Passo a passo para calcular seu Imposto de Renda



O tributo mais conhecido no Brasil é o Imposto de Renda, que obriga que pessoas físicas e jurídicas paguem um valor em cima do que elas ganham, realizando um acompanhamento da evolução patrimonial dos pagantes.


Para isso, basicamente, o Governo exige que os trabalhadores, bem como as empresas informem quais são os ganhos anuais deles, passando os dados para a Receita Federal. Isso acontece através de um programa. 


Todo ano, a Receita Federal disponibiliza um aplicativo específico para a Declaração do Imposto de Renda, exigindo que os contribuintes realizem o download e preencham com todos os dados informativos de seus ganhos, gerando um documento. 


Na prática, um trabalhador de uma empresa de limpeza de condomínio deve inserir nesse documento os seus ganhos e despesas correspondente ao ano anterior, ou seja, o salário que recebeu, qual carro possui, o plano de saúde pago, a quantidade na poupança, etc. 


Isto é, o contribuinte precisa fornecer as informações sobre tudo que está relacionado à transferência monetária dele naquele ano. 


Após a prestação de contas realizada através da declaração anual, o pagante consegue saber se já quitou tudo o que tinha que pagar. Se ele tiver pagado a mais, a Receita será responsável por devolver o valor, ou seja, a restituição do Imposto de Renda.


Em caso de o contribuinte não ter pago o valor completo, ele deve pagar a quantidade restante. Para isso, o órgão liberará um boleto bancário ou fará débito automático para o cumprimento do pagamento.  


O motivo do pagamento desse tributo é de cunho social. Ou seja, as pessoas que tiverem maiores rendimentos deverão contribuir a mais para o Governo, permitindo a geração de dinheiro destinado à melhorias na qualidade de vida de todos. 


Isso porque, por exemplo, um dono de uma empresa de locação de espaço comercial ganha mais dinheiro do que um professor autônomo.


Assim, a taxa de pagamento é baseada nessa quantidade monetária, permitindo que haja um equilíbrio na contribuição e ganho. 


Com esses pagamentos, ambos conseguem contribuir para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos como um todo, seguindo um padrão de quanto é cômodo para eles pagarem, sem prejudicar as suas próprias situações.


O destino de parte desse capital, segundo o Ministério da Fazenda, é para a saúde, educação e programas destinados à transferência de renda, sendo eles o “Bolsa Família” e o “Fome Zero”, por exemplo. 


A outra parte tem como destino programas destinados a gerar empregos e relativos à inclusão social, sendo eles o plano de reforma agrária, construção de habitação popular, saneamento e urbanização de certas áreas que foram degradadas.


Uma última porcentagem do dinheiro vai para o investimento em infraestrutura, segurança pública, cultura, esporte, defesa do meio ambiente e estímulo à ciência e tecnologia. 


Em resumo, a realização do pagamento do Imposto de Renda serve como uma forma de gerar dinheiro, que terá como destino garantir a melhora de diversos ramos do país, bem como boa parte das pessoas.

Quem deve contribuir?

É preciso ressaltar que não são todos os profissionais com carteira assinada que precisam contribuir com o pagamento do Imposto de Renda. 


Existem algumas diretrizes de obrigatoriedade que são definidas pelo órgão responsável, que é a própria Receita Federal, a começar se o indivíduo recebeu um rendimento tributário anual maior que R$ 28.559,70.


Caso o rendimento dos investimentos anuais tenha sido acima de R$ 40.000,00, a atividade rural teve renda bruta superior a R$ 142.798,50, ou, ainda, houve uma posse de bens ou direitos maiores que R$ 300.000,00, a realização da declaração é obrigatória.


Outras situações em que o acerto de contas também é necessário são:


  • Tornou-se residente do Brasil;
  • Ganhou capital na alienação de bens ou direitos;
  • Realizou alguma operação na Bolsas de Valores;
  • Recebeu auxílio emergencial de qualquer valor.

Em caso de o indivíduo não se enquadrar em nenhuma das características acima, ele está automaticamente isento do pagamento do Imposto de Renda. Contudo, se desejar, ele fica liberado a pagar. 


Ademais, se o contribuinte tiver alguma dúvida sobre a quantidade ou a necessidade desse pagamento, é sempre uma opção a ser considerada a terceirização de serviços, em que um especialista contábil pode auxiliar a fazer todo o processo. 

Sobre a contratação de um profissional

Nesse contexto, contratar um serviço contábil como auxílio pode ser uma opção excelente para facilitar a vida dos declarantes do Imposto de Renda. Isso porque ele garantirá que as contas sejam feitas corretamente, evitando ter que pagar uma multa alta.


