Vai ao ar o primeiro episódio de podcast que alerta para risco de extinção de golfinho raro



INICIATIVA FAZ PARTE DO PROJETO CONSERVAÇÃO DA TONINHA E CONTA COM A ATRIZ CAMILA MÁRDILA NA VOZ DA PROTAGONISTA

“Então, é tipo um golfinho recluso, tímido e latino-americano”. A frase, que resume bem o que são as toninhas, é da personagem Bárbara, protagonista do primeiro podcast de ficção ambiental do Brasil, o “Toninhas: a extinção do golfinho invisível”, que acaba de estrear nas plataformas digitais (https://anchor.fm/toninhas). A iniciativa é do Projeto Conservação da Toninha, apoiado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). O podcast tem roteiro assinado por Luna Grimberg, da série “Coisa Mais Linda” (Netflix), e produção da Trovão Mídia, especializada em podcasts narrativos.

Bárbara, que ganhou a voz e a interpretação da atriz Camila Márdila (“Amor de Mãe”; “Que Horas Ela Volta?”), é uma jornalista de um grande jornal da cidade de São Paulo. Ela é enviada a Ubatuba para levantar informações sobre 33 carcaças de toninhas encontradas na praia, caso viralizado na internet após uma blogueira registrar a cena dos animais mortos em suas redes sociais.

“É a minha primeira experiência gravando um podcast. O formato tem ganhado força e ouço bastante. Por isso fiquei bastante animada com a ideia de fazer um de ficção para tratar do projeto Conservação da Toninha. A história tem uma boa dose de humor e mistério e dá conta de um conteúdo super importante num formato inovador”, ressalta a atriz.

Dona de um humor ácido e de um temperamento um pouco ranzinza, a jornalista não se mostra muito interessada, inicialmente, pelo ocorrido. Mas, por dever da profissão, começa a investigar o que poderia ter causado a morte de tantas toninhas ao mesmo tempo. Já no primeiro episódio do podcast, ela começa a se envolver nessa busca e pede ajuda à bióloga marinha Paula – que tem a voz da atriz Luisa Micheletti -, que contribui com informações importantes sobre a espécie.

Além do mistério por trás das carcaças de toninha, que vai se desenrolar ao longo dos sete episódios da trama, o podcast também aproveita para munir o ouvinte de conhecimento sobre esse tipo de golfinho tão ameaçado. Os próprios personagens já introduzem esse conteúdo mais científico, que é aprofundado no fim de cada capítulo, quando vão ao ar entrevistas com pesquisadores especializados nesse cetáceo. Neste primeiro episódio, o entrevistado é Daniel Danilewicz, biólogo e especialista em mamíferos aquáticos, que conta que levou 18 anos para ver uma toninha viva pela primeira vez, o que demonstra o quão tímidas elas são. Ele conta sobre pesquisa com drones para sobrevoos no mar e assim encontrar as toninhas e fala também sobre as principais características dela.

Hoje, acredita-se que haja cerca de 20 mil toninhas no país, espalhadas entre Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Elas são tímidas e têm comportamento discreto, o que talvez explique por que são pouco vistas e conhecidas. Nada de exibições próximas de embarcações, por exemplo. Pular ao lado de barcos não é com elas. Seu bico longo e fino constantemente fica preso em redes de pesca, o que costuma ser fatal. Consideradas os golfinhos mais ameaçados do Brasil, as toninhas vivem em grupos que vão de 2 a 30 animais e podem ser encontradas também nos vizinhos Uruguai e Argentina.

O projeto Conservação da Toninha, que começou em 2015, é o maior esforço coordenado já feito no Brasil sobre a espécie. A pesquisa cobre toda a área em que esses golfinhos se encontram no país, do Rio Grande do Sul ao Espírito Santo. Ao longo destes cinco anos, enorme e inédito conhecimento vem sendo produzido. Informações sobre o tamanho dessa população, sua genética, distribuição pelo nosso litoral e a biologia da espécie são algumas delas. Entre as razões encontradas para a redução de sua população estão a perda de seu habitat, a poluição e sua captura acidental em redes de pesca.

Sobre o FUNBIO
O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) é uma organização da sociedade civil privada, nacional, sem fins lucrativos, que trabalha em parceria com os setores empresarial, governamental, acadêmico e com a sociedade civil para que recursos estratégicos e financeiros sejam destinados a iniciativas efetivas de conservação da biodiversidade.

Desde o início das atividades, em 1996, o FUNBIO já apoiou mais de 300 projetos que beneficiaram mais de 250 instituições em todo o país. Tem extensa experiência na gestão de projetos e de ativos financeiros oriundos da cooperação internacional, de doações do setor privado e de obrigações legais do setor empresarial brasileiro.

O FUNBIO não trabalha com recursos do orçamento público brasileiro. Em 2015, foi acreditado como Agência Implementadora Nacional do GEF e, em 2018, como Agência Implementadora do GCF. Desde 2018, adota as políticas de salvaguardas sociais e ambientais da Corporação Financeira Internacional, IFC.

Sobre Trovão Mídia
A Trovão Mídia nasceu em São Paulo em fevereiro de 2020. Somos uma produtora de podcasts narrativos que acredita no poder do áudio para contar boas histórias. Fazemos podcasts originais, como “Que dia é hoje?”, série ficcional escrita e dirigida por Vinícius Calderoni e estrelada por Alexandre Nero, Denise Fraga, Gregório Duvivier, Carol Duarte e outros grandes atores.

E fazemos podcasts sob medida para clientes, como o “Antiviral” (para Purpose Brasil), o “Cerrados” (para a ONG WWF), o “Superar” (para Getnet, do Banco Santander) e o “Só Acho Engraçado Que” (para a plataforma de streaming Deezer).

A Trovão é a realização de um sonho da Ana Bonomi e do José Orenstein. Ana é publicitária, trabalhou como planejadora em grandes agências como a DM9DDB e mais recentemente no marketing do Banco Santander. José é jornalista, trabalhou nas redações da Folha de S. Paulo e do Estado de S. Paulo e era editor-executivo do Nexo Jornal até cofundar a Trovão.

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