O DESPERTAR DE UM GIGANTE


Dentro de um cenário complexo, eclodiu uma guerra na Europa. A invasão de Ucrânia pela Russia adiciona um componente forte que é a dependência dos combustíveis fósseis. Esta guerra evidencia os riscos econômicos e de segurança dessa dependência, que se somam às ameaças ambiental e de saúde pública do petróleo, já amplamente conhecidas e debatidas.  Torna-se evidente que os mais afetados por esta situação são os mais prejudicados  pelas externalidades decorrentes desta transição econômica que ameaça todo o continente europeu. Está claro que a dependência dos combustíveis fósseis é, não apenas um problema ambiental e de saúde pública, exigindo mais transparência e responsabilidade dos governos e empresas. O aumento do comércio global é um dos principais motivos que fizeram a extrema pobreza desabar no meio do século anterior à pandemia. O mundo nunca foi tão interconectado e todos os grandes desafios que enfrentamos _ do combate às mudanças climáticas à prevenção da próxima pandemia _ requerem mais colaboração e cooperação. Ao mesmo tempo que o governo recorre a medidas protecionistas, como o aumento da bolsa família de R$80 para R$600 beneficiando 21 milhões de famílias; reduziu impostos federais e teve recordes na arrecadação; entregou mais de 1,2 milhão de casas no projeto Casa Verde e Amarela; zerou impostos federais da gasolina e do gás baixando o preço nas bombas; deu mais de 400 mil títulos de terra; terminou várias obras paradas por vários anos como a transposição do Rio São Francisco, ferrovias, estradas asfaltadas, pontes, estatais que voltaram a dar lucro como a Petrobrás, a Caixa Econômica Federal, os Correios; o agronegócio, entre outras; tendo ainda outros grupos trabalhando em conjunto mais próximos do que nunca, especialmente as municipalidades, desde as pequenas até as grandes cidades. Lideres municipais sendo avaliados por resultados e nesta situação precisam mostrar serviço e fazer as coisas acontecer. Cada vez mias estão se unindo a redes, compartilhando ideias, experiencias, estratégias e ações que funcionem.

Nesta situação que precede as eleições, deixando de lado o nervosismo, o Brasil foi eleito como uma das principais opções de investimento global, com espaço para o real se valorizar cerca de 7% até o fim do ano que vem. A disputa presidencial tem ramificações para o meio ambiente, políticas sociais e o atual programa de privatizações em curso. O que sustenta uma visão mais construtiva estão o estágio mais avançado do país no ciclo de juros e o fato de que o país está relativamente isolado das tensões geopolíticas, das quais pode tirar vantagem pelo potencial que possui. Está bem posicionado em relação a outras economias em desenvolvimento. A Russia é intocável por conta da guerra coma Ucrânia e por via de consequência com a União Européia e EUA; a China enfrenta uma abertura econômica conturbada; a Turquia viu a lira colapsar em direção a mínimas históricas; os ativos do Chile tem se mostrado voláteis em meio a discussões sobre uma nova constituição, entre outros tantos fatos.

Há poucos países emergentes com a liquidez do Brasil e os que tinham estão lidando com questões que vão desde um problema inflacionário gigante até uma guerra, sem contar com a proximidade do inverno no norte previsto que será muito rigoroso.  Temos a chance de encerrar anos de desempenho medíocre e superar nossos pares emergentes. No mercado internacional as ações brasileiras, o real e os títulos estão em campo positivo. Já fazemos parte do G20, do Mercosul, do BRICS e agora, a caminho do acesso à OCDE-Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, composta de 36 países membros, entre eles EUA, Canadá, França, Alemanha e Japão. 

Ao contrário das maiores economias do mundo, nós estamos com a inflação controlada, com o PIB crescendo e com o mercado de trabalho explodindo. Está faltando é mão de obra qualificada. Saiu a dias atrás o número da OCDE sobre o mercado de trabalho: o Brasil em 2022 criou mais empregos do que os EUA, Reino Unido e Alemanha juntos. Criamos 9 milhões de empregos sendo que os três citados acima, no mesmo período, criaram juntos 8,5 milhões. E mais, individualmente criamos mais empregos do que os sete membros do G7, os maiores do mundo. O país precisa de reconciliar com o crescimento econômico vigoroso, consistente, contínuo, sustentável, elegendo o desenvolvimento como a nossa meta prioritária número 1, transformando o país com uma economia madura e desenvolvida. 

O que está errado é uma pauta da imprensa que só consegue dar notícia ruim localizada ou sempre seguida de um "mas..." 

Como diz a letra de nosso hino "gigante pela própria natureza" temos que estar preparados para o seu despertar. 

Postar um comentário

0 Comentários