Xtay anuncia aporte de R$ 2 milhões em tecnologia e contratação de pessoas


Expectativa é, ainda este ano, faturar R$ 10 milhões e somar 1,2 unidades operadas em um mercado que cresce a passos largos no Brasil. Empresa apresenta as 10 previsões para 2023

 

De olho no potencial de um mercado que cresce a passos largos no Brasil, a Xtay, start-up criada há cerca de um ano e que acaba de inaugurar sua flagship na rua Oscar Freire, em São Paulo, confirma aporte de R$ 2 milhões em tecnologia e contratação de pessoas neste ano.

 

Os investimentos, de acordo com seu CEO e co-fundador Gabriel Fumagalli, são uma resposta direta à demanda de crescimento da companhia, que deve registrar faturamento bruto de R$ 10 milhões e ampliar sua presença no País. “No total, teremos mais de 1,2 mil unidades, entre estúdios e apartamentos em operação neste ano, chegando em mercados como João Pessoa, na Paraíba”, diz o executivo. Hoje a Xtay está presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.

 

Fumagalli reforça a importância do momento macroeconômico, com altas taxas de juros em mercados como Estados Unidos e Brasil afetando a tese de fundos de venture capital continuarem aportando em negócios que não são puramente de tecnologia ou simplesmente aumentando muito a regra dos critérios de onde o dinheiro dos seus investires será alocado. “No mercado imobiliário, em geral, que inclui o formato de rentabilização por aluguel de temporada, gera-se também análise mais crítica de risco-retorno comparado aos retornos provenientes de investimentos em renda-fixa, no qual, por sinal, no Brasil temos conseguido retornos próximos à 15% ao ano, com baixíssimo risco”, reforça o executivo.

 

Gabriel Fumagalli, CEO e co-fundador da Xtay

 

10 previsões

Considerando que o mercado de short-stay profissional teve seu início logo na sequência do boom Airbnb, entre 2012 e 2014, seus desafios e oportunidades, o executivo elencou os 10 principais pontos de desenvolvimento do mercado este ano:

 

  1. Reeducação de investidores institucionais: é necessária a ampliação de conhecimento (e, portanto de educação, no sentido literal da palavra) sobre o mercado
  2. Revisão de Modelos Comerciais: hoje, as taxas (receita, locação, canais de distribuição, custos de limpeza, lavanderia, marketing e back office) estão entre 25 a 50%, um cenário nada saudável para o operador, para o usuário e para o proprietário
  3. Início do movimento de consolidação de mercado: grandes players encerram suas atividades e se confirma a onda de empresas entrando no setor nos últimos dois anos, geralmente com operadores locais por existir um desafio logístico na operação de STR
  4. Aumento do uso da tecnologia por operadores: de plataformas de reservas on-line e software de gerenciamento de propriedades até a tecnologia de casa inteligente, a tecnologia torna mais fácil e eficiente a operação deste modelo de negócio além de adicionar uma camada de experiencia "sem fricção" para os hóspedes
  5. O aparecimento do Multi-Stay: o mixo entre o short, mid e long stay se mostra assertivo para que a rentabilização dos imóveis acontece, especialmente em períodos de baixa sazonalidade
  6. O uso de automação de processos por operadores do setor: o mercado de STR exige eficiência operacional descentralizada e eficiência de capital diferente do mundo hoteleiro. Isso exige que as empresas operatrizes foquem bastante em automatizar e padronizar seus processos para ganho de eficiência e qualidade.
  7. Hóspedes começam buscam mais por STR profissional: em 2023 veremos o mercado de hóspedes reconhecendo mais o operador ao invés de só o aluguel de temporada diretamente com proprietários ou simplesmente “ficar em um Airbnb”
  8. A expansão do modelo para capitais fora do Sul/Sudeste: a diversificação do portfólio é essencial em todo tipo de negócio e, apesar das maiores cidades e economias estarem nos grandes centros do Sul e Sudeste, o modelo de short-stay passará a ser explorado de forma mais abrangente no Brasil
  9. Regulamentações: além das regulações dentro dos condomínios, neste ano é provável que os municípios comecem a olhar com mais proximidade sobre as operações de STR e iniciem discussões que vão além do que já é previsto dentro da lei do inquilinato nos artigos 48, 49 e 50 que definem as regras direcionadas exclusivamente à locação por temporada.
  10. A expansão de modelos de acomodações diferenciadas: estúdios relativamente bem mobiliados já começam a saturar em grandes capitais e os hóspedes buscam experiências mais inovadoras

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