FENATRAN reúne grandes nomes do setor em sua Rota Digital com o tema Gestão de Frotas e Conectividade

 

FENATRAN reúne grandes nomes do setor em sua Rota Digital com o tema Gestão de Frotas e Conectividade

· Evento virtual de dois dias apresentou experiências da Volvo, Veloe, Grammer, Volkswagem Caminhões e Ônibus, Renault, Bosch, Braspress, Pacaembu Autopeças e Grupo WLM.


·Painel internacional falou sobre oportunidades no México com o CEO da Scania no país e representantes de importantes entidades naquele mercado.


São Paulo, 29 de julho de 2021 – A Rota Digital Fenatran abordou em sua edição deste mês o tema Gestão de Frotas e Conectividade, reunindo algumas das principais marcas e experiências do mercado. Os participantes destacaram como a tecnologia e o bom gerenciamento trazem vantagens competitivas no segmento de transporte e logística. O evento, 100% alinhado com tudo o que a RX apresenta de soluções para diversas indústrias, gerou 2.000 novos inscritos para julho e impactou mais de um milhão de pessoas com ações de comunicação. Desde janeiro, a RX gerou mais de 14 mil recomendações para impulsionar os negócios.


No primeiro painel do evento, o destaque foi a avançada experiência da Braspress, empresa líder no transporte de encomendas em todo território brasileiro. Com uma frota de 2.890 veículos, ela investiu em 2020 mais de R$ 100 milhões na renovação da frota, buscando manter a idade média dos veículos em 3,5 anos.


De acordo com o entrevistado Raphael Silvestre, gerente nacional de frotas, a empresa investiu em tecnologias embarcadas na sua operação e conta com uma central de rastreamento muito madura no processo, além de um centro de atendimento que visa a saúde dos motoristas. “Temos um sistema de telemetria e o sistema permite o monitoramento não apenas da viagem, mas do comportamento do motorista e do veículo”. De acordo com Silvestre, qualquer evento mecânico fora do padrão aciona automaticamente a equipe de manutenção para avaliação do veículo.


A Braspress inaugurou recentemente o seu segundo simulador de direção móvel, que viaja por todo o Brasil para o treinamento, capacitação e até contratação dos motoristas. “Hoje, temos um aplicativo em que o motorista consegue verificar o seu relatório de condução, o consumo do veículo, quais eventos de segurança ou condução ele cometeu, visando a otimização da sua performance. Por meio desse aplicativo, os motoristas da empresa têm acesso a todos os dados do veículo e qual carreta ele vai operar em sua próxima viagem”, explicou Silvestre.


Segundo o executivo, a empresa conta também em sua frota com alguns veículos híbridos: 80% GNV e 20% diesel, principalmente no perímetro urbano. Está atualmente fazendo uma experiência com 10 veículos elétricos, devendo receber mais alguns no final do ano, sempre conduzido por mulheres. Destacou que a menor autonomia com esses produtos é de 200 km em média.  A empresa, segundo Silvestre, investe desde 1998 na capacitação de motoristas mulheres, já chegando ter um quadro com 30% do sexo feminino nesta função.


O uso da tecnologia na gestão de frota


Antonio Carlos Priore, Superintendente Comercial da Veloe, empresa especializada em soluções de mobilidade urbana e gestão de frotas, destacou no evento que o período da pandemia foi propício para a empresa oferecer serviços e formas de pagamento sem contatos manuais, como os tags e pedágios eletrônicos, ajudando a alavancar os negócios da empresa. “Já vínhamos registrando crescimentos de até 2 dígitos antes mesmo da pandemia, graças principalmente a um foco no mercado de transporte. É um segmento que demanda muita informação e features de produto”, assegurou Priore.


A Veloe atua há 5 anos no mercado e, de acordo com Priore, já nasceu com um viés totalmente digital, fazendo uso de aplicativos em suas operações. A empresa passou a oferecer soluções completas para seus clientes, não apenas na gestão de pedágios, mas também na gestão de frotas, como abastecimento, recuperação de notas fiscais e controles de informações. “Com exceção da compra e da venda de caminhões, toda demanda que está no meio, nós conseguimos atender”. Priore destacou que cada vez mais o transportador se especializará e apresentará demandas diferentes e que é necessário nesse contexto maior agilidade para o lançamento de novas soluções.  


O mercado mexicano


A Rota Digital trouxe ainda uma perspectiva do mercado de frotas no México, que tem uma participação de 80% formada por empresas pequenas, que respondem por 60% da frota operante. Há uma grande oportunidade para a profissionalização da forma de operação do transporte local no México. “Existem muitas empresas-modelo com administração, governança corporativa e conselhos de administração bastante desenvolvidas, mas a maioria não tem isso”, comentou Alejandro Mondragón, CEO da Scania no México. O desafio nesse mercado, de acordo com Mondragón, é ajudar essas empresas a se desenvolverem com um planejamento estratégico independente de seu tamanho, oferecendo a elas a possibilidade de implementar a governança corporativa, comitês de administração de riscos, em função do tema da insegurança, com planos de contingência, por exemplo. A necessidade de acelerar a renovação da frota também é um tema fundamental no contexto mexicano.

