De acordo com Alexandre Mansur, diretor de projetos do Mundo Que Queremos e um dos coordenadores do Radar Verde, a pecuária pode ser mais eficiente, mais lucrativa e menos danosa à floresta. “Ou seja, é possível continuar comendo carne, exportar e proteger a Amazônia do desmatamento. Em vez de desmatar indefinidamente, para a implantação de pastagens de baixa qualidade e manejo extensivo arcaico, otimizar a produtividade em menos áreas e com maior adensamento de animais por hectare”, afirma. “E o consumidor de carne pode ajudar nisso. Sabendo como está cada empresa, o comprador pode fazer suas escolhas, premiando as marcas mais comprometidas e transparentes.”
Sinopse de Estudos
O Radar Verde disponibiliza conteúdos relevantes para o público que vai participar da 4ª ExpoMeat. São textos compactos, produzidos e assinados por especialistas que analisam cenários, fornecem números e demonstram as vantagens de conter o desmatamento da Amazônia, sem deixar de produzir mais e melhor.
Um novo modelo de negócios é necessário para aumentar a produtividade da pecuária na Amazônia – analisa como a atividade está associada ao desmatamento na região amazônica e o que fazer para conter a expansão de pastagem, mantendo ou mesmo aumentando o nível de renda dos pecuaristas.
Políticas para desenvolver a pecuária na Amazônia sem desmatamento – busca responder como a Amazônia Legal pode produzir mais sem desmatar, empregando técnicas e recursos financeiros já disponíveis.
Dinamismo de emprego e renda na Amazônia Legal: agropecuária – identifica que a atividade demite trabalhadores, ao mesmo tempo em que aumenta a área destinada a pastagens e cultivos.
Menos boi, mais carne – dedica-se a compreender diferentes indicadores para medir a produtividade da pecuária bovina e/ou da cadeia da carne na Amazônia Legal.
Resultados do levantamento
O Relatório Final Radar Verde mais recente traz os resultados do levantamento realizado pela primeira vez no país e que passará a ter edições anuais. O indicador convidou 90 frigoríficos e 69 redes varejistas a comprovar que suas políticas garantem que a carne que compram e vendem não está associada ao desmatamento na Amazônia. Apenas 5% das empresas aceitaram participar e nenhuma autorizou a divulgação de sua classificação final.
Por fim, um case emblemático e animador está descrito em entrevista feita pelo Radar Verde com o pecuarista Mauro Lúcio Costa, dono da Fazenda Marupiara, em Paragominas (PA), há 26 anos. Em 2022, a produtividade de seu rebanho foi de 969 quilos por hectare, uma das maiores da região. E mais de seis vezes a média brasileira, que gira em torno de 150 quilos por hectare.
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