Particularmente, a situação fica mais evidente quando se tem em conta as atividades econômicas de hospedagem e comércio varejista de alimentação preparada e bebidas (restaurantes, bares e similares), onde o artigo 98, da Directiva 2006/112/CE do Conselho, permite que os estados-membros da União Europeia fixem apenas 5% de IVA.
No Brasil, projeta-se uma alíquota de 25%. É impossível para o setor privado ser competitivo no cenário internacional, fortalecer o desenvolvimento do turismo nacional, atrair turistas internacionais e investidores e fomentar o setor de eventos com o triplo de carga tributária.
Entendemos que é fundamental que o nosso país avance em um processo de simplificação e transparência do sistema tributário, mas, apesar disso, também é primordial que a reforma não deixe de olhar em detalhes os impactos em diferentes setores, buscando resguardar e/ou aprimorar a competitividade de nosso país como destino turístico para os brasileiros e para os estrangeiros.
Por isso, entendemos que é de enorme importância a adoção de uma alíquota diferenciada para o setor de Turismo e Eventos no processo de reformulação do sistema tributário brasileiro.
Ao adotar uma alíquota diferenciada para o setor, teremos condições de aumentar a competitividade do Brasil como destino turístico, estimulando a economia local, atraindo novos investimentos e promovendo o crescimento sustentável.
Portanto, conclamamos os (as) senhores (as) parlamentares a considerarem seriamente a importância de uma alíquota diferenciada para o setor de Turismo e Eventos no Brasil, alinhando-se no bom senso e temperança às melhores práticas adotadas por outros países membros da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, na qual o Brasil pleiteia adesão. Acreditamos que essa medida será um catalisador para o crescimento do setor, gerando empregos e posicionando o Brasil como um destino de destaque no cenário internacional impulsionando a economia brasileira como um todo.
Em uníssono, assina o G20+, grupo composto pelas principais associações do Turismo e Eventos no Brasil, abaixo-assinadas e representantes dos segmentos de agências de viagens, atrações turísticas, cruzeiros marítimos, eventos, hotéis, parques de diversões, resorts, operadoras de turismo, promotores de destinos e empresas aéreas nacionais.”
Considerações Abih-SP
De acordo com Antônio Dias, vice-presidente da Abih-SP, que por delegação da diretoria da entidade estará em Brasília, na próxima terça-feira (04/07/2023), em visita ao Congresso Nacional, “A reforma tributária é muito importante para o Brasil, isso não temos dúvidas. Porém, uma das promessas da reforma tributária foi justamente não aumentar a carga de impostos! A cadeia da hotelaria é curta, não nos creditamos de impostos como a indústria. Por isso, também, é fundamental termos uma tarifa diferenciada! Precisamos evitar o aumento de impostos de 8,65 % para 25%! Queremos desenvolver o turismo no Brasil e dar emprego a quem mais precisa, mas para isso não podemos ter esse aumento de mais e 150%”.
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