A história do Inti Raymi
Inti Raimy, expressão do quéchua que significa Festa do Sol, é um festival religioso criado pelos Incas por volta de 1430 para celebrar Inti, o deus-sol. A data da celebração é 24 de junho, marca o solstício de inverno do hemisfério sul e também, na tradição Inca, o início do ano.
Por conta da simbologia, o Inti Raymi era um dos mais importantes festejos dos Incas. Nos tempos do império, durava nove dias, ao longo dos quais ocorriam louvores, danças e sacrifícios, além de contar com a presença do Imperador Inca no poder. Hoje em dia, a apresentação do Inti Raymi não inclui qualquer sacrifício real – tudo é um grande teatro.
Todos os eventos ocorriam na praça Aucaypata, atual Plaza de Armas de Cusco. Historiadores estimam que o público participante chegava a cerca de 100 mil pessoas. Naquela época, Cusco era a capital do Império Inca e durante o Inti Raymi, a cidade era visitada pela população inca dos 4 cantos do chamado Tahuantinsuyo – nome dado ao Império Inca, que cobria Equador, Colômbia, Argentina, Bolívia e Chile.
A tradição de séculos construída pelos Incas foi rompida durante a colonização espanhola, mais precisamente em 1572, por não estar alinhada com os preceitos católicos. Por isso, nos séculos que se seguiriam, a festa ocorreria somente de forma clandestina.
Foram necessários quatro séculos para que o Inti Raymi voltasse a ocupar o seu devido lugar. Em 1944, a festa foi reconstruída graças a uma crônica do escritor inca Garcilaso de la Vega. A partir de então, a celebração religiosa passou a ser encenada anualmente de forma pública, convertendo-se em uma das principais atrações turísticas da cidade.
Sempre no dia 24 de junho, a população local e pessoas do mundo todo se reúnem para assistir à reconstituição desta festa
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