Livro comemorativo dos 85 anos do SindHosp traz 85 histórias sobre a saúde no Brasil

 

O SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de SP comemora seus 85 anos contando em livro 85 histórias que envolvem a saúde paulista e do Brasil. O livro teve o aval técnico de historiadores e pesquisadores.

Foto: divulgação

Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a entidade é o maior sindicato empresarial de saúde e o mais antigo da América Latina com 51 mil estabelecimentos de saúde privados representados.


Para comemorar tantos anos de lutas pela saúde dos paulistas, desde 1938, o presidente acredita que o livro com 85 historietas e causos ligados à saúde representa em alto nível a merecida homenagem ao Sindicato.


O SindHosp acompanhou 26 presidentes da república, a ditadura militar e a redemocratização do país. Participou ativamente da Constituinte de 1988, que deu espaço à atuação da livre iniciativa na saúde. Viu florescer nas colônias de imigrantes, os hospitais de referência de São Paulo. “Na área sindical, vivemos o período trabalhista de Getúlio Vargas e o fortalecimento político dos sindicatos. Enquanto na ciência, muitos avanços e descobertas permitiram a melhoria na qualidade de vida e o aumento da expectativa de vida da população”, relembra Balestrin.

 

85 histórias desde o período colonial


O livro reúne 85 causos e histórias reais que revelam os bastidores da saúde da família real como o surto de piolhos de Carlota Joaquina, esposa de D.João VI, até os ataques epilépticos de D. Pedro I e a esquizofrenia de D. Pedro II, que passou 41 anos internado em um manicômio na Áustria.


Registra ainda a inauguração da Santa Casa de Santos (1543) então denominada Hospital de Todos os Santos, da Policlínica Sanitária Infantil Emílio Ribas, do Hospital do Juquehy, do Hospital Humberto Primo oferecido à cidade pela família Matarazzo, e do Hospital da Beneficência Portuguesa, que a exemplo de outros na capital, foi criado pela união das comunidades de imigrantes. Relata a história da primeira maternidade do Brasil, inaugurada em Salvador, em 1.910 e o relevante papel das parteiras.


Traz a trajetória de grandes nomes da medicina no país como Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, Oscar Freire, Arnaldo Vieira de Carvalho, Emílio Ribas, Adolpho Lutz, Euryclides de Jesus Zerbini, entre outros como a primeira médica mulher no país, a carioca Maria Augusta Generoso Estrela, que deixou o país em 1.875, pois nessa época o Brasil não permitia que mulheres cursassem a universidade.


Documenta as epidemias que assolaram o Brasil como a gripe espanhola, a tuberculose, a cólera, a febre amarela, o sarampo, a aids, a meningite, a varíola e a poliomielite. E conta a história da Revolta das Vacinas bem como a abertura de importantes institutos de pesquisa como a Fiocruz e o Instituto Butantan.


Para Balestrin, O SindHosp enfrenta agora um novo desafio.


Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, a demanda por assistência médico-hospitalar aumentou significativamente bem como os custos da saúde com a incorporação de novas tecnologias. “O sistema de saúde exige melhor preparo para enfrentar essa nova realidade. O momento pede planejamento estratégico para um sistema de saúde sustentável e eficiente, organizado e hierarquizado, com integração público-privada”, destaca.

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