Visitas ganham em qualidade e aumentam rentabilidade no enoturismo


Embora em menor número, turistas estão gastando mais na Cooperativa Vinícola Garibaldi

A pandemia ainda representa obstáculos para a plena recuperação do enoturismo. Mas a flexibilização nos protocolos de saúde, em virtude do avanço da vacinação, tem permitido a vinícolas como a Cooperativa Garibaldi vislumbrar um 2021 com números tão bons quanto aos do período pré-pandêmico. Principalmente em receita.

Face ao ainda cauteloso movimento de visitantes ao Complexo Enoturístico da casa, quem aparece por lá está gastando mais. No primeiro semestre do ano, os 14 mil turistas que visitaram o lugar gastaram R$ 98 de ticket médio, valor 201,5% maior do que os 58 mil visitantes despenderam no mesmo período de 2019 - em relação à igual intervalo de 2020, o valor é 145% superior.




Ticket médio é maior e recuperação já é percebida. Crédito Augusto Tomasi

Isso coloca o setor de enoturismo da vinícola em rota de recuperação, segundo o responsável pelo setor, Maiquel Vignatti, já que o primeiro semestre responde por cerca de 40% do fluxo e 38% do faturamento do complexo. Para ele, o patamar elevado do ticket médio se manterá até o final do ano, garantindo promissores resultados. "Devemos ter o mesmo faturamento de 2019, o que representaria um crescimento superior a 50% em relação a 2020", projeta Vignatti sobre as cifras que devem ultrapassar os R$ 4,5 milhões.

Embora o fluxo turístico deste ano deva ter uma redução de 65% em relação a 2019, a projeção é crescer 150% no comparativo com 2020, desconsiderando os meses de janeiro e fevereiro. Esses dois meses, por exemplo, ajudaram a vinícola a atingir 30 mil visitantes no primeiro semestre de 2020, pouco mais do que o dobro do contabilizado no mesmo intervalo de tempo deste ano (14 mil) - em 2019, esse número foi de 58 mil.




Degustação e taça personalizada na experiência
"Uma História para degustar". Crédito Augusto Tomasi


Degustação à cegas. Crédito Augusto Tomasi


Ainda assim, de acordo com os prognósticos da vinícola, até o final do ano devem passar pela casa um total de 52 mil visitantes. Eles encontrarão atrações iguais às de 2019, porém dotadas de melhorias. É o caso de Uma História para Degustar. Nessa experiência, realizada em meio às pipas de madeira da cantina histórica, o visitante conta com uma seleção de rótulos mais ampla em espumantes e leva para casa uma taça personalizada da marca - ao custo total de R$ 15.

É neste embalo de retomada que a Cooperativa Vinícola Garibaldi já pensa em 2022, quando, ao lado do incremento no faturamento, espera também registrar crescimento no fluxo de visitantes. Razões para acreditar nisso não faltam. "Teremos um cenário de imunização contra a covid completo, com o público mantendo o interesse pelo turismo interno, aumento do potencial de compra, busca por experiências marcantes e novos estilos de vinho", acredita Vignatti.

Por essas circunstâncias, a vinícola já está se preparando para novidades. "Estamos trabalhando para promover ainda mais experiências e, ao mesmo tempo, atuando para requalificar todo o Complexo Enoturístico, com novidades que ainda não podem ser divulgadas", diz Vignatti.





Cave Acordes: degustação dentro de uma enorme pipa de madeira de 100 mil litros. Crédito Daniela Radavelli


Taça e Trufa uma das experiências consagradas da Cooperativa Vinícola Garibaldi
Crédito Augusto Tomasi








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