, música, sanduíches e gelato Damp em um ambiente poeticamente bagunçado. Dia 09 de dezembro, acontece o lançamento musical do Livro “Exátomos” de Vitor Miranda em parceria com Touché! Uma apresentação com contação de histórias sobre as canções e poemas e que traz no repertório algumas canções que as letras/poemas estão no livro, com destaque para as duas já lançadas nas plataformas de streaming “Exátomos”, que dá título ao livro, é o jazz erótico romântico “Margaridárida” que deu nome ao projeto musical da dupla.

Mais informações:

https://spotify.link/2Il05etCYDb

https://m.youtube.com/watch?v=sJULbzrcsdc

https://www.instagram.com/sebopurapoesia/

 

Sobre Ateliê Ira Rebella

Local do lançamento: https://www.instagram.com/espacoirarebella/

Espaço Experimental Ira Rebella  é uma galeria de arte destinada a promover exposições, eventos culturais, cursos de arte experimental e atividades de arteterapia. Criada por Ira Rebella, artista autodidata que pintou seu primeiro quadro aos 19 anos; Formou-se pela PUC-SP em dois cursos: “Tecnologia de Conservação e Restauração do Patrimônio Histórico e de Bens Culturais” (2012) e “História, Curadoria e Crítica de Arte” (2016).No intervalo dos cursos, também estudou pintura com a artista Solange Benevento, e atuou na área de conservação patrimonial do Museu Xingu-Espaço Amarelo, onde viveu e se inspirou na arte indígena, na cultura de origem e nas vanguardas.



 





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