O  profissional precisa ter acesso a documentos pessoais do titular e dependentes, informe de rendimentos e de aplicações ou extrato de aplicações, comprovantes de despesas médicas e despesas com ensino.


Além do mais, devem ser entregues também o extrato de previdência, documentação do plano de saúde, de imóveis e veículos, recibos de pagamento ou recebimento de aluguel e de doações. 


Para indivíduos ligados a empresas, ele também precisa de contrato social das empresas as quais é sócio, documentação de consórcios e extrato de carnê-leão (para autônomos).


Então, um dono de uma empresa que vende uniformes profissionais, para fazer sua declaração de Imposto de Renda corretamente deve fornecer todos os seus dados pessoais e também os relacionados ao negócio. 

 

Além disso, contratar um contador para declarar o Imposto de Renda pode ser benéfico por diversos outros motivos, como os que serão analisados a seguir.

Suporte financeiro

Assim como muitas empresas contratam uma consultoria administrativa e financeira para cuidar de todos os assuntos relacionados, o contador surge nesse momento como uma oportunidade de dar apoio e tirar qualquer dúvida que surgir no processo. 


Ele é capaz de fornecer informações totalmente verídicas e aconselhar o contratante sobre como agir, diminuindo o estresse e a tensão gerados pela preocupação excessiva com a qualidade e realização correta da declaração. 

Otimização da Declaração e economia de tempo

Por trabalhar com esse tipo de questões contábeis, o contador já sabe todas as formas de realizar a Declaração, entendendo quais as melhores opções e como ajudar o seu cliente, sem correr o risco de transgredir qualquer regra imposta. 


Ademais, quando uma atividade é transferida para outra pessoa, há uma economia de tempo e de energia que não precisarão ser gastos com essa atividade, ainda mais um processo tão longo quanto o cálculo e análise de documentações para o Imposto de Renda.

Organização e segurança do processo

O profissional já tem conhecimento de todas as etapas que devem ser realizadas, além de todos os documentos que devem ser utilizados, garantindo assim uma maior segurança, sem que haja riscos de esquecer algo ou enviar alguma informação errada.


Além disso, o corretor garante a organização de documentos empresariais, seja ela um grande negócio ou apenas de uma pessoa, permitindo que todos os cálculos sejam feitos corretamente e que não surjam surpresas por perda de documentos, facilitando o processo. 

Como fazer o cálculo do IR

Caso você tenha optado por fazer o cálculo do pagamento do Imposto de Renda por conta própria, existem alguns passos a serem seguidos para ter maior assertividade e evitar erros, que são:

1. Some os vencimentos mensais

Primeiramente, deve-se somar os vencimentos mensais, sabendo seu salário bruto trabalhado em escritórios compartilhados. A soma deve considerar o salário marcado na carteira de trabalho, as horas extras trabalhadas, as horas adicionais e o salário da família. 

2. Desconte o valor do INSS

Depois de somar os vencimentos mensais, encontrando o salário bruto, deve-se retirar dele a contribuição previdenciária, ou seja, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que é um desconto na folha de pagamento. Essa contribuição também é obrigatória. 


O contribuinte conseguirá saber qual alíquota que se encaixa de acordo com o seu salário através da tabela de contribuição do INSS, sendo o cálculo: salário bruto x porcentagem de contribuição. O resultado será o valor que deve ser descontado.

3. Deduzir dependentes legais

O próximo passo deve ser deduzir dependentes legais. Esse dependente legal é a pessoa que depende financeiramente do recebedor do salário, como filhos menores de 21 anos ou esposo(a) sem rendimentos. Esse valor é de R$ 189,59.

4. Aplicar a alíquota

Após isso, deve-se aplicar a alíquota referente à faixa salarial sobre o valor de salário bruto definido anteriormente. É preciso apenas multiplicar o valor pela porcentagem correspondente. 

5. Diminuir o valor fixo

Para terminar, o próximo passo é diminuir do último valor definido o preço de dedução, o qual pode ser encontrado na tabela do Imposto de Renda mensal. 

Conclusão

O Imposto de Renda deve ser feito por, praticamente, qualquer pessoa e exige que haja um conhecimento prévio do que está fazendo, sejam os declarantes os donos de uma empresa de divisória de ambiente escritório ou um trabalhador rural com renda alta. 


Ele é um tributo muito importante, uma vez que contribui para uma melhora da vida em geral dos cidadãos. Contudo, é fundamental lembrar que existem algumas exceções e situações de pagamento.


Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


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