ADEUS ANO VELHO ! FELIZ ANO NOVO !



Sobreviventes, somos todos sobreviventes. Conseguimos chegar ao final deste ano que marcou a todos nós, de uma forma nem sempre positiva, muito antes pelo contrário. O início de mais um ano vem aí e a pergunta que mais se repete nas diversas esferas de nossas vidas é: o que temos pela frente? A esperança que sempre se renova é a de que o próximo ano será melhor, esperando viver uma nova história, a hipótese de uma um novo trabalho, conhecer novas pessoa e novos lugares e assim por diante. Mas como sempre, junto com a esperança de um novo ano vem a preocupação com as contas de janeiro: IPTU, material escolar, IPVA, matrícula e mensalidade escolar e tantas outras. E por mais que faça parte de nossa vida e que vivenciemos anualmente esta situação, na maioria das vezes fazemos questão de ignorar estas despesas no final de ano. 

Como observadores, vemos esta geração de jovens com uma visão onde o fator financeiro motiva menos que o propósito, diferente das anteriores, que buscavam estabilidade e dinheiro. As habilidades técnicas que adquiriram com a revolução digital são potencializadas pela capacidade multitarefa, de ágil pensamento analítico e de destreza para lidar com as inovações que surgem com impressionante velocidade. Não devemos nos surpreender com esta situação ao considerarmos a série de eventos inéditos que precederam. Entre eles o fato de que, antes da pandemia, as pessoas nunca tinham ficado tanto tempo longe dos escritórios e parte delas teve tempo para refletir sobre as próprias prioridades. Na realidade, todos fomos confrontados intensamente com a ideia da finitude da vida. A pandemia ofereceu tempo e espaço para refletirmos, o que para muitos representou o desejo de restruturar as próprias vidas. 

Podemos definir o momento atual como a era das mega-ameaças, em que somos confrontados simultaneamente com desdobramentos de uma 3ª Guerra Mundial, com gravidade ainda incerta, a instabilidade econômica em diversas partes do mundo e mudanças climáticas com consequências catastróficas. As redes sociais estão repletas de fotos e mensagens de pessoas felizes, equipes unidas, entusiasmadas, mensagens de gratidão e o compromisso de novos desafios, todas valorizando emoções positivas. Vivemos uma cultura de positividade exagerada forçando as emoções negativas para debaixo do tapete. Somos quase que direcionados a olhar apenas para a frente e esquecer nossos arrependimentos. Temos que saber como lidar de maneira eficaz, com as emoções negativas e usá-las para que movam para a frente. Lamentamos mais o que não fizemos do que o que fizemos.  Os outros admiram nossa honestidade, autenticidade e coragem quando falamos abertamente sobre nossas fragilidades. Pense nas pessoas ao seu redor que repensaram a vida para melhor. O que as leva a isso é a procura de uma vida que traz felicidade. E a felicidade é o significado e o propósito da vida, todo o objetivo e fim da existência humana. A vida nos ajuda muito e nos ensina a buscar mais equilíbrio entre a vida online e a offline e balancear os aspectos fundamentais da vida, como família, contato humano e a própria saúde física. A tecnologia deve ser uma ferramenta em nossas mãos e não sermos nós a ferramenta nas mãos da tecnologia.  Estamos tão submersos na vida digital, para nos conectarmos com o mundo, que não percebemos que ela também pode nos distanciar daqueles que amamos e que estão ao nosso lado. Abrace seus filhos, dê atenção ao seu cônjuge, ame os que estão ao seu lado, não divida com uma tela digital os momentos únicos que são seus e deles. No final, felicidade é o saldo entre as pilulas positivas e negativas no dia a dia. Todo dia recebemos as duas. Só temos de garantir que no saldo haja mais pílulas positivas. 

Voltando ao tema inicial, falamos sobre a pandemia que já tinha ligado um alarme sobre a brevidade da vida e, nesta virada para 2023, nos vimos imersos nas brumas da incerteza política e econômica. Com tantas incertezas rondando o mundo, o Brasil terá o grande desafio de reconstruir sua credibilidade nos próximos anos. Ninguém contesta o potencial econômico do país, mas foram tantas frustrações na última década que a desconfiança passou a imperar entre empresários e investidores. O fato é que o mundo está de olho no Brasil, há um volume de dinheiro pronto para entrar no país.  Apesar de todas essas expectativas positivas, são várias as condicionantes para que os recursos aportem por aqui, a começar pela reconstrução da confiança nas contas públicas. Resta saber se o próximo governo não desperdiçará a oportunidade que está colocada. O país precisa urgentemente de recursos externos para tocar empreendimentos importantes, especialmente de infraestrutura. A União precisa incentivar o capital privado nacional que anda reticente entre tantas frustrações. Não sem razão, cobra previsibilidade para tirar projetos da gaveta, adiados tanto pelas sucessivas crises econômicas quanto pelas turbulências políticas. Há ainda as previsões de melhora na economia. Conta-se que a inflação, depois do tormento destes últimos anos, dará trégua, voltando para as metas fixadas pelo Banco Central. O equilíbrio fiscal será preponderante. Com isto, as projeções para o próximo ano só aumentam a responsabilidade da próxima administração federal, não podendo se tornar uma irradiadora de frustrações.  Passamos por tempos difíceis até aqui. Os brasileiros merecem ser felizes novamente, esperando que o bom senso prevaleça sobra a arrogância e a empáfia dos que estarão no poder. Desperdiçar as oportunidades que estão no horizonte será uma pá de cal nas chances reais de mudança do país para melhor. 

Por isso, desta vez não desejo um ano novo melhor para vocês. Desejo para 2023 um "você" ainda melhor. Assuma o protagonismo por um verdadeiro recomeço em sua vida e jamais se esqueça de que fórmula secreta para evoluir é sempre partir de si mesmo. Altere-se, alterne-se, transforme-se. Autolidere-se! FELIZ ANO NOVO!  

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