Mulheres na Política: elas representam 15% na Câmara dos Deputados e 12% no Senado Federal, no Brasil


Grupo Mulheres do Brasil de Maringá realiza 2ª live com o tema: “Mulheres na Política”

As mulheres negras representam 27,8% da população brasileira, entretanto têm baixa representatividade na política. (Agência Brasil). (Imagem: Unsplash).

 

Após o sucesso da live “Violência Contra a Mulher”, uma iniciativa do Grupo Mulheres do Brasil de Maringá, em março de 2022, o Grupo se mobiliza para realizar a segunda live sobre o tema: Mulheres na Política, que acontecerá no dia 26 de abril, às 19h, no instagram grupomulheresdobrasilmaringa. O convite é para todas as mulheres e homens que desejam saber mais sobre esse tema e entender mais a fundo por meio de mulheres especialistas e atuantes em órgãos públicos, como: Carol Dartora, primeira vereadora negra eleita em Curitiba pelo PT; Ana Maria Alcântara, Jornalista colaboradora no Núcleo de Diversidade do UOL; e Lygia Volpato, ex vereadora, Deputada Estadual e secretária da mulher de Londrina.
 

O evento tem como objetivo discutir o assunto com mulheres que estão na área, e destacar que a prática da violência política de gênero e raça no Brasil ainda é muito comum dentro dos órgãos públicos, onde a presença de mulheres é minoria. Segundo dados da ONU Mulheres divulgado na Agência Câmera de Notícias, 82% das mulheres em espaços políticos já sofreram violência psicológica; 45% já sofreram ameaças; 25% sofreram violência física no espaço parlamentar; 20%, assédio sexual; e 40% das mulheres afirmaram que a violência atrapalhou sua agenda legislativa.

 

Quando se fala de violência contra a mulher, muito é falado sobre violência doméstica, que é de extrema importância ser debatido, mas outro tópico fundamental também a ser debatido é a violência contra a mulher na política, onde muitas violências podem ser ocultadas pelo ambiente em que a sua majoritária de funções é representada por homens. Segundo o IBGE, 51.8% da população brasileira é composta por mulheres, com isso, a quantidade de mulheres em cargos eletivos deveria seguir a mesma proporção. Contudo, no Brasil, as mulheres são apenas 15% da Câmara dos Deputados e 12% do Senado Federal. Foram 900 os municípios que não tiveram sequer uma vereadora eleita no pleito de 2020.
 

Para Leiza Oliveira, Líder do Grupo Mulheres do Brasil de Maringá, é muito necessário abordar o tema sobre Mulheres na Política para enfatizar a força dessas mulheres ao mundo. Além disso, conscientizar a sociedade sobre a construção de mecanismos de prevenção ao tipo de violência contra a mulher nos ambientes públicos. “Quando debatemos sobre violência contra mulher, é preciso lembrar que a violência se manifesta desde as pequenas atitudes, sejam em xingamentos, ameaças e desmerecimento de suas palavras e/ou funções, provocando a violência psicológica. Além disso, muitas mulheres sofrem também o assédio sexual de forma indireta, e muitas, por receio, preferem omitir esse ocorrido, e esses fatos precisam ser abordados para darmos um basta nessas situações desconfortáveis”, ressalta Leiza.
 

São muitos os constrangimentos que as mulheres em funções políticas vivenciam, como por exemplo: questionamentos sobre a vida pessoal, opiniões desnecessárias sobre a aparência física e vestuário; e sobretudo comentários maldosos criados na internet. Uma das soluções para evitar essas situações é dar voz a essas mulheres que assumem cargos, como de: vereadoras, deputadas, prefeitas ou até como presidentas.

“A participação das mulheres na política não deve ser silenciosa, mas sim um exemplo de luta e força de cada história da mulher que se manteve de pé diante de todos os desafios, e conquistou um papel de liderança que representa a população, uma família e mulheres batalhadoras”, explica Sandra Aguillera, Coordenadora da Comissão de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.
 

As mulheres precisam conhecer mais sobre os seus direitos, e a lei 14.192/21 nasceu com essa finalidade de coibir a violência política de gênero. Ementa: Estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher; e altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), para dispor sobre os crimes de divulgação de fato ou vídeo com conteúdo inverídico no período de campanha eleitoral, para criminalizar a violência política contra a mulher e para assegurar a participação de mulheres em debates eleitorais proporcionalmente ao número de candidatas às eleições proporcionais. (Agência Câmara de Notícias).
 

O Grupo Mulheres do Brasil de Maringá, protagonista de ações transformadoras, convida a todas a assistirem a live “Mulheres na Política”, no dia 26 de abril. Para saber mais informações, siga o Instagram grupomulheresdobrasildmaringa

Serviços:

Live: Mulheres na Política

Iniciativa: Grupo Mulheres do Brasil de Maringá

Palestrantes:

  • Lygia Volpato, Bióloga, ex docente e Reitora da UEI. Ex vereadora, Deputada Estadual e secretária da mulher em Londrina. Ex Secretária de Ciência,Tecnologia e Ensino Superior do PR. Secretária Nacional de Inclusão Digital no Governo Dilma.
     
  • Carol Dartora, primeira vereadora negra eleita em Curitiba pelo PT, é feminista negra, historiadora, especializada em Ensino de Filosofia, Mestra em Educação pela UFPR. É também Secretária da Mulher Trabalhadora e Direitos LGBTI da APP Sindicato PR, Militante da Marcha Mundial das Mulheres e do Movimento Negro.
     
  • Ana Maria Alcântara, Jornalista, formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Mestranda em Estudos de Gênero da Memorial University of Newfoundland, no Canadá. Jornalista colaboradora no Núcleo de Diversidade do UOL, colunista da Rede Lume de Jornalistas e Feminista Negra.

Mediadora: Sandra Aguillera - Sandra Mara Aguillera - Mestre em Ciência da Informação UEL; Coord. Coletivo Black Divas; Coord. da Comissão Enfrentamento á Violência Contra Mulher - CMDM -Ldna

Data: 26 de abril de 2022

Hora: às 19h

No Instagram grupomulheresdobrasilmaringa

Formato: Gratuito

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