Legado das Águas inicia projeto de reflorestamento no Parque Estadual do Jurupará


 

Projeto irá durar quatro anos e prevê a recuperação de 164 hectares do parque, localizado em Ibiúna.

A ação faz parte do programa Nascentes, da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, e será realizada em parceria com a Iniciativa Verde.

Fotos da ação de reflorestamento realizada entre dezembro e janeiro, com a criação de uma área para o plantio de mudas e de outra para semeadura: juntos os dois espaços somam dez hectares

 


 

 

São Paulo, 10 de janeiro de 2021 -- O Centro de Biodiversidade da Mata Atlântica (CBMA) do Legado das Águas, a maior reserva privada de Mata Atlântica do país, localizada no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, está realizando um projeto de reflorestamento no Parque Estadual do Jurupará, localizado em Ibiúna, também no interior paulista.

Em parceria com a Iniciativa Verde (The Green Initiative), ONG direcionada à restauração florestal, ao combate às mudanças climáticas e ao desenvolvimento rural sustentável, o CBMA do Legado realizará a recuperação de uma área de aproximadamente 164 hectares do Jurupará. O projeto de reflorestamento no Parque faz parte do Programa Nascentes, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do governo do Estado de São Paulo, que tem como meta otimizar investimentos públicos e privados para o cumprimento de obrigações legais de compensação de emissões de carbono, redução da pegada hídrica ou para a implantação de projetos voluntários de restauração.

O Parque Jurupará, que possui 26 mil hectares e é administrado pela Fundação para Conservação e Produção Florestal do Estado de São Paulo, tem papel fundamental para a conectividade entre áreas remanescentes de Mata Atlântica e atualmente conta com grandes áreas que necessitam de restauração florestal. Nessas áreas, há fragmentos de até 19 hectares (o equivalente a 19 campos de futebol) de espaços desmatados e que precisam ser restaurados, além de pontos que irão receber enriquecimento com o plantio de mudas nativas e controle de espécies exóticas invasoras.

Serão aplicadas diferentes metodologias para recuperar a mata, como manejo de exemplares de espécies exóticas invasoras, enriquecimento da floresta, plantio direto de mudas, semeadura de espécies vegetais nativas, adubação verde e condução de regeneração de plantas. De acordo com as necessidades de cada área do parque, serão aplicadas as técnicas que apresentarem os melhores resultados.

A ação será dividida em fases, ao longo de quatro anos. A primeira etapa já está em andamento desde julho de 2021, com plantio de uma área piloto de 5 hectares. Agora, no período entre a última semana de dezembro de 2021 e a terceira semana de janeiro de 2022, está sendo iniciado o plantio de maior extensão: durante esse período, está prevista a implantação em uma área com cerca de dez hectares, parte com plantio de mudas e parte com semeadura direta.

 

Plantio de 1 mil novas árvores

Em março de 2021, o Legado já realizou uma ação no Jurupará, em parceria com a empresa Nexway Eficiência, companhia do Grupo COMERC dedicada a projetos de eficiência energética. Nessa iniciativa, 1 mil mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, produzidas no próprio Centro de Biodiversidade do Legado, foram utilizadas para reflorestar um trecho do parque que necessitava recomposição vegetal.

“Proporcionar a recomposição de áreas degradadas requer alguns cuidados, como a análise do entorno e a especificação da vegetação original do local, conhecida como bioma”, explica Maria Angélica Szymanski de Toledo, coordenadora do Centro de Biodiversidade do Legado e responsável técnica pelo projeto de reflorestamento do Jurupará. “Nossa equipe buscou, em nosso Centro de Biodiversidade, as espécies ideais para iniciar a recuperação da área, mantendo as características da vegetação. O plantio das árvores é uma das metodologias adotadas por nossa equipe para a recuperação de florestas, proporcionando um primeiro recobrimento da área exposta”, argumenta a coordenadora.

Além de crescer e sombrear o solo, preparando-o para a germinação das próximas espécies, as árvores plantadas incentivam a visitação de animais, que, por sua vez, contribuem com a distribuição de sementes e, consequentemente, com mais diversidade para a floresta. “A expectativa, no médio prazo, é que árvores maiores possam crescer e serem avistadas no local e, no longo prazo, a continuidade do ciclo, com novas mudas crescendo à sombra dessas árvores”, afirma Maria Angélica.

Antes do plantio, a área recebeu todos os cuidados de limpeza, capinagem, adubação e preparo dos berços nos quais as árvores foram colocadas. No dia do plantio, colaboradores da Nexway e da Reservas Votorantim participaram de todas as etapas do processo, tornando a experiência enriquecedora, transformadora e emocionante. A partir dessa iniciativa, espera-se a recomposição da floresta no local e o retorno da conectividade das áreas florestadas dentro do parque, o que ajuda no aumento da biodiversidade e na conservação do bioma Mata Atlântica como um todo.

 

Reflorestamento no Parque Estadual do Jurupará

  • Parque Estadual do Jurupará: 26 mil hectares.
  • Área que receberá projeto: aproximadamente 164 hectares (durante todo o projeto, de 4 anos, dividido em diversas fases com enriquecimento, plantio de mudas, semeadura)
  • Quantidade total de mudas do projeto de reflorestamento: cerca de 30 mil mudas (durante todo o projeto, de 4 anos)
  • Número de espécies de plantas que serão utilizadas em todo o projeto: aproximadamente 60 espécies.
  • Quantidade de mudas plantadas no projeto piloto: 5.300 (Em implantação o restante - 25 mil mudas)
  • Área de plantio total: 15 hectares (150.000 m²)
  • Metodologias que serão usadas: plantio direto de mudas, semeadura de plantas nativas, adubação verde, condução de regeneração, manejo de espécies vegetais exóticas invasoras e enriquecimento da floresta onde estão as espécies exóticas. 

 

Sobre o Legado das Águas -- Reservas Votorantim

O Legado das Águas é a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil. Tem área de 31 mil hectares, divididos entre os municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, no Vale do Ribeira, no interior do estado de São Paulo, e alia a proteção da floresta e o desenvolvimento de pesquisas científicas à atividades da nova economia, como a produção de plantas nativas e o ecoturismo. Foi fundado em 2012 pelas empresas CBA -- Companhia Brasileira de Alumínio, Nexa, Votorantim Cimentos e Votorantim Energia. É administrado pela Reservas Votorantim LTDA. e mantido pela Votorantim S.A., que, também em 2012, firmou um protocolo com o Governo do Estado de São Paulo para viabilizar a criação da Reserva e garantir a sua proteção. Mais do que um escudo natural para o recurso hídrico, o Legado das Águas é um território raro e em estágio avançado de conservação, com a missão de estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável. Saiba mais em nosso site.

 

Sobre a Iniciativa Verde

A Iniciativa Verde é uma organização do terceiro setor que desde 2005 busca contribuir para a melhoria de serviços ambientais como biodiversidade, água e qualidade do ar. Com isso, auxilia na mitigação e na adaptação às mudanças climáticas causadas pelas atividades humanas, por meio de projetos próprios de recomposição florestal e em parceria com outras instituições. Acredita na importância da consistência e da atualização científica, direcionando seu trabalho para a geração, difusão de conhecimento e também ao apoio à formulação, implementação e fomento de políticas públicas que sejam capazes de garantir a conservação dos ecossistemas naturais, o bem-estar e a melhoria das condições das comunidades rurais, sempre aliados a conservação do meio ambiente. Saiba mais no site da Iniciativa Verde ou através do e-mail contato@iniciativaverde.org.br 

 

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