Transformação Digital: o que é e como transformar a sua empresa

Talvez você nunca tenha ouvido falar exatamente em “Transformação Digital”, mas com certeza, tem verificado ela diariamente na sua rotina, assim como uma empresa não pode deixar de considerar esse assunto.

Existem alguns erros na hora de compreender o que realmente seja essa transformação. Como em tudo o que é novidade, geralmente esses erros ou confusões se dão entre extremos.

Como o extremo de achar que tal transformação seja algo muito futurista, e portanto voltado apenas para grandes multinacionais. Nesse caso, as pessoas imaginam algo como aquelas esteiras industriais que funcionam com braços mecânicos.

É verdade que a transformação digital pode ser isso, caso a demanda seja essa e se trate de uma grande indústria capaz de implementar tecnologias assim. Porém, com certeza ela não é apenas isso, pois pode - e deve - ser praticada por todos, desde já.

Ao dizer isso, é que costuma vir o segundo extremo: o de achar que transformação digital é algo corriqueiro, como simplesmente ter computadores na empresa. Ou ainda, manter um site institucional no ar, com seção de contato para os clientes.

Se não é por aí, como exatamente compreender esse conceito? No fundo, é bem simples. A transformação digital é um processo muito mais enraizado, exatamente como o que hoje se chama, no mundo corporativo, de “cultura”.

Assim como existe a cultura corporativa, podemos dizer que deve haver a cultura da transformação digital, por se tratar de uma visão mais completa e estrutural, que compreende toda a empresa como uma unidade maior.

Assim, os recursos de software, hardware e internet passam a lidar com os problemas mais tradicionais que qualquer negócio pode ter. Tais desafios vão desde as famosas quedas no desempenho geral, falta de eficácia e de agilidade, problemas na produção, etc.

Ou seja, trata-se de uma nova maneira de pensar o todo. Mas o foco continua recaindo naquilo de que toda empresa mais precisa, ou seja, otimização de processos e aumento dos resultados gerais, sem perda da qualidade de vida dos colaboradores.

Se você quer compreender melhor como exatamente tudo isso é possível, basta seguir adiante na leitura.

Gerações X, Y, Z e a mudança nos hábitos

Com a virada do milênio, o mundo viu uma série de transformações que impactaram não apenas o mundo corporativo, mas também a vida de cada um de nós. Com tais avanços tecnológicos, ocorreu uma enorme mudança dos hábitos.

Por isso, hoje se fala tanto em marcas pré-digitais. Imaginemos, por exemplo, como se dava o dia a dia de uma empresa de impressão de cartazes grandes, antes do surgimento dos e-mails, sites e redes sociais.

A rotina de retirada de pedidos e a interação com o público era basicamente toda por telefone, ou mesmo presencialmente. Hoje existem plataformas nas quais o cliente monta sua arte de modo totalmente online, paga o valor por ali mesmo e recebe em casa.

Obviamente, se várias empresas fazem isso, qual não será o impacto de uma que acabar não fazendo, não é mesmo? Aí é que entra a mudança nos hábitos das pessoas, sobretudo do que se convencionou chamar Gerações X, Y e Z.

Essas gerações nada mais são do que as pessoas nascidas em meados dos anos de 1980, 2000 e de 2010 para cá, respectivamente. O acesso à informação e à tecnologia que elas tiveram desde a infância é o que as torna tão diferentes.

Antes, como vimos, o cliente visitava os lugares fisicamente. Para mobiliar a casa, ele precisava ir de loja em loja e pegar vários catálogos nas mãos. Hoje, uma empresa pode fazer uma ambientação 3d e interagir com ele por videoconferência.

Sem compreender essa questão das gerações mais novas e da mudança nos hábitos, a transformação digital não faz sentido. No fundo, tudo isso se traduz em expectativa por parte dos clientes, e cabe às marcas suprir essas demandas.

Atendimento e “Experiência do Usuário”

Vamos entender na prática dois conceitos que estão por trás da transformação digital? Certamente, o exemplo prático torna qualquer compreensão mais fácil, e ainda tem o benefício de gerar ideias e insights na cabeça de quem lê.

Um ponto muito importante de qualquer negócio é o atendimento, pois não existe marca que não precise se relacionar com o seu público, seja ele um técnico do nicho de demolição industrial, seja uma adolescente em fase de vestibular.