 

“Precisamos criar um mercado secundário mais ativo”, afirmou Alex Theissen, Presidente da Associação Nacional de Transporte Privado (ANTP). Ele contou que para isso são necessários programas de incentivos focados onde estão os problemas. As grandes empresas, privadas ou públicas, normalmente contam com programas de renovação de suas frotas e conseguem realizá-los. Mas a grande maioria das empresas precisa de melhores financiamentos para isso. “Muito dificilmente os donos de caminhões mais velhos têm condições de adquirir um veículo novo”, completou.


O presidente da ANTP propõe um programa nacional de dois passos, em que há facilidade de compra de veículos seminovos e a maior possibilidade para quem vende de comprar um caminhão novo. Em resumo, o México, precisa contar com “uma política congruente de renovação de frota amarrada com a questão ambiental, a disponibilidade de diesel, melhores incentivos para programas de treinamento e melhores opções de financiamento”, disse Theissen. Julio Mora, delegate da Câmara Nacional de Transporte de Carga (CANACAR) também participou do debate, moderado por Osiel Cruz, diretor-geral da T21, mídia local especializada em logística, transporte e comércio exterior.


Veículos Comerciais Elétricos


As empresas que atuam no mercado de veículos comerciais no Brasil passam por um período de grandes mudanças. Elas buscam ainda desenvolver tecnologias convencionais para cumprir as regulações, manter as frotas rodando de forma eficiente e, ao mesmo tempo, direcionar grandes investimentos para as transformações na eletromobilidade, conectividade e automação, segundo o Diretor de Estratégia de Produto da Volvo, Alan Holzmann. “Estamos focando na performance das tecnologias atuais e também preparando o futuro”, resumiu o executivo.


A Volkswagen Caminhões e Ônibus iniciou em junho a produção em série do seu caminhão 100% elétrico e-Delivery, em sua fábrica em Resende (RJ). Durante sua participação na Rota Digital, o Vice-Presidente de Vendas, Marketing e Serviços da empresa, Ricardo Alouche, comentou que a nova tecnologia entrará gradativamente no mercado e que “em termos de conceituação de produção, nós estamos plenamente capacitados na fábrica para atender a demanda que o mercado apresentar”.


Já Adriano Castro, Gerente de Veículos Elétricos Latam da Renault, comentou: “O motorista que tem que rodar cerca de 130 a 150 km por dia gosta do carro elétrico por todo conforto que ele proporciona no trânsito urbano pesado”. O executivo seguiu: “Estamos trabalhando em todos os níveis com as empresas e também junto à Anfavea para tornar o veículo elétrico cada vez mais acessível no Brasil”.


Serviços Automotivos - o bom gerenciamento do programa de manutenção


Apesar do cenário difícil, o ano de 2020 foi marcado para a Bosch com um resultado superior de 7,8% no mercado de reposição no Brasil, em relação ao período anterior. Para Delfim Calixto, Presidente de Automotive Aftermarket da Bosch, isso pode ser atribuído ao “amplo portfólio de produtos, à capacidade de reação rápida para atender às necessidades dos clientes, ao sistema rápido de logística e sobretudo à proximidade com os clientes”. Este ano, de acordo com Calixto, o desempenho está sendo ainda melhor para a empresa, que deverá fechar o ano com um crescimento entre 13% e 14%. Ao falar sobre as tecnologias disponíveis, o executivo destacou que “devemos trazer mais a digitalização para a jornada da reparação e preparar a rede com mais agilidade, melhoria dos serviços e mais soluções para os frotistas”. 


A Grammer do Brasil está adotando uma plataforma digital com canais de vendas e suporte técnico para melhorar a experiência do cliente, que poderá acessar a solução via celular, tablet ou até mesmo aplicativos, informou Mário Borelli, Diretor-Geral da empresa. “Estamos também num processo final de implementação de uma ferramenta que possibilita maior assertividade no planejamento de estoques”. O algoritmo vai assegurar um alto índice de disponibilidade de peças e produtos e, como consequência, garantir a operacionalidade dos equipamentos, como aviões e máquinas agrícolas, por exemplo”. De acordo com Borelli, o recurso vai melhorar o controle dos equipamentos diretamente ligados à condição de conforto e segurança dos operadores.


Ana Paula Cassorla, Diretora da Pacaembu Autopeças, informou que a empresa durante o ano passado investiu muito em tecnologia e no e-commerce, que está em testes finais junto a clientes e logo estará disponível para todos os clientes. “Não vamos fazer a venda ao cliente final, mas sim, aos frotistas, às oficinas, no varejo. Vamos tornar a informação mais rápida e prática”, comentou.


Os veículos fabricados pela Scania a partir de maio de 2016 são equipados com um módulo denominado “Communicator”, que reúne todas as informações que compõem os dados operacionais sobre a condução dos veículos. O operador consegue identificar o seu modo de condução e interage com o veículo. O recurso ajuda a empresa a tomar decisões mais assertivas para proporcionar maior economia de combustível, menores custos de manutenção, menor desgaste dos pneus. “A empresa faz um compilado dessas informações que é enviado para um sistema centralizado na Suécia, que conta com toda uma inteligência para traduzir todos os dados em informações para a maior eficiência na operação e aplicabilidade no segmento de transporte”, explicou durante o evento Francine Amaral, Gerente de Serviços do Grupo WLM de Concessionárias Scania. “O caminhão diz qual é o melhor momento para fazer um tipo de manutenção”.


O conteúdo completo de todas as apresentações realizadas durante a Rota Digital Fenatran estará disponível na plataforma digital hospedada no site www.fenatran.com.br

 

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