Dor lombar explode na pandemia e serviços de emergência registram recorde de queixas



 5,4 mil pessoas procuraram o pronto-socorro do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) com queixas de dor na região baixa da lombar. Em 2019, foram registrados 2,7 mil atendimentos. De acordo com o ortopedista do HSPE Francisco Prado, a dor nessa região se tornou mais recorrente na pandemia, pelo home office e inadequação na prática de exercícios físicos

 

 

 

Foto: Adobe Stock

 


O pronto-socorro do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) registrou mais de 5,4 mil diagnósticos de dor na região baixa da lombar em 2021. O número de queixas dobrou quando comparado a 1 ano antes da pandemia. Em 2019, 2,7 mil atendimentos foram contabilizados. O incômodo aflige mais homens jovens, nos casos agudos, e mulheres idosas, nos quadros crônicos do problema. De acordo com o ortopedista do HSPE Francisco Prado, os casos de dor nessa região se tornaram mais recorrente na pandemia, porque as pessoas passaram mais tempo em suas casas trabalhando em home office. Além disso, exercícios físicos praticados sem a correta orientação também estão entre os principais motivos. 

O incômodo que se estende do fim das costelas até o começo das nádegas aflige mais homens entre 30 e 50 anos. As dores crônicas são mais comuns em mulheres idosas com idade superior a 60. Segundo o especialista em coluna Francisco Prado, “a frequência das dores na lombar também precisam de atenção, porque a recorrência é sinal de problemas mais sérios. As principais causas são sobrecarga postural, distensão muscular lombar e artrose, problemas intensificados como a realização inadequada de exercícios físicos, postura incorreta e sedentarismo”, reforça o ortopedista do HSPE.

Por ser um incômodo comum, a automedicação é relatada por 38% dos pacientes, que optam por analgésicos e relaxantes musculares sem indicação médica. A ingestão desses medicamentos pode mascarar sintomas de doenças mais sérias, pois alivia os sinais do problema, postergando a obtenção do diagnóstico e do inicio do tratamento adequado. “Há quem chegue ao pronto-socorro com quadros severos de desgaste na coluna, doença discal ou do canal lombar”, complementa o médico, que avalia a demora em buscar ajuda como fator importante para restaurar o bem-estar de quem vive com dor.

Sobre o Iamspe
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 100 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.

São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Orçamento e Gestão.

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