Se, como vimos acima, hoje as informações correm soltas e chegam muito mais facilmente às pessoas, qual vai ser o impacto de uma experiência negativa que algum cliente tenha? Arrasadora, certamente, já que ele tem meios de expor o seu problema.

Esqueça a época em que o cliente precisava ficar pendurado por horas no telefone tentando resolver um problema. Hoje, ele entra nas redes sociais e ataca a imagem da empresa, além de poder usar plataformas coletivas de reclamação.

Outro ponto muito parecido com esse é o do UX (User Experience), que nada mais é do que a experiência do usuário. 

Segundo essa ótica, não apenas é indispensável marcar presença na esfera digital, mas gerar uma experiência agradável ao visitante.

Assim, mesmo que você venda display de papelão para balcão, que é um produto físico que será aplicado presencialmente, você precisará de um site com bom layout, bons textos e várias estratégias inovadoras para chegar na pessoa certa na hora certa.

Esses dois exemplos deixam muito claro como o avanço digital e tecnológico está presente no dia a dia de qualquer negócio. Trata-se da comunicação com o cliente, da tirada de pedidos, da entrega de tudo aquilo que a empresa promete oferecer ao mercado.

Sobre a gestão de equipes e de dados

Agora que já falamos do público, vamos falar sobre a dimensão interior da marca. Isto é, sobre a rotina de trabalho, a infraestrutura e aquilo que a transformação digital pode trazer internamente.

Você já ouviu falar em endomarketing? Ele remete ao fato de que as primeiras pessoas a comprarem um produto precisam ser os funcionários. Se você trabalha com talão personalizado, mas não o indicaria para alguém, algo está errado, concorda?

Por isso, a transformação digital deve começar dentro da empresa, o que vale até mesmo para aqueles negócios que trabalham a distância, via home office. Algo importante seria implementar programas de gestão de trabalho em equipe.

Nas empresas tradicionais é preciso contar com programas que também facilitem o dia a dia, tornando a equipe mais disposta e satisfeita. Se você não gera valor para seus funcionários, dificilmente vai convencer o mercado de que poderá fazê-lo pelos clientes.

Outro ponto estrutural são os dados, a “informação” no sentido mais imediato. Ela vai desde a fundação do negócio e da marca, até o banco de leads e a experiência que cada cliente teve ao contratar um serviço de entrega expressa moto, por exemplo.

Só assim é possível mensurar seus resultados, compará-lo com o ideal e bater metas. Afinal, na era da Tecnologia da Informação, já não é possível uma empresa não fazer bom uso dos seus dados, buscando inovar sempre e garantir um negócio sustentável.

Resultados e vantagens da transformação

Até aqui, já vencemos o maior desafio sobre o conceito de transformação digital: o de transformá-lo em algo compreensível na rotina de cada empresa. A pior coisa seria você ler algo que ficasse apenas na teoria, impedindo-o de aplicar na prática.

Ao mesmo tempo, a transformação digital realmente é uma realidade muito ampla, que pode significar algo bastante diferente para uma indústria metalúrgica do setor primário e para uma imobiliária que lida com locação de salas para treinamento.

Daí nosso esforço de, além de dar exemplos, também traçar os pontos gerais, que foram desde a importância da cultura corporativa até a importância dos dados e da TI. 

Algumas transformações ainda mais revolucionárias incluem conceitos como:

  • Indústria 4.0;
  • Internet das Coisas;
  • Realidade virtual;
  • Inteligência Artificial;
  • Business Intelligence.

O importante em todos esses casos é lembrar que a transformação digital precisa daquela visão macro, que não se limita apenas a uma ou outra nova tecnologia. Trata-se, portanto, muito mais de uma questão de gestão do que de tecnologia apenas.

Por isso, geralmente, a transformação parte dos donos e sócios. É preciso ver a empresa de maneira autocrítica, confessando as próprias limitações sem medo. Além disso, nunca perder de vista a concorrência e a demanda dos clientes.

Se você trabalha com transportes de cargas pequenas mas não compreende para onde esse mercado está indo, ou qual será o impacto dos automóveis que estão previstos para operar sem motoristas, dificilmente você entenderá a transformação digital.

Com isso, vemos como esse conceito revolucionário pode transformar o seu negócio. O que vale para uma marca em estágio embrionário tanto quanto para uma mais antiga, pois a transformação digital deve ser uma estrada contínua.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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