Correr no frio requer cuidados. Saiba mais


Na rua ou na esteira, é preciso prevenir lesões e doenças respiratórias

As baixas temperaturas do inverno costumam afastar os praticantes de exercícios das corridas -- sejam em ambiente fechado (esteiras) ou na rua, seja pelo desconforto do ar gelado no rosto, que pode causar problemas respiratórios, seja por dores, lesões crônicas e articulações.


É normal sentir preguiça de correr no frio ou, até mesmo, cair em tentação com a alimentação mais gordurosa quando as temperaturas caem. Mas, não é porque esfriou que você pode -- e não deve! -- atrapalhar a sua rotina de treino. Muito menos, usar de desculpa para deixar a corrida, a dieta balanceada, de lado.


Além de aumentar energia e disposição para aguentar todas as atividades do dia, correr no frio também aumenta a imunidade do corpo; além de ser mais confortável para suar a camisa do que quando as temperaturas estão mais quentes.


Para prevenir lesões, Vanessa Furstenberger, educadora física especialista em treino para corredores, aconselha o aquecimento local das articulações para que elas se lubrifiquem e se preparem para o exercício. “Após essa preparação local, é bom fazer um aquecimento geral, como uma corrida leve, para começar a adaptação da parte cardiopulmonar -- nada mais do que 10 minutos -- e só depois um alongamento breve para que a musculatura possa responder com maior flexibilidade antes da corrida em si.”


A roupa também requer atenção. Trajes térmicos e corta-vento são os mais indicados, por serem leves e fáceis de tirar conforme a temperatura corporal aumenta. “Não importa a opção: o importante é iniciar a corrida mais agasalhado e ir tirando a roupa aos poucos, mesmo porque após o exercício o corpo esfria muito rápido e você já terá uma blusa para se proteger rapidamente”, ensina Vanessa.

 

Para quem precisa de motivação extra para deixar a preguiça de lado e sair correndo nos dias mais gelados, a fitness coach lembra que, no inverno, o corpo precisa manter o metabolismo mais acelerado para se manter aquecido e, junto a isso, tem-se estudado a liberação do hormônio Irisina que ajuda no processo de emagrecimento e que seria liberado com a combinação de exercício e exposição ao frio. “Se aliarmos todo esse gasto calórico extra e mais as calorias gastas em uma corrida, podemos dizer que ela emagrece mais no frio principalmente se for feita ao ar livre.”

 

Vanessa deixa algumas dicas para quem quer correr no inverno:

 

- Escolha horários mais quentes durante o dia para correr, como a hora do almoço;

- Inicie a atividade com roupas mais quentes e tire as peças conforme o corpo for aquecendo;

- Beba água, pois apesar da menor quantidade de suor aparente e a pouca sede, o corpo desidrata e devemos evitar qualquer contratempo devido à perda de água;

- Alimente-se corretamente e de maneira equilibrada, assim você evitará uma queda da imunidade;

- Trace objetivos para serem alcançados com a corrida provas, superações de tempos, aumento de quilometragem) e, assim, você se sentirá estimulado a permanecer nos treinos e manterá a regularidade também durante o inverno.

 

Sobre Vanessa Furstenberger


Vanessa Furstenberger é formada em Educação Física com 20 anos de experiência. Mesmo sendo profissional do esporte sempre sofreu para manter o peso “ideal”, Vanessa não tinha equilíbrio na alimentação e chegou a pesar 98 kg, “Minha vida sempre foi um engorda e emagrece.” Conta Vanessa. Em 2009 a profissional começou a praticar corrida ao preparar uma aluna para a modalidade, foi neste período que Vanessa realmente enxergou o quão fora do peso estava. Aos 38 anos de idade percebeu que o peso atrapalhava muito pra correr, afinal estava 40kg acima do peso ideal, mas não queria abandonar a profissão. Sempre teve alunos, mas nenhuma personal ou treinadora consegue motiva-los estando fora de peso. Com auxilio de nutricionista e a paixão pela corrida (incentivo principal para mudança) Vanessa começa uma reeducação alimentar aliada a corrida e musculação leve; ao longo de um ano atingiu um percentual de 15.5% de gordura corporal e atualmente busca os 12%. Sem cirurgia e inibidores de apetite. Além disso, o emagrecimento rendeu 5 pódios de provas de corrida: no asfalto (4º lugar), corrida de obstáculos (2º lugar ) e 3 pódios consecutivos em prova de montanha ( 1º lugar por categoria, 3º lugar por categoria e 2º lugar por categoria). “Uma glória para uma ex-obesa que perdeu 40 kg aos 40 anos de idade.” Finaliza Vanessa.

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